A imagem exibe sementes de cânhamo, folhas de cannabis e frascos de óleo sobre uma superfície azul. Há um recipiente com creme e uma colher de madeira cheia de sementes, sugerindo produtos naturais à base de cannabis.

Canabidiol: pra que serve a cannabis medicinal que o STJ permitiu o cultivo?

Saiba o que é canabidiol, quais doenças ele ajuda no tratamento, o preço e os setores que se beneficiam com a substância

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A recente decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autoriza o cultivo de cânhamo, uma variedade de Cannabis sativa com baixo teor de THC, exclusivamente para fins medicinais. Essa medida, ainda a ser regulamentada pela Anvisa e pela União, promete aumentar o acesso a medicamentos à base de canabidiol (CBD) no Brasil.

Com o crescente interesse por esses produtos, devido à sua eficácia no tratamento de diversas condições, reunimos especialistas para esclarecer dúvidas frequentes dos internautas sobre o uso medicinal de CBD. Essa discussão é vital, especialmente considerando o potencial do cânhamo em oferecer terapias acessíveis, impulsionar pesquisas científicas e fomentar a indústria nacional, enquanto ainda se aguarda a correta regulamentação do seu cultivo.

O que é canabidiol?

O canabidiol (CBD) é uma substância extraída da planta Cannabis. Entretanto, ela não possui psicoativos. A substância da maconha que promove a excitação e a euforia é o THC (tetra-hidrocanabinol). Portanto, o canabidiol atua na redução da euforia, ou seja, age no sistema nervoso central e promove a hemóstase.

Dois vidros com canabidiol e plantas ao redor em uma mesa de madeira.
Fonte: Canva
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“Em dezembro de 2019, a Anvisa aprovou a regulamentação do registro no Brasil de produtos a base de canabidiol. A ideia é oferecer tratamentos de primeira escolha para diversos transtornos em associação com outros medicamentos e outros tratamentos, conforme a necessidade.

Existem estudos que comprovam que a substância auxilia na redução da dor, tem ação anti-inflamatória, na ansiedade, em doenças neurodegenerativas, entre outros”, explica o Dr. Thiago Marra, cirurgião plástico formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Qual o impacto da decisão do STJ sobre o cânhamo medicinal?

A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou, por unanimidade, o cultivo de cânhamo, uma variedade de Cannabis sativa com baixo teor de THC, exclusivamente para fins medicinais.

Contudo, essa permissão depende de regulamentação a ser estabelecida pela Anvisa e pela União em até seis meses. O cânhamo, rico em canabidiol (CBD), pode ser utilizado para fabricar medicamentos voltados para tratamentos de doenças como câncer e epilepsia.

A imagem apresenta uma folha de cannabis, um frasco de óleo âmbar, uma pipeta, uma cápsula dourada e sementes sobre uma superfície clara. Elementos sugerem uso medicinal da planta através de óleos e extratos naturais.
Fonte: Canva

A ministra Regina Helena Costa destacou a distinção necessária entre cânhamo e maconha, argumentando que a falta de regulação atual prejudica o acesso à saúde e inibe o desenvolvimento de terapias acessíveis. A decisão não visa descriminalizar o uso de drogas; o foco está no uso medicinal do cânhamo.

A ausência de normas eficazes impede o avanço da indústria nacional e a geração de empregos, enquanto os altos custos de importação continuam a onerar pacientes e empresas.

Este acórdão do STJ, obrigatório para tribunais em todo o país, poderá transformar o cenário do uso medicinal de cannabis no Brasil, desde que adequadamente regulamentado.

Para que serve o canabidiol?

O uso do CBD está crescendo no Brasil, seja no tratamento de doenças ou ainda para uso estético. De acordo com a médica Paula Vinha, que é doutora (PhD) e mestre em Clínica Médica FMRP-USP e uma das primeiras pesquisadoras no país sobre Cannabis medicinal, o canabidiol é utilizado como auxiliar no tratamento de uma série de doenças.

“Todos os seres humanos possuem um sistema chamado Sistema Endocanabinoide (SEC). O equilíbrio dele ajuda no tratamento de várias doenças e sintomas. O uso da Cannabis medicinal com a dose certa pode melhorar a vida de pacientes, dos familiares e levar ao menor consumo de medicamentos, como opioides, indutores de sono e benzodiazepínicos”, explicou a profissional em entrevista ao PodioCast.

Laboratório produzindo óleo de cannabis.
Fonte: Canva

Sendo assim, o CBD é uma ferramenta que melhora a resposta terapêutica dos pacientes. Assim disso, contribui para a diminuição do uso de medicamentos.

“Teve até um caso de um paciente que tomava mais de 8 remédios por dia, então sugeri uma dose mínima de Cannabis. Após alguns meses de tratamento, consegui eliminar todos os outros remédios dele”, conta.

Entretanto, é importante destacar que cada paciente responde de uma forma ao tratamento. Por isso, é preciso acertar a dose e observar qual é o efeito. Para isso, o médico precisa acompanhar de perto a evolução e fazer as adaptações necessárias para um tratamento eficaz.

“Às vezes, temos que ir mudando a dosagem de acordo com a resposta do organismo, mas a taxa de desistência do tratamento é muito pequena”, afirma a médica.

Mitos e verdades sobre o uso do CDB na medicina

Derivado da Cannabis sativa, a eficácia do CDB depende de fatores como a dosagem, a absorção e a qualidade do produto, o Dr. Marcelo Valadares, neurocirurgião funcional e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) alerta, ainda, que a resposta ao tratamento depende especialmente da indicação médica adequada.

“A prescrição de canabidiol como indicação terapêutica para doenças em substituição a tratamentos convencionais e cientificamente comprovados deve ser vista com cautela. Esses produtos podem auxiliar ou entrar com alternativa quando não alcançamos respostas satisfatórias com as medicações tradicionais, por exemplo”, explica ele.

Confira alguns dos principais mitos e verdades sobre o uso do CDB na medicina elencados pelo Dr. Marcelo Valadares e respaldados por evidências científicas:

1. O canabidiol é eficaz para o controle da dor

Isso é um mito. Duas das dores mais intensas que existem, a fibromialgia1 e as dores oncológicas2, não são gerenciáveis com o canabidiol, segundo revisões sistemáticas da Biblioteca Cochrane.

As evidências de ensaios clínicos sobre o uso de produtos de cannabis na fibromialgia foram limitadas a dois pequenos estudos com curta duração. Neste contexto, não foram encontradas evidências que sugiram que o canabinoide sintético interfira no tratamento de pessoas com fibromialgia, com eventos adversos, como sonolência, tontura e vertigem que podem inviabilizar a sua recomendação.

“Em relação às dores provenientes dos diferentes tipos e estágios da dor do câncer, o potencial dos medicamentos à base de cannabis e da cannabis medicinal não pode ser definido devido à falta de evidência de eficácia ou dano, com indícios de efeito adversos psiquiátricos e do sistema nervoso prevalentes e não tão bem tolerados, o que pode limitar a utilidade clínica”, explica o Dr. Marcelo Valadares.

2. O canabidiol é indicado contra o Alzheimer

Mito. “O uso de canabinoides para o tratamento de pacientes com síndrome demencial, caracterizada por declínio cognitivo e funcional e acometimento principalmente de idosos, é alvo de intensa pesquisa, mas não há resultados uniformes até o momento”, reforça o especialista.

Uma revisão sistemática da Cochrane3, que incluiu dados de quatro estudos de curta duração realizados com 126 participantes – sendo a maioria dos casos de Alzheimer – não mostrou benefícios nem malefícios para pacientes com demência.

A imagem mostra uma folha de cannabis sobre um prato, ao lado de um frasco com óleo dourado e uma pipeta. Sementes estão espalhadas no prato, criando um tema natural e medicinal, refletindo o uso de extratos da planta.
Fonte: Canva

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia4 manifesta-se contrária a seu uso, bem como a Academia Brasileira de Neurologia5, que constatou não haver evidência científica que corrobore o uso do CBD ou mesmo do THC para o tratamento dos sintomas, reversão ou estabilização do Alzheimer.

A revisão também apontou a necessidade de estudos de longo prazo para avaliar os resultados. Nesse sentido, cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) 6 conduzem os maiores ensaios clínicos do mundo, com 140 pacientes e duração prevista de três anos, para avaliar como o uso de substâncias extraídas da Cannabis sativa, podem colaborar para o tratamento do Alzheimer e Parkinson.

3. O canabidiol é a nova aposta para pacientes com epilepsia

Verdade. Atualmente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aceita o uso de canabinoides em ensaios clínicos controlados ou na falta de alternativas terapêuticas para crianças e jovens adultos com crises epilépticas refratárias aos tratamentos usuais, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut (LGS). Os estudos mostram que o CDB é capaz de reduzir e, em alguns casos, extinguir as convulsões nos pacientes.

O uso do CDB para casos de epilepsia é a aplicação com maior número de estudos e com mais tempo de análise, com estudos que datam desde a década de 1980 – iniciando com Elisaldo Carlini, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), um dos precursores dos trabalhos com a maconha medicinal.

4. O canabidiol é promissor no tratamento de crianças com transtorno do espectro autista (TEA)

Parcialmente verdade. “Até o momento, não existem medicamentos comprovadamente eficazes para tratar os principais sintomas do TEA, que consistem em dificuldades na comunicação e interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, apesar do interesse em explorar o potencial terapêutico do CBD”, explica o Dr. Valadares.

No entanto, indivíduos com TEA frequentemente apresentam alguns transtornos psiquiátricos associados, como ansiedade, depressão, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e epilepsia.

No caso desta última, há evidências científicas significativas da ação anticonvulsivante do Canabidiol em epilepsias da infância e da adolescência refratárias aos tratamentos convencionais, razão pela qual pode ser benéfico aos autistas e é regulamentado pelo CFM.7

5. Canabinoides podem ser utilizados no tratamento da esclerose múltipla

Parcialmente verdade. “As terapias à base de Cannabis sativa já são indicações consolidadas para o controle da espasticidade – excesso de tônus muscular que dificulta a movimentação e causa dores – que é sintoma da esclerose múltipla”, elucida o neurocirurgião.

É importante reforçar que a substância é um tratamento, na verdade, para este sintoma especificamente, e não para a esclerose múltipla como um todo.

A imagem mostra uma garrafa de óleo âmbar com conta-gotas ao lado de uma planta de cannabis. O fundo é de madeira, destacando o contexto natural. A cena sugere o uso medicinal do óleo extraído da planta.
Fonte: Canva

Neste caso, o principal responsável pelo benefício é o THC (tetra-hidrocanabinol), ainda que o CDB possa ser usado conjuntamente para potencializar a resposta e proporcionar alívio ao paciente.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já liberou o uso dessa combinação direcionada ao tratamento de espasmos, moderados e graves ligados à esclerose múltipla em pacientes que não apresentaram bons resultados após tratamento com medicamentos conservadores.

Importante entender também: CBD X THC

A planta contém centenas de substâncias químicas, das quais 60 são classificadas como canabinoides. Nos produtos medicinais, o CBD é o principal ativo presente, não causando efeitos psicoativos ou gerando dependência.

Embora o CBD tenha ganhado destaque, ele nem sempre é o protagonista. Outro composto, o THC (tetra-hidrocanabinol), responsável pelos efeitos psicoativos da Cannabis sativa, também têm comprovado potencial terapêutico.

“Os avanços no número de estudos clínicos e o interesse de médicos e pacientes pelos canabinoides, seja o CBD ou o THC, em suas diferentes dosagens e administrações, são de imenso valor, mas é imprescindível, em consultório, prescrever esse tipo de medicamento com olhar humanizado, sem levantar falsas esperanças a pessoas que estão em sofrimento”, pondera o Dr. Marcelo.

Quantas doenças o canabidiol cura?

Segundo a médica, o canabidiol pode auxiliar no tratamento de sintomas de uma série de doenças. Alguns exemplos oferecidos pela profissional e que já apresentaram resultados positivos em estudos científicos são:

  • Transtorno do Espectro Autista (TEA);
  • Epilepsia;
  • Dor crônica;
  • Ansiedade;
  • Distúrbios do Sono;
  • Transtorno de Déficit de Atenção e Aprendizagem (TDAH).

“Ele tem um possível efeito neuro protetor, o que o torna benéfico para a saúde”, explica o Dr. Thiago.

Essa ação neuroprotetora previne doenças neurológicas como o Alzheimer e o Parkinson, por exemplo. Ademais, também é comprovado que a substância é anticonvulsionante, ou seja, previne ataques epiléticos e outros tipos de convulsões.

A ação anti-inflamatória é eficaz tanto no tratamento de dores crônicas, que podem ser causadas por fibromialgia, esclerose múltipla ou câncer, como também na recuperação pós-exercício e na diminuição de inflamações na pele.

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Mulher tomando óleo de canabidiol em conta-gotas.
Fonte: Canva

Um estudo desenvolvido pela Universidade de São Paulo (USP) comprovou uma diminuição de 60% dos sintomas de ansiedade e 50% de depressão em pessoas que utilizam medicamentos à base de cannabis.

Isso porque o paciente experimenta uma diminuição da tensão. Além disso, o CBD relaxa a musculatura e diminui o excesso de pensamentos e a sensação de esgotamento mental.

Além disso, o profissional aponta estudos que comprovam a eficácia do canabidiol no sistema endocanabinóide, ou seja, que melhoram a qualidade da pela após cirurgias plásticas.

O canabidiol e a estética

Segundo o médico, a procura pelo CBD tem crescido graças ao conhecimento de seu potencial como anti-inflamatória para a pele.

Isso porque o canabidiol é capaz de ajudar no tratamento de inflamação e também na dermatite atópica, que é responsável por lesões e coceiras na pele.

Mulher com as mãos nas laterais do rosto, sorrindo.
Fonte: Canva
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Entretanto, é importante alertar o cirurgião sobre o uso recreativo ou não, antes de qualquer tipo de procedimento.

“Mesmo sendo uma substância natural e, sem muitas contraindicações, é bom comentar com o profissional da saúde para obter todas as informações no risco cirúrgico e no pré-operatório. Pontue sempre todos os medicamentos e usos ilícitos que usa, toda e qualquer tipo de substância.

Todavia, o recomendado para quem faz o uso da maconha recreativa, e quer fazer uma cirurgia plástica, é evitar o uso por pelo menos sete dias antes do procedimento”, orienta Thiago.

Quanto tempo leva para o canabidiol fazer efeito?

Cada organismo age de uma forma em relação ao uso do CBD. Por isso, é difícil prever qual o tempo médio para que o canabidiol faça efeito.

Além disso, a resposta irá depender da forma do uso e da dosagem consumida. Por exemplo, existem quatro formas de administrar o canabidiol sendo: sublingual, ingestão, inalação e uso tópico.

Mulher negra aguardando efeito do canabidiol.
Fonte: Canva

Dentre todas as formas, estima-se que o uso sublingual tenha um tempo de efeito mais preciso. De acordo com os especialistas da Ease Labs, ao colocar o óleo de cannabis embaixo da língua entre 60 e 90 segundos, ele irá demorar cerca de 30 minutos para fazer efeito.

Quanto custa o canabidiol no Brasil?

No Brasil, não existem muitas indústrias farmacêuticas que são autorizadas pela Anvisa. Além disso, vale destacar que os principais produtos com o canabidiol são o óleo e o spray.

Atualmente, a Prati-Donaduzzi vende um frasco de 200mg da substância por R$2.329,90 e o de 20mg por R$270,98.

Por outro lado, a Nunature, oferece 30ml do produto de canabidiol por R$759,90. Além disso, a empresa também oferece uma dosagem menor, de 17mg que custa em média R$ 459,90.

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10 setores que a cannabis é legalizada

O uso do canabidiol está se expandindo no cotidiano mundial e em diversos segmentos. Pensando nisso, a Remederi elaborou uma lista com os 10 principais mercados e setores influenciados pelo uso dessa substância.

“Além de ser sustentável e ecológico, o ativo apresenta um enorme potencial econômico”. Em uma publicação no portal Businesswire, os analistas projetam que o mercado global de cannabis chegará a US$ 42,7 bilhões em 2024, de acordo com relatório divulgado pela Arcview Market Research (“Arcview Group”) e pela BDS Analytics”, explica Fabrízio Postiglione, CEO da Remederi.

Martelo de juiz com porção de maconha ao lado.
Fonte: Canva

Sendo assim, considerando essa expansão, entende-se como a cannabis legalizada afeta diretamente setores como agropecuário, farmacêutico, agrícola, alimentício, têxtil, entre outros.

1. Medicina

O canabidiol tem sido utilizado no tratamento de diversas doenças como visto anteriormente.

2. Setor farmacêutico

Empresas deste segmento estão incorporando a cannabis em suas estratégias, pois ela tende a substituir, em algumas situações, os medicamentos tradicionais.

3. Cosmético/bem-estar

Um dos maiores segmentos de mercado futuro de produtos de cannabis que contêm fitocanabinóides, terpenos outros resultarão em cremes, espumas, géis, loções, pomadas e bálsamos.

4. Setor agrícola

O Cânhamo ou Hemp é uma das variedades utilizadas para o cultivo agrícola de grande extensão. 

5. Setor agropecuário

Cientistas acreditam que o cânhamo possa ser usado para alimentação e, com isso, beneficiar a saúde e aumentar o desempenho do gado.

Assim, o cânhamo seria administrado a animais por meio de farelo de sementes trituradas, pellets ou óleo como suplemento.

Vidro de óleo de canabidiol atrás de uma folha de maconha.
Fonte: Canva
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Afinal, as sementes de cânhamo são ricas em ácidos graxos como Omega 3, Omega 6, Omega 9 e GLA. Também é importante fonte de proteínas que contém todos os aminoácidos e é abundante em fibras, ajudando o sistema digestivo de um animal. 

6. Setor alimentício

O setor se divide entre alimentos extraídos da semente do cânhamo, isto é, aqueles que possuem alto valor nutritivo, mas não contam com a presença de fitocanabinóides, e os alimentos que contam com essa presença.

O interesse crescente em alimentos extraídos da semente acontece porque são saudáveis e produzem efeitos metabólicos, fisiológicos e benéficos à saúde, quando consumidos regularmente e acompanhados por hábitos sadios.

7. Setor têxtil

Com o número crescente de consumidores interessados em produtos ecologicamente corretos, grandes varejistas e marcas de nicho de moda apostam em tecidos produzidos com as fibras do cânhamo para aumentar seus resultados.

8. Plástico

O cânhamo é uma alternativa concorrente do plástico, pois é um biodegradável. Logo, trata-se de uma alternativa mais ecológica.

9. Biocombustível e energia

O cânhamo se adapta a uma grande variedade de solos e requer insumos mínimos para seu cultivo.

Pesquisadores da UConn descobriram que o cânhamo possui propriedades que o tornam potencialmente atraente como matéria-prima para a produção de combustível diesel produzido a partir de fontes renováveis de energia (plantas).

10. Bebidas não alcoólicas

O mercado de bebidas não alcoólicas com infusão de cannabis está se expandindo rapidamente, com uma variedade de sucos, águas, cafés, chás e kombucha contendo em suas fórmulas o CBD e/ou THC. 

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Contraindicações do canabidiol

Segundo a doutora Paula, existem poucas contraindicações comprovadas cientificamente sobre o uso de canabinoites.

Inclusive, durante o PodioCast, a médica explica que já receitou o canabidiol para mais de 400 pacientes em cinco anos e menos de 1% tiveram reações adversas.

Óleo de canabidiol com conta-gotas.
Fonte: Canva

Além disso, estudos comprovam que a substância não gera risco de overdose. Afinal, não possui receptores nos neurônios da ponte e bulbo encefálico, ou seja, uma região responsável pela manutenção da função cárdio-respiratória.

Sobre Dra. Paula Pileggi Vinha

Doutora (PhD) e mestre em Clínica Médica FMRP-USP, é Nutróloga e especialista em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Além disso, é Membro da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinóide (APMC) – Comitê de Medicina Integrativa, atua com Medicina Interna, Intensiva, Funcional e Integrativa, e Medicina Ortomolecular.

Por fim, também é especialista e consultora em Medicina Canabinoide e coordenadora científica da I Conferência Internacional da Cannabis Medicinal (CICMED). 

Sobre Thiago Marra

Cirurgião plástico renomado com mais de 10 anos de carreira na medicina. Formado em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas e pós-graduado em cirurgia plástica pelo Hospital Universitário de Ciências Médicas.

Além disso, o médico busca democratizar o mercado de cirurgia plástica no Brasil com o objetivo de triplicar o número de procedimentos realizados no país angariando novos especialistas, como os cirurgiões dentistas.

Atualmente, é um dos principais profissionais em seu ramo de atuação e busca revolucionar o mercado profissionalizando, por meio de cursos e mentorias exclusivas, médicos e cirurgiões dentistas para o exercício de procedimentos faciais em seus consultórios.

Sobre a Remederi

A Remederi é uma farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal.

Com qualidade e produtos certificados, produzidos com selo GMP (de boas práticas de fabricação) e ISO 17065, oferece às pessoas acesso à terapia canabinóide, de forma simples, segura e fácil. 

A empresa possui também o Instituto de Ensino e Pesquisa Remederi, que promove cursos com objetivo de educar profissionais da saúde a respeito de medicamentos à base de canabidiol.

Com sede em São Paulo, atualmente conta com um time de mais de 25 colaboradores e prestadores de serviços. Mais informações nos canais sociais: Instagram, Facebook, LinkedIn e YouTube; e no site.

Revisado e atualizado por Laila Lopes.

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