Toda moda é retrô? Retrô – Moda e Retrô – Design (parte2/4)

Imagem via Add / Vintage

A sociedade pós-moderna se pulveriza em signos, o planeta inteiro pensa constantemente e de forma diferenciada, já que os signos são lidos de acordo com a cultura do lugar. O indivíduo que vive nessa sociedade é bombardeado de informações parcelares e que nunca formam um todo, isso ocasiona efeitos culturais, sociais e políticos, onde a vida funciona através de estímulos que refletem no design, moda, publicidade e meios de comunicação.

Muitas vezes a moda depende, apenas, de uma passageira necessidade de mudança, que determina algumas mutações e variações, que se tornam indispensáveis dentro de uma determinada cultura. Por ser tão passageira essa mudança, nos perguntamos o que determina as características, os principais elementos, ou até que ponto se pode identificar a moda como parte que determina ou participa do estilo de uma época.

Acredita-se que a escolha e o uso do vestuário são, na maior parte das vezes, de ordem afetiva, visto que a moda é mais visível em objetos de uso pessoal. Segundo George Nelson (1957,65): a moda é a expressão do hábito popular tirado das coisas e é constantemente obsoleta e cíclica e, que para se distinguir entre o que está na moda e o que está em obsolescência se deve considerar o desgaste do objeto devido à superação de um dado técnico e formal. Adotar modelos antiquados por motivos afetivos ou diferenciação social como uma forma artística que procura fazer publicidade de si próprio, no produto.

É preciso demonstrar o peso deste setor produtivo – design e moda – dentro da história econômica e social destes novos tempos modernos, e se colocar como dignos e merecedores dos créditos que contribuíram para projetar e construir o indivíduo contemporâneo. Para tanto, acreditamos que se faz necessário compreender os conceitos de Estilismo, Classicismo e Revivalismo, a transposição destes conceitos para as matrizes formais que estabeleceram o projeto de indústria de massa neste século.

Para ser designer é preciso entender que tudo deve ser programado pensando em escala industrial, que o produto deve ser totalmente vinculado ao gosto e a condição financeira do público à que se destina, essas informações são conseguidas observando os principais símbolos que são registrados e assimilados pelo público, por conseqüência dos acontecimentos, através disso surgem às tendências da sociedade e qual o rumo deve se tomar em relação à reestruturação dos objetos existentes adequando-os de forma que possam ser utilizados, já que nada é novo, reestruturamos o velho e o adequamos para o presente. Para isso é fundamental o trabalho em equipe, todas as áreas tanto de pesquisa como de produção devem estar envolvidas no projeto, só assim é possível produzir algo belo e eficaz.

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Por Queila Ferraz

Queila Ferraz: Queila Ferraz é historiadora de moda e arte, especialista em processos tecnológicos para confecção e consultora de implantação para modelos industriais para a área de vestuário. Trabalhou como coordenadora Geral do Curso de Design de Moda da UNIP, professora da Universidade Anhembi Morumbi e dos cursos de pós-graduação de Moda do Senac e da Belas Artes.
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