Óleo de coco – Por que NÃO usar o óleo de coco nos cabelos? Cientista explica

Depois de virar uma verdadeira febre na internet, cientista explica porque o óleo de coco de grau alimentício não deve ser aplicado diretamente nos fios…

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Depois de virar uma verdadeira febre na internet, cientista explica porque o óleo de coco de grau alimentício não deve ser aplicado diretamente nos fios de cabelo e couro cabeludo. Desidratação, caspa e seborreia são algumas das consequências. E o uso do vinagre e água mineral, são realmente bons para o cabelo? Descubra!
O Fashion Bubbles foi convidado para participar de um super curso, o Uni Hair, destinado a jornalistas e formadores de opinião desenvolvido pela Goldwell, marca alemã de cuidados com os cabelos que alia tecnologia e inovação para tratar, colorir e nutrir os fios.
A Goldwell (@goldwellbrasil) desenvolveu um curso completo sobre tricologia e cabelos devido a grande quantidade de informações equivocadas que circulam na rede sobre o tema. Para ministrar as aulas, escolheu a consultora técnica da marca, Sonia Corazza (@corazza.sonia), engenheira química e cosmetóloga que atua como pesquisadora científica há mais de 40 anos na indústria de beleza e a Alessandra Meller, diretora de educação da Golwell no Brasil.

Extremamente completo, estamos estudando desde a evolução humana, a formação, estrutura e química do cabelo e neste processo, compreendendo sobre a saúde capilar, nossa próxima matéria.
Vários mitos que acompanhamos na Internet estão sendo desmistificados por Sonia, como o famoso óleo de coco, que vem sendo muito festejado em receitas e composições mais naturalistas para pele e cabelo.

Por que não devemos usar o óleo de coco no cabelo?

Sonia Corazza explica que o óleo de coco de grau alimentício, trata-se de uma composição de ácidos graxos saturados que vão impregnar o seu fio de cabelo e couro cabeludo com uma carga graxa excessiva, o que pode acabar atraindo micro organismos oportunistas e pode desencadear um quadro de caspa, seborreia em seu cabelo. Essa oleosidade excessiva acaba sendo alimento para fungos, bactérias, que vão prejudicar a saúde do cabelo.
O fio vai ficar lubrificado, formando uma camada oclusiva que não é nem um pouco benéfica e pode inclusive interferir na hidratação do fio. As linhas cosméticas já possui o óleo de coco de grau cosmético, em que essas frações saturadas e não bem vindas são devidamente removidas. Explica a cientista da Unicamp.

Sem espaço para a água

O óleo de coco também pode causar desidratação. Isso ocorre porque ele penetra nos fios e ajuda a preencher o interior deles – em alguns casos, até demais. Os óleos minerais comuns, que estão na maioria dos cremes que compramos prontos, agem nas cutículas dos fios, enquanto o óleo de coco entra no córtex deles. Isso limita a abertura da cutícula e a perda proteica, mas também impede parcialmente a entrada de água.

Se os fios estão com as cutículas abertas por causa de chapinhas, escovas quentes, tintura ou pontas duplas, o óleo de coco ocupa um espaço necessário e pode até ter um efeito benéfico, se usado de forma correta. Mas quando esse fio está saudável e não precisaria de maciez extra, só da hidratação normal da água, o óleo de coco fecha totalmente suas cutículas e ele fica duro, com aparência de plastificado e realmente ressecado por dentro, porque a água não tem espaço para entrar. Este ressecamento se sente no toque e na escovação.

Saiba mais sobre o efeitos do óleo de coco nos cabelos aqui.

Outros mitos danosos aos cabelos

Henna

É comum a sugestão da Henna como uma alternativa mais natural para colorir os primeiros brancos. O que muitos não sabem, é que a Henna é um dos maiores alergênicos do país, assim como o formol. Explica a cosmetóloga Sonia Corazza.

Vinagre

Outro mito que segundo Sonia é extremamente nocivo é o uso do vinagre nos cabelos, além da fórmula ácida que pode causar irritação, o vinagre pode ainda destruir os cabelos.

A ácido acético que é o componente mais importante do vinagre, inclusive o de maçã tão recomendado na Internet para dar brilho aos cabelos, é extremamente irritante. Ele agride o couro cabeludo e também o fio, desencadeando prurido e feridinhas no couro cabeludo.

O vinagre foi bastante usado no tempo das nossas avós, quando não havia condicionador, explica Sonia, mas hoje temos alternativas muito mais eficientes.

Água Mineral

Em relação a água mineral,  a cosmetóloga explica que houve uma grande confusão:  da água desmineralizada que é ótima para o cabelo, com a água mineral que tem efeito oposto, isto é, desequilibra toda a química do cabelo. Entenda a diferença entre as duas:

Água desmineralizada (ou água deionizada) tem todos os sais minerais removidos. Por ser totalmente pura, livre de minerais, íons e metais pesados que são ruins para o cabelo.

Existe até um desmineralizador que tira os minerais da água e é um ótimo investimento para os salões de beleza, pois aumentará a eficiência dos tratamentos.

Já a água mineral que pode conter sais, compostos de enxofre e gases, substâncias que podem estar dissolvidas na água e podem causar desequilíbrio tanto na química como nos tratamentos capilares.

 

O uso de água mineral no cabelo, disseminado até em salões de beleza, estão entre os mitos equivocados sobre a saúde dos cabelos disseminados na rede. O correto é usar água desmineralizada.

No próximo artigo sobre o curso, vamos falar da saúde do cabelo e dar várias dicas sobre tratamentos, cuidados diários e muito mais. Aguarde!

 

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