Rufos na moda – O que são, origem e tendência nas passarelas

Os rufos possuem uma história antiga na moda. Após ganharem destaque nas passarelas internacionais, eles são uma aposta forte entre os estilistas para 2019 e…

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Os rufos possuem uma história antiga na moda. Após ganharem destaque nas passarelas internacionais, eles são uma aposta forte entre os estilistas para 2019 e 2020. Pensando nisso, investigamos a história desse detalhe suntuoso para você ficar por dentro de tudo!

Resumo da matéria:

  • O que são os rufos?
  • Origem, história e evolução
  • A volta dos rufos para a moda

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Rufos são tendência para 2020

Brock Collection, Rodarte, Dior Haute Couture e Tory Burch. Imagens: Imaxtree via Fashionista

A gola com rufos foi uma aposta constante entre os estilistas da Semana de Moda de New York para o Inverno 2019, uma tendência que segue firme também para 2020, como visto na temporada Resort.  Brock CollectionRodarteTory BurchPrabal Gurung e Dior Haute Couture foram alguns dos nomes que apostaram nas golas Shakesperianas em suas coleções, com interpretações bem moderninhas.

Giambattista Valli Resort 2020

Zimmerman Fall 19

Juntamente com os babados, os rufos conseguem ser femininos e, ao mesmo tempo, poderosos. Ao longo da história, eles foram usados tanto pelos homens quanto pelas mulheres. Será que dessa vez a moda volta para ambos os sexos?

O que são os rufos?

Imagem via FIT

De maneira simplificada, eles são golas plissadas e bem engomadas, que tiveram a sua origem nas chemises. Hoje, chamamos de rufos as golas formadas por uma sobreposição de babados, sejam eles mais rígidos ou caídos.

Qual a origem do rufo na moda?

Cate Blanchett como Rainha Elizabeth I no filme Elizabeth – A era de ouro

Por volta do século XVI, as chemises eram peças usadas por baixo da roupa e trocadas com frequência, já que os banhos não eram comuns. Essas peças possuíam uma gola com cordão que, quando franzido, ficava visível nas roupas femininas e masculinas. Foi esse detalhe que originou, posteriormente, os rufos. A partir de então, a gola passou a ser um acessório separado da roupa, em especial nos trajes femininos.

Entre os anos de 1550 a 1590, durante o Renascimento, essas golas eram feitas em renda, com bordados e brocados que exigiam uma postura austera de quem o usava. A Rainha Elizabeth I, por exemplo, foi uma das grandes adeptas da gola rufo. Conforme a tendência se desenvolvia, os rufos passaram a ser considerados um demonstrativo de poder e riqueza.

De acordo com o livro Breve História da Moda, da pesquisadora Denise Pollini:

“O rufo é um bom exemplo da tendência da moda do período (…) pois todo o cotidiano estava determinado pela relação entre o corpo, a vestimenta e o nível social. Cada vez mais as vestimentas dos mais ricos traziam a seguinte mensagem subentendida: “eu não preciso exercer trabalho nenhum” A complexidade destas vestimentas impossibilitava a realização de trabalhos físicos. Também tornava necessário um número cada vez maior de assistentes para vestir, pentear e maquiar.”

A evolução dos rufos

A partir de 1570, o rufo foi aumentando seu tamanho e também seu prestígio. Cada vez mais elaborados, eles passaram a ganhar novas propostas, sendo usados tanto fechados (da maneira tradicional) quanto mais abertos, junto aos vestidos.

Segundo o site Moda Histórica, foi no ano de 1580 que os rufos ganharam versões maiores no diâmetro, deixando o colo exposto. Isso foi intensificado ao longo de 1590, quando os decotes mais baixos permitiam rufos cada vez mais abertos e bem decorados.

Pintura mostra os rufos rendados de Elizabeth I

Homens e crianças também seguiram fortemente essa tendência, que foi desaparecendo gradativamente após o reinado da Rainha Elizabeth I, em 1603. Para ler mais sobre os rufos, clique aqui e confira o especial do site Moda História!

Devido a sua importância na história da moda, os rufos nunca foram completamente esquecidos. O estilista Karl Lagerfeld, por exemplo, era um aficcionado por esse tipo de gola histórica e trouxe inúmeras versões da modelagem ao longo da sua carreira à frente da Chanel. Até mesmo a própria Coco Chanel usava bastante desse detalhe em suas criações.

Rufos no tweed, Karl Lagerfeld para Chanel.

Chanel 1938 Imagem via MET

Rufos na Balenciaga por Ghesquiere!

Hoje em dia, com influência da moda recatada, essa tendência volta com força para as temporadas e é uma aposta certeira para 2020.

Vestido do Oscar 2019

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