Após 53 anos, EUA e Cuba, reatam relações diplomáticas

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Será que Havana retornará à moda nos circuitos turísticos?
Com a mediação do Papa Francisco, após l8 meses de negociações secretas, os Presidentes dos dois países comunicam ao mundo que começam a se entender. Os embargos econômicos, definidos em leis americanas, porém, terão que ter seu fim votado no Congresso daquele país, o que demorará um pouco a se concretizar.
Logo imediatamente, presos políticos americanos, em Cuba, e cubanos, nos Estados Unidos, foram soltos, o que é um prenúncio dos reais entendimentos que virão.
Quando, em 1959, Fidel Castro venceu as forças do ditador cubano, Fulgêncio Batista, e instalou-se como novo ditador, passou a tomar todas as empresas americanas na ilha, com o jargão de “nacionalizá-las” e após algum tempo permitiu que a Rússia e União Soviética ali instalassem bases de lançamentos de mísseis. Os Estados Unidos treinaram cubanos que haviam fugido, para invadir a ilha, o que resultou em fracasso e mais hostilidade. O mundo tremeu, com medo de ser então deflagrada a terceira guerra mundial!
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Lembro-me perfeitamente da reação militar dos Estados Unidos, que deslocou sua poderosa frota de guerra para o Caribe, em região próxima a Cuba, o que fez a União Soviética recuar e retirar aqueles lançadores de bombas voadoras teleguiadas do território de Cuba. Recordo-me das fotos aéreas que saíram nas revistas daquele tempo, principalmente em “O Cruzeiro”. E o embargo comercial decretado pelos Estados Unidos, passou a impedir qualquer negócio, como comércio de produtos entre os dois países e também o turismo, fonte de riqueza para Cuba.
Sustentada economicamente pela União Soviética, pois o regime comunista arrasou a economia, a ilha de Fidel sobreviveu regularmente até o fim daquele bloco comunista, que terminou pelo mesmo motivo: fracasso na economia, o povo passando necessidade dos produtos básicos.
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Tempos depois passou a receber todo apoio da Venezuela, mas, atualmente, com o colapso econômico, também, desse país, até essa ajuda minguou. (O Brasil da Presidente Dilma também direcionou para lá muitos recursos, a princípio mantidos secretos, mas cujo segredo vazou…).
De quem era o maior sofrimento com tantos revezes econômicos?? Do povo cubano, cada vez mais sofrido!
Por isso o Papa Francisco se empenhou em lançar as pontes para construir um entendimento necessário entre Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos, e Raul Castro, irmão de Fidel Castro, que governa Cuba.
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Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos, cumprimenta Raul Castro, irmão de Fidel Castro, que governa Cuba
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Embora não sendo muito fácil revogar, no Congresso americano, as leis que determinam o embargo comercial a Cuba, o mundo espera que, brevemente, o bom senso e as razões econômicas prevaleçam sobre os motivos ideológicos!
Essa é uma grande decisão, pois o entendimento e a diplomacia saíram vitoriosos nesse último conflito da guerra fria, que, do século XX, estendeu-se até agora, 2014!
Parabéns ao Papa Francisco, e não só por seu aniversário! Sabe-se que os entendimentos para selar o acordo entre os dois países foram organizados e firmados na biblioteca do Vaticano! Parabéns aos dois Presidentes, que comunicaram ao mundo seu novo modo de relacionar-se, retornando a instalação de embaixadas nos dois países!
Em tempos de tanta hostilidade e prenúncio de guerras em diferentes partes do mundo, notícias de paz, entendimento e consciência devem ser destacadas.
Saiba mais sobre a reaproximação entre Estados Unidos e Cuba aqui.
Férias em Havana
Cuba, antes do embargo, estava entre os lugares favoritos dos americanos para suas férias no Caribe. Com o fim da hostilidade entre os dois países esse destino paradisíaco deve retornar aos circuitos turísticos.
Atualmente, a capital Havana, é conhecida por ser uma “cidade parada no tempo”, pela sensação de realmente estar de volta aos anos 1950, com carros antigos e coloridos pelas ruas, cercadas de prédios ainda praticamente da mesma forma que foram deixados na época da revolução, em 1959. E o balneário de Varadero, com resorts em praias paradisíacas, sem contar a música e a cultura latina de muito charme.
Cuba tem muito mais a oferecer para quem escolher esse destino. Veja mais dicas aqui.
Por Ignez Pitta
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