A oratória como conseqüência do amor dos gregos pela palavra

Não podemos imaginar como era isso, mas os gregos não conseguiam ler sem dizer as palavras. Só liam em voz alta. A escrita era para ser compartilhada. E os autores liam suas obras para o público. Historiadores faziam isso nos degraus dos templos. Ir ouvir era um programa ateniense.

A palavra escrita não tinha marcas de pontuação regular e não havia títulos. Havia o que se chamou de escrita do arado andando da esquerda para a direita e voltando da direita para a esquerda. Muitas vezes não havia espaço entre as palavras.

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As cópias de textos eram raras e inacessíveis. Não havendo livrarias, a circulação de textos não era pública, mas pessoal. Os gregos preferiam falar e ouvir. Sua arquitetura pública era a de um povo que gostava de conversar: em grandes teatros ao ar livre ou espaços cobertos para a música.
Ou ainda, espaços com uma fileira de colunas estruturais, as, onde os filósofos apoiados nas colunas liam e discutiam. Quem filosofava nas stoas era chamado de estóico. Para cada grego que lia uma tragédia havia milhares que a haviam assistido no teatro, colaborado ou atuado nela porque os jogos dramáticos envolviam grande parte da população de Atenas.

Leia matéria completa no Blog do Cyro Del Nero.

Cyro Del Nero: Cyro del Nero é Professor Titular da Cadeira de Cenografia e Indumentária Teatral do Departamento de Artes Cênicas, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Artes, atuando principalmente nos seguintes temas: Cenografia, Indumentária Teatral, Ópera, Televisão, Moda e Artes Gráficas.
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