BELL LABS – A USINA DA INOVAÇÃO

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Os Bell Labs, origem de alguns dos maiores inventos do século XX, preparam a revolução
da rede que liga os homens às máquinas

por Carlos Rydlewski

Roger Tully, 1996
Estação de celular da Lucent, que é dona dos Bell Labs, nos Estados Unidos: nessa tecnologia, o centro de pesquisa também é pioneiro

Quem acha que já viu grandes transformações provocadas pela tecnologia pode se preparar para muito mais – o show mal começou. Está em construção nos legendários laboratórios Bell (Bell Labs, em inglês), um dos mais férteis centros de pesquisa do mundo, um conjunto de ferramentas que vai criar um novo modelo de rede, cuja amplitude e poder de conectividade superam tudo o que se conhece até agora (e muito do que se imaginou). Ele não se limita a promover a ligação entre aparelhos, como computadores ou celulares. Na verdade, espalha-se por um ambiente por meio de sensores eletrônicos dotados de propriedades que imitam o corpo humano. Tais dispositivos captam sons com extrema acuidade, identificam as pessoas pelo cheiro e ainda registram imagens como se fossem verdadeiras córneas eletrônicas. Formam uma espécie de biorrede. Jeong Kim, presidente dos laboratórios Bell, que pertencem à Lucent Technologies, explica como essa teia funcionará: “Uma pessoa entrará numa sala, será reconhecida automaticamente por sensores minúsculos e, sem apertar nenhum botão, terá apenas de solicitar um serviço para ser atendida. A interação vai ser absolutamente natural e intuitiva”.

A “córnea eletrônica”: uma lente que funciona com base no controle de líquidos em escala invisível e pode equipar celulares. Chega ao mercado em até cinco anos

Por mais visionária que a idéia pareça, muitos dos componentes dessa teia, batizada de “rede natural e onipresente” (Natural Ubiquitous Networking), estão prontos ou em estágio avançado de pesquisa. As peças, em geral, usam recursos da nanotecnologia, com suas dimensões liliputianas. É o caso do minimicrofone, cujas primeiras imagens foram divulgadas pela Lucent sete anos atrás. O dispositivo tem o formato de uma pirâmide e dimensões próximas à espessura de um fio de cabelo. Não só capta os sons, como funciona em estéreo. Essa peça faz o papel da audição na biorrede dos Bell Labs e já tem aplicações na comunicação usada entre pilotos e equipes em corridas. Há também um nariz – mas eletrônico. Minúsculo como os demais itens do nanomundo, resulta de uma tecnologia capaz de discernir compostos químicos na atmosfera com acuidade para identificar uma partícula entre 1 bilhão. Faz distinção entre feromônios, as substâncias segregadas por animais, especialmente insetos e mamíferos, que podem servir de chamariz sexual. Basicamente, a tecnologia já está pronta e define quatro elementos-chave de cheiro. Depois, combina esses odores “primários” para criar variações (da mesma maneira que as três cores básicas formam as demais). Além de equipar a rede ubíqua, a identificação por cheiro pode ter uso militar.

O minimicrofone: tem tamanho inferior à espessura de um fio de cabelo, é formado por uma pirâmide de silício e capta sons com extrema acuidade. Já tem aplicações práticas como a comunicação entre pilotos e equipes em corrida

Outro componente da rede natural imita a visão. São dispositivos que funcionam à semelhança das córneas humanas. Por isso, permitem ajustes que hoje não são viáveis em lentes convencionais. São construídos com base no controle de líquidos, também na escala de nanômetros, num nível tão pequeno que o resultado só pode ser observado por microscópios especiais. Poderão ser usados igualmente em celulares. Devem estar no mercado em até cinco anos. Na relação de produtos que compõem essa rede existem ainda plásticos, mas com chips. Podem servir como painéis inteligentes colocados em paredes. Para processar as informações do sistema ubíquo, os Bell Labs desenvolvem ainda uma tecnologia chamada de “armadilha de íon” (ou ion trap). Ela permite a conclusão em poucos segundos de cálculos complexos, que os atuais computadores, mesmo os mais potentes, levariam seis meses para executar. Tal ferramenta utiliza as propriedades quânticas dos átomos, em lugar de transistores, para processar dados. Um transistor pode assumir apenas um estado: ligado ou desligado. Os átomos podem ser manipulados para estar em diferentes estados simultaneamente. Por isso as máquinas quânticas são muito mais potentes. Esse tipo de tecnologia não deve estar disponível em menos de dez anos.

Chips de plástico: são mais baratos que os equivalentes de silício e ainda podem ser usados em produtos flexíveis. Eles conferem capacidade de processamento a diversos tipos de objeto

Pela complexidade dos componentes, o advento desse tipo de rede parece distante demais. Mas, em se tratando dos Bell Labs, tudo é possível. Na origem da instituição está a invenção do telefone, por Alexander Graham Bell (1847-1922). Formalmente, os laboratórios foram fundados em 1925. Em 1996, na fragmentação da gigante AT&T, passaram a fazer parte da Lucent Technologies. No total, têm mais de 40 000 patentes. Onze pesquisadores da entidade dividiram seis prêmios Nobel. Na última década, a instituição vem passando por mudanças. Acentuou o foco em infra-estrutura de telecomunicações. Estimativa publicada pela revista Nature indica que a organização reduziu em dois terços seus quadros nesse período. Ainda assim, ninguém duvida, o centro de pesquisas tem tudo para se manter como uma grande usina de idéias no século XXI.

Matéria retirada do site Mercado Competitivo.

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