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Relacionamento: Ficar ou namorar? Em que fase você está?

Em um aspecto, o grau de compromisso é muito baixo, noutro você é requisitado a apresentar respostas mais eficientes. Se estivéssemos falando de trabalho, seria…

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Em um aspecto, o grau de compromisso é muito baixo, noutro você é requisitado a apresentar respostas mais eficientes.

Se estivéssemos falando de trabalho, seria como ouvir: “Quero trabalhar pouco e ganhar muito”, não há como discordar, quem não gostaria? Mas, na prática ganhar mais significa também ter respostas mais eficientes para os enigmas, ter mais responsabilidade, por outro lado, quem ganha pouco é menos exigido intelectualmente.

Você conheceu alguém e durante a conversa, a pessoa deixa escapar que estará, no fim de semana, numa balada qualquer, você emenda que também sempre vai a este lugar. Risadinha prá lá, risadinha prá cá… E ficou certo de se encontrarem à noite. Você toma um banho demorado, capricha e para estar impecável escolhe a melhor roupa.

Já na balada, do outro lado do salão você a vê conversando com as amigas e está maravilhosa, pode-se dizer que está em seu melhor momento, assim como você, afinal, também cuidou de todos os detalhes. Antes de se aproximar fica observando e comprova o quanto ela é incrível, é muito articulada, inteligente, tem charme de sobra e poderia acrescentar mais uns cem números de bons adjetivos.

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É muito provável que ela também esteja pensando o mesmo, ainda que faça de conta que nem te viu, mas a aproximação é cautelosa, faz parte do jogo. Existe um “tempo” de flerte para que se estabeleça um vínculo mais forte, ou mais fraco. Só se encontra mais valores no outro se houver a contemplação, é assim que se cria o vínculo. Quando o objetivo é menor basta “ir à luta” e ver no que dá, convenhamos, muitas vezes dá…

Garantias de sucesso não há para nenhuma das opções, mas quando o sucesso ocorre, pode acontecer também situações que estavam totalmente fora do plano inicial.

“Ficar” é bom demais. Exprime a sensação de liberdade. A falta de vínculo também parece expressar que a marionete tem vida sem as cordas que lhe manejam. Não necessita satisfação, nem desculpas, não carece agradecer, nem mesmo reclamar de alguma coisa que saiu errado, é só escolher um outro alguém e a fila anda.

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Sinceramente, isso é ótimo. Um sonho de consumo. A pessoa escolhida tem a idade certa, não envelhece ou fica feia, porque se troca por um modelo mais novo e mais bonito. A rotina, tão temida, vive em terras distantes. Um dia tem cabelos longos, é baixa e magra, noutro o que será? Até mesmo as propagandas e piadas possuem a graça comparando este estilo de vida solto, àquele compromissado. Como argumentar contra a alguém que pode decidir a qualquer momento se vai ao futebol, barzinho com os amigos ou simplesmente se entregar ao sofá, sem receber represálias?

Quem seria contra a expressão: “Quero ganhar muito e trabalhar pouco”? Entretanto parece mais próximo da realidade uma outra frase: “Sem dor, sem ganho”. São nestas sutilezas que está a bifurcação das nossas fantasias. Uma coisa é aquilo que quero, que é utópico e gera uma expectativa, invariavelmente, muito longe da realidade. Outra coisa é a dor que a realidade impõe.

Não é incomum os encontros furtivos fugirem da proposta inicial, passando a ter certa regularidade. Os amigos em comum tem que dar um nome a este que lhe acompanha pela 4a. ou 5a. vez e aí escapa um:

– “Este fulano é sua namorada?”

Quem nunca passou por esta saia justa e este primeiro susto? Lá pela 10a. vez – ou menos – é a hora de ouvir: “Ela se mostrou uma coisa e na verdade era outra bem diferente”, tome bola prá frente, a fila anda.

Se estivéssemos falando daquele jogo de tabuleiro com dados esta “fila anda” – por incrível que pareça – não teria sido um avanço, seria como cair no quadradinho que diz: volte 10 casas…

-“Ela parecia ser tão diferente…”

É provável que esta não seja uma afirmação, assim, tão verdadeira, é mais possível que se esteja enfrentando uma situação que se repete pela enésima vez e ainda não se aprendeu a resolver. É fato que uma crise só se instala em um relacionamento, nunca num reles peguete.

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Naquele momento em que olhava para a paquera do outro lado da balada o que via era você mesmo. Estranho isso, concordo, mas via apenas tudo o que você já é ou que pode vir a ser. Do lado de lá, a pessoa também enxerga o mesmo, uma forma de espelho que reflete não apenas o limite da imagem, vai bem além disso.

No reino das possibilidades há expectativas como:

-“Estaria completo com ela. Meus dias nunca mais seriam os mesmos na sua companhia. Viajaria, faria planos e durante a semana, meu coração estaria calmo só pelo fato dela existir”…

Enfim, ao ver a pessoa, mais do que seu rosto e corpo, o que você avista, é você mesmo (e nem sabe disso). Não naquilo que você já é, mas principalmente, aquilo que você pode vir a ser.

Sem saber, esperamos que o outro nos dê “o que foi prometido” e é aí que o bicho pega. A crise se instala porque somos exigidos. A pessoa espera um final de semana maravilhoso, um jantar inesquecível, um carro melhor, um lar, um companheiro, alguém mais disposto e competente… Mas, não se engane em acreditar que a exigência é só do lado de lá.

Temos uma incrível facilidade de encontrar um “culpado” por nossas angústias, e, já que o outro é quem afirma aquilo que sou capaz, é também ele que materializa o culpado por me fazer perceber o quanto evito me atrever a ousar e a lutar pelos meus sonhos.

Todo relacionamento tem crise

Por outro lado, quem já teve a feliz experiência de encontrar alguém que consegue lhe extrair aquilo que se é, e nunca se acreditou que fosse, encontra também o estado de amor que vai muito além da beleza, perfume ou sexo.

É alguém que o transforma num ser maior. Entretanto, a baliza que informa sobre esta transformação é a superação dos medos e inseguranças, vencer isso, requer um embate enorme. Ninguém abandona suas crenças sem uma verdadeira guerra (ainda que a crença seja “eu tenho certeza que não sou capaz”).

Caso aceite o desafio e vença, a sensação será igual a cair no quadradinho que diz “avance 10 casinhas”. Não subestime, as “casinhas” no jogo da vida, elas são bastante relevantes.

Esta pessoa que acredita em você (além de exigir, brigar, gritar… Uau! Como é difícil aceitar este apoio), é alçada a um patamar de alguém que conseguiu o que você sozinho nunca conseguiria. Isso é inigualável.

Ficar é ótimo, não tem como dizer o contrário. Mas, o amadurecimento só é possível com o compromisso. Há tempo certo para as duas coisas.

Enjoy!

Dating with Herpes, Dating With HPV, Dating With HIVEsta pessoa que acredita em você (além de exigir, brigar, gritar… Uau! Como é difícil aceitar este apoio), é alçada a um patamar de alguém que conseguiu o que você sozinho nunca conseguiria. Isso é inigualável.Ficar é ótimo, não tem como dizer o contrário. Mas, o amadurecimento só é possível com o compromisso. Há tempo certo para as duas coisas.

Relacionamento-de-antigamenteRelacionamento: Ficar ou namorar? Em que fase você está?

(Reflexões e questionamentos desenvolvidos através das aulas Junguianas de Marcos de Santis no Instituto Humanae, sobre auto conhecimento, liberdade, psicologia analítica e física quântica.)

Por Vinícius Moura

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