Ainda tem dúvidas? Guia Prático da Nova Ortografia


Foto: Coisa Útil

As novas regras ortográficas estão em vigor desde 2009, mas muitas pessoas ainda ficam em dúvida na hora de escrever.

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em Lisboa em dezembro de 1990 por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste.

O Acordo é meramente ortográfico. Ou seja, é restrito apenas à língua escrita e não altera em nada o modo como falamos. Apesar de ser uma espécie de unificação ortográfica de todos os países aderentes, o acordo não elimina todas as diferenças de escrita entre eles.

O dicionário Michaelis, da Livraria Melhoramentos, disponibilizou na internet o Guia Prático da Nova Ortografia, que é ótimo para dar um apoio enquanto não nos acostumamos com as novas regras.

Veja as principais mudanças:

– O alfabeto passa a ter 26 letras, já que foram reintroduzidas as letras k, w e y.

Acentuação

– Não se usa mais o trema. Palavras como aguentar, cinquenta, linguiça e sequestro não têm mais o sinal em cima da letra u. Não se confunda: a regra vale apenas para a língua portuguesa – as palavras estrangeiras não perdem o trema.

– Os ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (penúltima sílaba acentuada), não possuem mais o acento. Por exemplo: boia, colmeia, estreia, geleia, heroico, ideia, paranoia e plateia.

– Palavras terminadas em êem e ôo(s) também perdem o acento como enjoo, leem, voos, veem, creem e deem.

– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s) /pela(s), pêlo(s) /pelo(s), pólo(s) /polo(s) e pêra/pera. Atenção! Os acentos diferenciais de pôde/pode e pôr/por.

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Hífen

– Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos de ligação, como guarda-chuva, arco-íris, segunda-feira, porta-malas, porta-bandeira e bate-boca. A exceção é para as palavras que perderam a noção de composição como girassol, paraquedas e mandachuva.

– O hífen também é usado nos compostos com palavras iguais ou parecidas como reco-reco, tique-taque, zigue-zague e esconde-esconde.

– Quando há elementos de ligação, perde-se o hífen. Exemplo: pé de moleque, dia a dia, fim de semana e olho de sogra. Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito e pé-de-meia.


Foto: C.World

Hífen com prefixos

– Usa-se o hífen antes das palavras terminadas com h, como anti-histórico e anti-higiênico.

– Quando o prefixo termina com a mesma letra que inicia a outra palavra. Exemplo: micro-ondas, anti-inflacionário e inter-regional.

– Se a última letra do prefixo for diferente da letra inicial da outra palavra, perde-se o hífen. Por exemplo: autoescola, intermunicipal, superinteressante e agroindustrial.

– Se o prefixo terminar em vogal e a outra palavra começar por r ou s, essas letras ficam dobradas. Exemplos: minissaia, antirracismo e ultrassom. Se o prefixo for sub ou sob, usa-se o hífen como em sub-reitor, sub-região e sob-roda.

– Os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice exigem o hífen. Por exemplo: além-mar, aquém-mar, ex-aluno, pós-graduação, pré-história, pró-europeu, recém-casado, sem-terra, vice-rei.

Veja aqui o guia completo.

Samantha Mahawasala: Paulistana criadora de conteúdo, em jornalismo e marketing digital, há mais de 13 anos.

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