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Vamos ver se você adivinha: um jovem estudante tem uma idéia ainda durante os anos de faculdade. Um professor vê na idéia viabilidade comercial e…

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Vamos ver se você adivinha: um jovem estudante tem uma idéia ainda durante os anos de faculdade. Um professor vê na idéia viabilidade comercial e aconselha o garoto a patenteá-la, o que ele faz. O garoto sai da escola e monta sua pequena empresa “de garagem”. Em dois anos o negócio cresce e consegue investidores. E dali pra frente o crescimento é vertiginoso, transformando a empresa num negócio bilionário.

Steve Jobs com o MacIntosh? Bill Gates com o Windows? Os meninos do Google? Ou do Facebook? Pois deixe-me surpreender você: a história que contei é do estadunidense Clarence Spicer que inventou a tecnologia da junta universal que revolucionou os sistemas de transmissão de força dos automóveis e caminhões produzidos nos EUA. O ano? 1903… A pequena empresa fundada por Clarence transformou-se na gigante Dana, a multinacional na qual trabalhei por 26 anos.

O que está acontecendo hoje com a internet e com esses jovens gênios nada mais é que a repetição de histórias que aconteceram durante toda a evolução da humanidade. Portanto, a conversa de que “nunca o mundo teve tantas inovações” ou “jamais evoluímos na velocidade de hoje” é um daqueles chavões que nós, arrogantes atuais donos do mundo, usamos impunemente. Mas isso é até compreensível.

É só olhar para o que aconteceu de 20 anos para cá: telefone celular, Ipod, caixa eletrônico, internet, Viagra, câmeras digitais, GPS… Que loucura, não?

Mas se voltarmos para 1870, por exemplo, o que é que veríamos? O surgimento das máquinas de calcular e de escrever, o telefone, a lâmpada elétrica, os guarda-chuvas, tubos de raios catódicos ( que possibilitariam o surgimento da televisão), o filme fotográfico…

Em 1880 tivemos a privada com descarga, os motores a combustão, lâminas de barbear, ferro de passar, o gramofone, os pneus… Lá pros anos de 1920 surgiram a comida congelada, aerosol, insulina, penicilina, televisão, barbeadores elétricos, cinema com som, alto-falantes…

E ao longo dos anos 1960 e 1970? O homem na lua, os aviões supersônicos na aviação civil, a televisão em cores, a comunicação por satélite, o computador…E olha que fui bem econômico. Se você for fundo verá a quantidade impressionante de tecnologias surgidas desde sempre, muitas delas mudando a história da humanidade.

É mentira que “nunca como hoje vivemos mudanças tão profundas”. Talvez hoje a velocidade com que a informação trafega torne a disseminação e adoção das novidades muito mais rápidas do que antigamente. Mas o espírito de mudança, de evolução, da capacidade do homem de encontrar soluções é o mesmo desde que descemos das árvores.

Só parece mais sofisticado, mais abrangente, mais profundo. Mas é o mesmo espírito. E é aí exatamente que mora o perigo: a evolução tecnológica sempre seguiu à frente da evolução das idéias do homem sobre como viver em sociedade.

Não é preciso muito pra perceber que na raiz dos maiores problemas que nos afligem estão os mesmos problemas que afligiam os gregos, milhares de anos atrás.

Faço essa reflexão diante da tela de meu laptop conectado à internet por meio de um mini modem de banda larga e lendo as últimas notícias sobre os temas que me preocupam. E sabe o que acontece? Nada do que me preocupa tem como pano de fundo a tecnologia. Mas tem a inveja, a ganância e a sede pelo poder.

É… Época triste esta nossa, quando é mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito.

Ah, quem disse isso foi Albert Einstein, uns 60 anos atrás. O que será que ele diria hoje?

por Luciano Pires

Saiba mais sobre o Luciano Pires

Nascido em Bauru, S.P., em 1956, formou-se em Comunicação em 1977 pela Universidade Mackenzie em São Paulo.

A experiência como jornalista e executivo de uma empresa global propiciou uma visão privilegiada da dinâmica do mundo dos negócios e do comportamento das pessoas que desempenham papéis de liderança.
Cartunista premiado, tornou-se colunista de vários sites, revistas e jornais, além de produzir e apresentar o programa Café Brasil na rádio Mundial FM (95,7 FM) em São Paulo e apresentar comentários diários no Transnotícias, programa da rádio Transamérica .

Lançou em julho de 2002 seu terceiro livro , O MEU EVEREST, que descreve sua aventura de caminhar em abril de 2001 até o campo base do Everest, no Nepal. Em 2003 lançou seu 4º livro , BRASILEIROS POCOTÓ – Reflexões sobre a Mediocridade que Assola o Brasil, já na sua 7º edição.

Mantém hoje um portal bastante popular (www.lucianopires.com.br) com enquetes, fórum, artigos, vídeos, rádio e uma variedade de conteúdo focado nas questões da educação e da luta contra o emburrecimento do Brasil.

A partir do contéudo de seus textos, Luciano transformou-se num dos grandes palestrantes brasileiros, que marca suas apresentações pelo bom humor, idéias provocativas e uso extensivo dos recursos multimídia.

– Se me perguntarem quem sou e o que faço, digo que sou um cartunista interessado na provocAÇÃO, inspirAÇÃO, inovAÇÃO e na transformAÇÃO das pessoas. Reflexão com ação. Só assim venceremos a mediocridade.

Conheça também o portal Café Brasil com enquetes, fórum, artigos, vídeos, rádio e uma variedade de conteúdo focado nas questões da educação e da luta contra o emburrecimento do Brasil.

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