Quem é o padre Patrick Fernandes? Religioso participa da CPI das bets: “Recebi proposta de R$560 mil”
Aos 37 anos, o padre Patrick Fernandes é um fenômeno nas redes que conquistou milhares de seguidores com fé e bom humor nas redes
Ele é um dos padres brasileiros mais populares da mídia. Só em uma rede social ele possui mais de 6,6 milhões de seguidores. Estamos falando do padre Patrick Fernandes. Assim como outros famosos, o religioso foi convidado para falar na CPI das bets que investiga irregularidades nas casas de aposta online.
“Eu estou indo lá para falar mal das Bets, entendeu?! Eu acho que é uma obrigação profética da Igreja, inclusive”– disse Patrick antes de participar da CPI. Um dos pontos altos de sua participação foi a revelação ao qual afirmou que recebeu um convite para receber R$ 560 mil por duas publicações para divulgar joguinho quando tinha apenas 1 milhão de seguidores.
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Quem é o padre Patrick Fernandes?
Natural de Santa Teresa, na região Serrana do Espírito Santo, Patrick Fernandes se mudou para o Pará quando ainda era criança. Seu ordenado aconteceu quando ele tinha 25 anos, em Marabá (PA). Atualmente, o padre Patrick Fernandes está com 37 anos e tem mais de 7 milhões de seguidores, entre católicos e não católicos, atraídos por sua forma descontraída de abordar temas de fé e comportamento.
Sua popularidade cresceu absurdamente durante a pandemia. Na época, Patrick saia de uma depressão e com o isolamento social, passou a conversar com a comunidade através das redes sociais. Através de vídeos bem-humorados o número de seguidores do padre saltou de dois mil para, cem mil e assim sucessivamente.
“Essa internet que tantas vezes é muito tóxica“
“Quando eu fui me recuperando, a terapia, o remédio, a fé, foi logo no início da pandemia. Mas com a Igreja fechada, o lockdown, o pouco contato com as pessoas, eu precisava de alguma forma me comunicar. Aí eu comecei a responder a caixinha de perguntas no Instagram para o público que me seguia na ocasião, duas mil pessoas, da minha paróquia”– disse o padre em entrevista para uma afiliada da Globo.
Ademais, na sequência, o Padre disse que misturar humor e fé pode ser bom para atrair mais pessoas: “Pelo próprio testemunho das pessoas, pelos relatos, eu fui observando que aquilo era um modo de fisgar, de chamar a atenção, de segurar as pessoas. O que nos dá um bálsamo sobre essa internet que tantas vezes é muito tóxica, muito pesada. […] Eu acredito que Jesus era bem humorado, e por isso conquistava tantas pessoas. Penso que se Jesus fosse uma pessoa séria, carrancuda, não conseguiria atrair tantas pessoas”.
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O que o Padre Patrick disse na CPI das bets?
Assim como em outras sessões sobre as bets, a doença “ludomania” também foi citada pelo Padre Patrick.
“Existe um caso, a meu ver, de saúde pública. Eu acho que o senhor, médico, pode até dizer melhor a respeito disso, né? Porque não é um padre que está falando. Isso são dados científicos. Se não querem acreditar num padre, a ciência está aí para isso. Hoje a ludomania é classificada como uma doença, um transtorno mental, que é justamente o vício nos jogos e os estragos que isso pode causar na vida de uma pessoa. E é isso que está acontecendo de forma muito não velada, mas de forma rasgada mesmo, e assim a gente está testemunhando isso”– disse o religioso.
De maneira idêntica, o padre também lembrou da oferta para lá de tentadora que recebe de uma dessas casas de apostas quando tinha apenas 1 milhão de seguidores.
R$560 mil
“Eu me lembro de uma proposta de valor, eu não saberia dizer qual delas — depois eu posso ver —, que me procurou me oferecendo, naquela época, que foi bem no início, que acho que eu ainda não tinha 1 milhão de seguidores no Instagram, R$560 mil, naquela época, para divulgar”, afirmou.
Segundo o Padre, deveria existir uma proibição para esses tipos de divulgações de jogos: “Eu acho que deveria ter uma restrição maior por parte… Aí vocês estão certos em restringir horário, esse tipo de coisa. E aí eu não sei até que ponto isso é possível, seria proibido influenciadores divulgarem, eu acho que seria o meio talvez que deveria… Acho que deveria ser proibido divulgar casas de apostas”.
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Por fim, veja um trecho do depoimento:
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