Carolina Dieckmann aponta preconceito após perder papel por ter “cara de rica”: “Me fechou as portas”
Aos 46 anos e desde 1993 na Globo, Carolina Dieckmann já fez papeis de filha de pescador, filha de zelador e advogada
De fato, é muito difícil ver algumas atrizes interpretando papéis de “personagens pobres”, assim como é difícil ver outros atores interpretando “papéis de ricos”. Nos últimos anos essa estigmatização até melhorou um pouco. Contudo, está longe de ser ideal até mesmo para os atores que reclamam de convites para “mesmos papéis”. Carolina Dieckmann é uma das atrizes que reclamou sobre isso.
Durante participação, no podcast videocast, Conversa Vai, Conversa Vem, a atriz que está no ar no papel de Leila contou que foi recusada por diretores em papéis de personagens “mais simples”, como cozinheira. Vem saber o que a atriz disse sobre as dificuldades que encontrou na carreira.
O que aconteceu com Carolina Dieckmann?
Em 1993, aos quinze anos, Carolina Dieckmann estreou na Globo na minissérie, Sex Appeal, onde interpretou Claudinha, uma das cinco protagonistas. Ela contracenou com Danielle Winits e Luana Piovani que também faziam papeis de aspirantes na carreira de modelo. Na sequência, Carol trabalhou como uma filha de pescador, na novela Tropicaliente (1994) e em 1995 entrou para a primeira temporada de Malhação.
Dessa forma, ao longo de sua carreira, a atriz deu mais vida a personagens “ricas” do que a personagens “pobres”. Em entrevista, a atriz afirmou que sua condições físicas lhe limitam para ser escolhidas em determinados papéis.
“Já perdi papéis. Tem uma história ótima de um teste que eu ia fazer para uma personagem que que seria uma cozinheira da comunidade, mas o autor falou: ‘não, não tem cara’ [de cozinheira]”- contou Dieckmann.
Para tentar passar no teste, a atriz chegou a pintar os cabelos. Ainda sim, não convenceu a produção de que poderia dar vida a uma cozinheira.
“Eu pintei o cabelo de castanho, coloquei uma lente, botei um aplique, tentei ir para algum estereótipo para fazer outro, mas ele falou ‘não’. Por que não tenho cara de cozinheira de comunidade? Por que não pode ter uma pessoa como eu na comunidade? Então, sim, já me fechou portas ser ‘bonita demais'”- disse a atriz.
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“Muito colorida”

Ademais, Carol também afirmou que outro diretor afirmou que ela era “muito colorida” para realizar um papel de uma produção recente.
“Recentemente, teve outro papel, que não posso falar, mas era isso… [Falaram]: ‘você é colorida demais, a gente quer uma pessoa menos colorida’. Falei: ‘não tem nada que a gente possa fazer?’ Disseram: ‘Não, porque aí complica, você é muito colorida'”– disse a atriz.
Cabe ressaltar que antes de ficar com o papel de Leila, no remake de Vale Tudo, Carol também fez testes para interpretar Heleninha Roitman. Além dela, outras atrizes também tentaram o papel como Grazi Massafera e Marjorie Estiano. Contudo, o papel acabou nas mãos de Paolla Oliveira.
“Então, sim, beleza fecha portas e abre outras. Mas é muito preconceituoso ter cara de rica. Olhar para mim e falar: ‘ela tem cara de rica’. O que quer dizer com isso? Que rico tem que ser loiro de olho azul, ter nariz arrebitado? Nesse mundo que a gente está vivendo, onde tudo é visto e são muitos preconceitos, isso também é um preconceito”– concluiu, Carolina Dieckmann.
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Por fim, confira a entrevista completa