Paolla Oliveira sem filtro: atriz assina contrato e deixa de usar filtros em redes sociais

Na última terça-feira, 18 de julho, a atriz Paolla Oliveira assinou um contrato com a marca Dove para deixar de usar filtros e edições em suas redes sociais. A ação, que tem como objetivo tornar o espaço digital menos tóxico e alertar para a pressão estética, conta com mais cinco nomes.

O projeto da marca de higiene pessoal promove uma Internet mais segura e saudável. Sem reforçar padrões irreais de beleza, a intenção é obter um ambiente online mais real. Continue lendo a fim de saber mais!

Paolla Oliveira sem filtro: atriz deixa de usar filtros em contrato com Dove

A nova iniciativa de Dove com Paolla Oliveira, Astrid Fontenelle, Dora Figueiredo, Mariana Mendes, Dandara Pagu e Angélica Silva envolve um contrato que proíbe o uso filtros ou edições em suas fotos publicadas online. Assim, o movimento “Feed Sem Padrões” procura alertar sobre as problemáticas da pressão estética, que reforça padrões irreais de beleza nas redes sociais.

O “Contrato Sem Filtros” assinado por Paolla Oliveira é um convite para minimizar esses efeitos tóxicos do ambiente digita. O potencial de prejudicar saúde física e mental de muitos afeta, principalmente, meninas e jovens mulheres em todo o país.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto Dove Pela Autoestima, 74% dos jovens de 10 a 17 anos entrevistados afirmam que já foram expostos a conteúdos tóxicos de beleza com incentivo a transformações da aparência ou perda de peso. Por consequência, no Brasil, 96% dos profissionais de saúde mental se preocupam com o aumento de autoflagelação e suicídio entre os jovens devido à exposição a esse tipo de conteúdo.

• Em seguida, confira Corpo feminino: quando ele é o suficiente?

“A experiência de se ver sem filtro é o primeiro passo para a gente se amar como a gente é. E com o orgulho de ser única. Isso é o que eu acredito. E agora, com Dove e todo esse time, tenho certeza que essa campanha vai ser linda e com grande potencial de impactar o público e até outras marcas que também estão interessadas em falar sobre o tema. Estou animada!“, afirma Paolla Oliveira.

• Ademais, veja também Síndrome de Burnout: por que cada vez mais pessoas sofrem com o esgotamento profissional?

Campanha O Custo da Beleza

Assim, a iniciativa de Paolla Oliveira sem filtro é uma continuação da campanha O Custo da Beleza, apresentada pela marca em maio. Além disso, a marca também lançou uma petição para reunir assinaturas para reforçar a urgência da pauta junto ao poder público. O objetivo é promover diálogos e encontrar formas de melhorar as práticas no ambiente digital.

“Nossa intenção é usar o nosso alcance para dar mais visibilidade ao assunto, que afeta cada vez mais os jovens, e estimular conversas, com a participação de órgãos públicos e stakeholders, que possam mudar esse cenário”, afirma Paula Paiva, líder digital para Dove no Brasil.

Aumento da Dismorfia Corporal com as redes sociais

Segundo a terapeuta Camila Custódio, cada vez mais sofremos com uma espécie de epidemia de transtornos ligados à saúde mental devido ao uso excessivo de aplicativos e redes sociais. “É o que chamamos de Dismorfia Corporal que tem sido associado aos apps como Snapchat e Instagram. É uma doença mental que leva a pessoa a ter foco obsessivo em um defeito na própria aparência – seja ele real ou não“.

De acordo com um estudo da Academia Americana de Plástica Facial e Cirurgia Reconstrutiva (AAFPRS) realizado em 2017 com seus membros, 55% dos cirurgiões relataram que a motivação dos pacientes que buscaram procedimentos estéticos era ter uma aparência melhor em selfies. Quando comparado com o ano anterior, o número é um salto gigantesco, em 2016 a porcentagem era de 13%.

A situação não é diferente no Brasil, pois o país se destaca por ser o que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. Logo, o comportamento não chega a ser uma surpresa. Segundo os dados mais recentes da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), em 2018, o país registrou quase 1,5 milhão de ocorrências. Houve ainda 969 mil procedimentos estéticos não-cirúrgicos.

• Em seguida, confira Caso Preta Gil: quem são os homens que ficam quando adoecemos?

Diagnóstico de Dismorfia Corporal

Quando há o diagnóstico de dismorfia, Camila Custódio recomenda que o ideal é o acompanhamento por um psicólogo e um psiquiatra. A ideia é entender os sintomas e ajudar o paciente a ter um novo olhar sobre si. Assim, elevando a autoestima e entendendo que ele pode ser o seu próprio padrão de beleza.

“Falar de aceitação corporal não significa necessariamente se conformar com o que você não gosta de ver no espelho, afinal o corpo é seu, mas você pode melhorar seu corpo e seu rosto de uma maneira saudável, buscando ser sua própria referência, se reconhecendo diante do espelho, conectada com a sua essência“, destaca Camila.

A terapeuta ainda elogia o projeto de Dove diz que “iniciativas como essa com a Paolla a frente vai ajudar e incentivar meninas e mulheres a terem um olhar mais gentil sobre si mesmas, rever conceitos e se reconhecer dentro e fora das telas com a sua própria beleza e por consequência ter um relacionamento mais saudável com a sua imagem diante do espelho“.

Ademais, não deixe de conferir o canal de Comportamento do Fashion Bubbles para não perder as últimas notícias!