Para Herchcovitch, venda de suas grifes traz democratização
FOLHA – Sua marca é conhecida pela liberdade de estilo. Você não tem medo de perder esta liberdade? HERCHCOVITCH – Não, porque a marca…
FOLHA – Sua marca é conhecida pela liberdade de estilo. Você não tem medo de perder esta liberdade?
HERCHCOVITCH – Não, porque a marca foi comprada pelo que ela é. E ela é isso: é livre. Se esse aspecto for mudado, a marca também muda. Então, essa liberdade será preservada. Mesmo porque eu vou estar na direção criativa. A marca têm um conjunto de características que fizeram com que o grupo se interessasse por ela, e não por outra. Ela não é apenas uma marca, tem uma personalidade e uma força que podem ser exploradas comercialmente. Agora, o presidente do grupo e os acionistas, que estão acima de mim, têm uma idéia do tamanho que ela pode ter no futuro.
E eu, como diretor de criação, junto com os demais diretores, buscarei este objetivo. Por isso, é óbvio que, para a marca crescer “x” vezes, teremos que enxergar o mercado como ele é. Se tenho que atingir mais pessoas, terei que ofertar uma gama maior e mais democrática de produtos. E eu vou ofertar.
FOLHA – Então ela poderá ficar mais comercial?
HERCHCOVITCH – Sim. Poderá haver uma sofisticação do prêt-à-porter com a marca Herchcovitch; Alexandre, assim como poderá haver um crescimento da acessibilidade e da democratização da marca Herchcovitch Jeans. Para você ter uma idéia do que representam as mudanças, até ontem a minha coleção teria 250 itens. Agora, terá 700 itens. Quando triplica o tamanho da coleção, tudo cresce, aumenta o número de vestidos caros e o número de vestidos baratos. As pessoas vão ter muito mais acesso às roupas.
FOLHA – A aquisição de marcas por grandes grupos favorece a moda brasileira?
HERCHCOVITCH – Muito. Traz profissionalização, competitividade. Marcas que estavam fadadas a morrer não vão morrer mais. Porque existem grifes que, se continuam do jeito que estão, não irão durar dez anos… Além disso, esses grupos trazem gestão, coisa que é muito complicada de se ter numa empresa pequena, familiar, sem diretores por trás dela para pensar o seu futuro.
FOLHA – A gestão familiar de grifes no Brasil está condenada?
HERCHCOVITCH – Acho que sim.
FOLHA – O que sente um estilista ao vender uma grife ao qual está ligado há tantos anos?
HERCHCOVITCH – Eu, pessoalmente, estou me sentindo muito bem. Não tenho apego às coisas. Nem este cabide nem este computador me pertencem mais. Sinto também que meu trabalho vai triplicar e que ele está apenas começando. Acho que os 20 anos que passei construindo a marca foram apenas o ensaio de algo muito maior que vai acontecer comigo daqui para a frente.
Leia entrevista completa no site Folha Online.
Por ALCINO LEITE NETO
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