Foto de Neil Gaiman assinando livro em livraria

Neil Gaiman: novas acusações de abuso sexual chocam fãs e críticos

O escritor Neil Gaiman é acusado de abuso sexual por oito mulheres, incluindo funcionárias e fãs de suas obras

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Recentemente, a revista Vulture publicou um dossiê impactante que expõe as alegações de abuso sexual contra Neil Gaiman, um dos escritores mais renomados da literatura contemporânea. Oito mulheres fizeram denúncias de acontecimentos abrangendo um período que vai de 1986 a 2022.

Em sua maioria eram fãs do autor ou funcionárias, as vítimas compartilharam relatos de experiências traumáticas que levantam sérias preocupações sobre o comportamento do autor. Com idades entre 18 e 22 anos, elas afirmam ter sido forçadas por Neil a manter relações sexuais, muitas vezes em contextos de dominação e submissão.

Relatos impactantes

A apuração da Vulture incluiu entrevistas com as vítimas, análise de mensagens trocadas e documentos policiais, revelando assim um padrão preocupante de abuso. Algumas das mulheres afirmam que as relações sexuais foram forçadas, sem o devido consentimento, em situações que envolviam práticas de BDSM, que deveriam ter sido discutidas e acordadas previamente.

Um dos relatos mais chocantes é o de Scarlett Pavlovich, que começou a trabalhar como babá para o filho de Neil Gaiman e Amanda Palmer. Pavlovich narra que a primeira agressão ocorreu logo após seu encontro com o autor, quando ele a convidou para um banho e, sem aviso, se juntou a ela nu. Essa situação se repetiu durante o tempo em que ela esteve na casa da família, culminando então em tentativas de abuso sexual que deixaram marcas profundas em sua vida.

Além disso, outro relato significativo é o de Katherine Kendall, que conheceu Gaiman em 2012, quando era uma fã. Ela descreve uma tentativa de abuso em um ônibus de turnê, logo após ter recusado suas investidas. Anos depois, ela recebeu uma quantia significativa de dinheiro do autor, que, segundo ela, foi uma tentativa de compensar o trauma causado.

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O autor não nega que as relações ocorreram, mas afirma que todas foram consensuais. Essa declaração levanta ainda mais questões sobre o que realmente constitui consentimento. Especialmente em contextos onde o poder e a influência do autor podem ter desempenhado um papel crucial nas dinâmicas de relacionamento.

As alegações, agora amplamente divulgadas, não apenas afetam a reputação de Neil, mas também provocam um debate necessário sobre a responsabilidade dos artistas e a forma como suas ações impactam as vidas de outros.

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