Moda brasileira vende estilo de vida para o mundo

Brasil conquista cenário internacional, mas ainda emperra na falta de infraestrutura Por Lilian Burgardt – especial para o STYLEKF Durante o período pós-guerra, muitos países…

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Brasil conquista cenário internacional, mas ainda emperra na falta de infraestrutura

Por Lilian Burgardt – especial para o STYLEKF

Durante o período pós-guerra, muitos países se desenvolveram ao passo em que as grandes potências da Europa reconstruíam seus alicerces. Foi assim com os Estados Unidos, uma história de desenvolvimento econômico que o mundo todo conhece bem, e (salvas as proporções) se repetiu em alguns setores industriais de nosso país. Ainda na segunda metade do século XX experimentamos o crescimento de nossa indústria têxtil, desencadeando, mais tarde, a expansão de todo um segmento, a moda brasileira.

Não à toa, o Brasil comemora hoje a 6º posição no ranking mundial entre os produtores têxteis e a auto-suficiência na produção de algodão, mas os bons frutos não param por aí. Porque somos vistos como um povo eclético, criativo e transpiramos essa identidade, a moda nacional tem atraído cada vez mais o consumidor estrangeiro que busca o “life style” de nosso povo, conceito embutido em nossos produtos, o que tem nos garantido um bom posicionamento de mercado, concorrendo inclusive com países consagrados nessa indústria, como França e Itália.

As semanas de moda – cada vez mais presentes na agenda dos brasileiros – são prova do fortalecimento do setor. E, para especialistas, têm ajudado a organizá-lo. Segundo a diretora de marketing do Ibmoda (Instituto Brasileiro de Moda), Luciane Robic (foto a esquerda), os eventos de moda trouxeram uma rotina para o mercado não só para quem desfila. “Mesmo empresas que não participam das semanas de moda, agora organizam e planejam suas coleções. Sem dúvida, eles ajudaram a ampliar nossa visão comercial.”

É com bons olhos que especialistas brasileiros ligados à moda e ao setor têxtil enxergam o espaço conquistado pelo Brasil em âmbito internacional, especialmente quando falamos do mercado europeu – considerado o mais exigente – por ele ter se rendido ao encanto da moda brasileira, quando o fruto de tanto sucesso ainda é resultado de um trabalho que caminha sem apoio governamental para fortalecer as bases da indústria nacional. Essa, aliás, uma das principais críticas dos especialistas.

“Mesmo empresas que não participam das semanas de moda, agora organizam e planejam suas coleções. Sem dúvida, os eventos de moda ajudaram a ampliar nossa visão comercial.” Luciane Robic, Ibmoda.

Atualmente, o setor têxtil é o segundo maior empregador do país, disputando espaço com a construção civil. Com incentivo do governo para fortalecer a infra-estrutura, poderíamos, quem sabe, eliminar a concorrência no mercado interno e elevar nossa posição no ranking de exportação de produtos. Para se ter uma ideia, enquanto estamos em 6º lugar no ranking de produção de têxteis, quando o tema é exportação nossa posição cai para a casa do 30º lugar. No país, uma questão crônica, que afeta não só a indústria têxtil, mas várias outras por uma falta de política na área de exportação.

De acordo com Luciane, as taxas de importação de produtos necessários para alimentar a indústria têxtil e as altas cargas tributárias ainda inviabilizam o crescimento da produção em larga escala. Gargalo que em sua opinião é comum em um país que não tem histórico de exportação pela ausência de uma política forte nesse quesito. “Hoje, estamos bem posicionados, mas não podemos nos contentar apenas com o mercado europeu, que é muito pequeno diante do mundial. Com uma política forte, poderíamos expandir nossa produção e pulverizar a moda brasileira para outros mercados do mundo”, justifica.

Na opinião do diretor-superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), Fernando Pimentel (foto abaixo), o Brasil, historicamente, não tem o viés de produzir para exportar, e sim para consumir. “Nosso mercado interno é, portanto, muito forte. Assim, boa parte do que é produzido aqui acaba atendendo a própria demanda dos brasileiros,” diz.

A Abit, porém, tem metas ambiciosas para elevar esse status do Brasil no cenário da exportação. “Queremos que a industrial têxtil brasileira volte a representar 1% do comércio mundial de têxteis, o que significa exportar entre cinco e seis bilhões de dólares por ano, índice três vezes maior do que o atual”, explica. O que também esbarra na alta carga tributária, nos custos com energia elétrica e na ausência de acordos preferenciais nos mercados de comércio.

“Queremos que a industrial têxtil brasileira volte a representar 1% do comércio mundial de têxteis. Índice três vezes maior do que o atual.” Fernando Pimentel, Abit.

Leia matéria completa no blog da Queila Ferraz

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