O que se sabe sobre a adolescente que ficou grávida após a prática da roleta russa do sexo?
História de Adolescente que ficou grávida após participar de roleta russa do sexo viralizou nas redes nos últimos dias
Em tempos de fake news é preciso ficar muito atento a tudo o que se ouve para não replicar falsas histórias que são amplamente espalhadas nas redes. Ainda mais quando a história é muito chocante. No entanto, nos últimos dias um relato de uma professora tem repercutido bastante nas redes.
Nele, a educadora conta a história de uma adolescente que ficou grávida após participar de uma “festinha de amigos”. Nessa festa, o grupo de adolescentes praticou o ato chamado “roleta russa do sexo”. E como resultado, essa menina (de apenas 13 anos) ficou grávida acarretando outras complicações em seu período escolar. Vem saber mais sobre essa história.
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Quem é a adolescente que ficou grávida após a praticar roleta russa do sexo?
Até o momento não há muitos detalhes sobre quem é a adolescente que ficou grávida, onde aconteceu o caso e quando foi o ocorrido. Todavia, no vídeo que circula nas redes, uma educadora relata que prestou apoio emocional a uma jovem que ficou grávida após uma festa com amigos.
Isso porque, os pais da menina ficaram sem condições psicológicas para lidar com o ocorrido: “E aí eu fiquei dando suporte emocional para a menina durante o tempo, enfim. E aí eu perguntei para ela, falei, ‘filha, você namora com a pessoa que você engravidou’?”- disse a educadora no vídeo.
Após ganhar mais confiança da menina, a professora, então tentou descobrir quem era o pai do bebê. Contudo, a educadora ficou boquiaberta com a história que ouviu da menina.
“A gente sempre faz festa e, às vezes, na festa rola uma roleta russa. Você sabe o que é roleta russa? Os meninos se sentam em várias cadeiras, ficam com ereção e as meninas passam sentando. E eu engravidei numa roleta russa, então, eu não sei de quem”– disse a jovem para a professora.
Veja o vídeo:
Adolescente engravida após brincar de roleta russa em festa com amigos da escola
— Aratu On (@aratuonline) April 15, 2025
🎥 Reprodução / Redes Sociais pic.twitter.com/jeC3ANlT2w
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Caso muito semelhante na Colômbia em 2013
Coincidência ou não, lá em 2013, na Colômbia uma história muito parecida como essa viralizou rapidamente. Na época as redes sociais não eram tão fortes. Contudo o “disse me disse” ficou tão forte que a imprensa e até órgãos de saúde entraram na investigação.
A questão fervilhou na mídia após, supostamente, uma adolescente ficar grávida depois de participar de uma “roleta russa do sexo”. Na época, emissoras de TV se desdobraram para encontrar parentes da adolescente, mas a história começou a se replicar e outras (supostas) adolescentes também afirmaram terem ficado grávidas em decorrência da tal “roleta russa”.
A BBC buscou pessoas ligadas diretamente a essas adolescentes, mas tudo o que ouviu foram “histórias de conhecidos”.
“Questionada pela BBC Mundo, González explicou que o que o ICBF pôde comprovar é que havia jovens que diziam terem escutado falar sobre o jogo, e isso em um bairro de Bogotá”- disse a matéria publicada em 2013.
Como resultado, na época a BBC entrevistou o vice-secretário de Saúde, Inclusão Social e Família de Medelín. Inclusive, Medelín seria o local onde se originou a história da menina que ficou grávida após a “roleta russa”. Na ocasião, Carlos Mario Ramírez afirmou que todas as histórias apuradas tiveram origem de rumores sem confirmação.
“Ter conhecimento de apenas um é suficiente para desatar um temor generalizado na sociedade”
Todavia, na mesma matéria a BBC ouviu o especialista, mexicano Francisco Cortázar que disse: “Em geral, as lendas urbanas costumam ser relatadas como se tivessem ocorrido com alguém próximo”.
“E fundamentalmente são histórias moralistas. Funcionam como histórias exemplares de que é o que pode acontecer se a pessoa não se comportar de forma adequada; transmitem medos, temores, fantasias, anseios, tabus (…)
Mas ainda que a sexualidade seja um tema de preocupação legítima, também ocorrem muitos exageros, muitas fantasias. E muitos dos comportamentos que acreditamos que os jovens têm não são tão disseminados. Pode ser que existam em alguns casos, que são irrelevantes. Mas ter conhecimento de apenas um é suficiente para desatar um temor generalizado na sociedade”– completou Francisco Cortázar.
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