Qual foi a causa da morte de Sebastião Salgado? Fotógrafo morre aos 81 anos na França
Sebastião Salgado deixa a esposa, a pianista, Lélia Deluiz Wanick e os filhos, Juliano e Rodrigo além dos netos, Flávio e Lara
Fotógrafo, artista e ativista, Sebastião Salgado foi mais que um nome brasileiro de sucesso no exterior. O mineiro, literalmente, foi uma figura importante para a preservação do meio ambiente e da Mata Atlântica. Salgado faleceu nessa sexta-feira, 23, em Paris, na França, onde morava.
Atualmente, o fotógrafo estava em cartaz na cidade francesa de Deauville, com uma mostra sobre sua trajetória. Inclusive, Sebastião Salgado seria um dos convidados dessa exposição nesse final de semana. Segundo familiares, Sebastião faleceu após o agravamento de uma leucemia grave. Dessa forma, a doença surgiu como evolução de uma malária que atingiu o fotógrafo em 2010, quando visitada a Indonésia.
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Quem foi Sebastião Salgado?
O fotógrafo nasceu em em 8 de fevereiro de 1944, na cidade de Aimorés (MG). Na década de 60 ele graduou em Economia em uma faculdade do Espírito Santo e posteriormente cursou fez pós-graduação na Universidade de São Paulo. Com perseguição, devido a época da ditadura militar, Sebastião Salgado se refugiou em Paris, e por lá fez seu mestrado.
Em 1973, retornou ao Brasil e atuou na Organização Internacional do Café como especialista na fiscalização de plantações africanas. O interesse foi tão grande que ele viajou para África e levou a máquina fotográfica da esposa, Lélia Wanick Salgado. Dessa forma, o artista iniciou na carreira profissional como fotógrafo.
Na sequência, os cliques de Sebastião chamaram a atenção do New York Times e ele acabou contratado como repórter fotográfico do jornal em 1981. Dessa forma, uma de suas missões foi registrar os primeiros 100 dias do governo do presidente Ronald Reagan.
Todavia, Salgado também passou 15 meses registrando o trabalho do grupo francês Médicos Sem Fronteiras, percorrendo a região do Sahel, na África registrando a devastação causada pela seca. Já entre 1986 e 1992, Sebastião Salgado produziu a série “Trabalhadores”. Nessa série, Sebastião registrou diversos trabalhos manuais árduos de pessoas em todo mundo.
De maneira idêntica, um outro trabalho marcante do jornalista foi registrar o trabalho dos mineradores na Serra Pelada, no auge do garimpo no Pará, em 1983.
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Mais sobre o fotógrafo
Em 2014, o documentário Sal da Terra retratou o trabalho de Sebastião Salgado através de suas viagens pelo mundo registrando a relação das pessoas com os ambientes em que vivem. Ele foi co-dirigido pelo alemão Wim Wenders e por Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião. Dessa forma, a produção foi premiada em Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Documentário.
Veja a nota da família:
É com grande tristeza que comunicamos o falecimento de Sebastião Salgado. Durante mais de cinco décadas, Sebastião e sua inseparável companheira Lélia Wanick Salgado construíram uma obra fotográfica inigualável, com um conteúdo profundamente humanista e um olhar sensível sobre as populações mais desfavorecidas e os problemas ambientais que ameaçam nosso planeta.
Com Lélia, fundou o Instituto Terra, uma organização de reflorestamento em Aimorés, no estado de Minas Gerais (Brasil), que já plantou mais de 3 milhões de árvores. Por meio das lentes de sua câmera, Sebastião lutou incansavelmente por um mundo mais justo, mais humano e mais ecológico.
Fotógrafo que viajou pelo mundo sem cessar, ele contraiu uma forma particular de malária em 2010 na Indonésia, como parte de seu projeto Gênesis. Quinze anos depois, as complicações dessa doença se transformaram em uma leucemia grave. Além de sua esposa Lélia, Sebastião deixa seus filhos Juliano e Rodrigo e seus netos Flávio e Nara.
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