Você sabe o que é DEMI-COUTURE?

Com o ressurgimento da originalidade como prioridade fashion, também conhecida por “meia-costura”, a demi-couture mantêm a experiência do raro e do exclusivo que a alta-costura possui. Em tempos de industrialização da moda, o “sob medida” ganha status de luxo absoluto. Além disso, melhora o corpo, já que é modelado de acordo com medidas próprias. Em tempos do culto à magreza, é importante para as pessoas se sentirem mais bonitas dentro de suas roupas. Resumindo, a demi-couture tem a sofisticação da alta-costura (pelo menos três provas no corpo do cliente), mas é vendida diretamente nas lojas. São roupas semi-prontas reservadas para os clientes customizarem (tirar botões, diminuir a gola, aumentar os punhos).

Na Europa, berço da alta-costura, as roupas customizadas estavam um pouco esquecidas, voltando à moda no verão de 2005, quando Prada, Balenciaga e Yves Saint Laurent anunciaram seus investimentos nessa “nova mania”. Outras marcas de vanguarda que fazem a demi-couture são a Bottega Veneta e a Lanvin. As roupas são parcialmente feitas à mão e os preços variam de US$ 10 mil a 100 mil por modelo (menos do que a metade de uma criação de alta-costura). As peças na loja vêm com etiquetas penduradas, sem mistério, como no prêt-à-porter. Apesar do fenômeno da demi-couture ser principalmente parisiense, há criadores de outras capitais da moda adotando essas peças manualmente ornamentadas como os americanos Zac Posen, Proenza Schouler e as irmãs da Rodarte.

Atualmente a alta-costura tem feito um marketing espetacular para sobreviver, vestindo celebridades no red carpet com criações teatrais. Essa postura foge da idéia do novo luxo, que é o refinamento e a raridade e não a ostentação. Já a demi-couture se encaixa nesse perfil, sendo mais elegante do que a própria alta-costura. Essas peças alcançam um nível refinadíssimo de detalhes e acabamento. É a demi-couture, agora, que representa a vanguarda do prêt-à-porter.

A midialização da alta-costura acaba por desvalorizá-la, mas vem da necessidade das marcas de luxo por se promover, já que dependem da venda dos produtos mais acessíveis (em geral acessórios) para continuar em alta no mercado.

O ponto forte da demi-couture é que ela permite que os estilistas demonstrem suas ambições criativas e as habilidades de seus ateliês. Hoje há tanto refinamento no pop que as peças não estão mais tão exclusivas, e com isso a exigência pela exclusividade aumentou. O bom é assistir aos mais belos desfiles e saber que tudo aquilo está à venda, enquanto a alta-costura é um grande espetáculo.

Hoje em dia todos querem ser diferentes, a individualização é uma característica forte da nova era e as pessoas precisam se sentir exclusivas. Sendo a moda uma das formas de expressão que mais revela identidade, a demi-couture não poderia deixar de existir.

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Desfile Outono/Inverno 2006 de alta-costura Christian Dior

O luxo não é o oposto da pobreza. É o contrário da vulgaridade.” Gabrielle Chanel


Desfile Outono/Inverno 2006 de prêt-à-porter Balenciaga

“Quando uma roupa é feita à mão, e não por uma máquina, traz emoções com ela.”
Alber Elbaz, estilista da Lanvin

*Camila Schvaitzer e Renata Cuono são alunas do 6º semestre de Negócios da Moda da Unviersidade Anhembi Morumbi.

Matéria do site Moda Brasil.

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