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Modelos não convencionais que diversificaram o mundo da moda – Parte II

Se procuramos uma mudança nos “padrões de beleza”, essa transformação deve começar em nós mesmos. Entretanto, para garantir que todo o mundo vai receber essa…

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Se procuramos uma mudança nos “padrões de beleza”, essa transformação deve começar em nós mesmos. Entretanto, para garantir que todo o mundo vai receber essa mensagem, nada mais justo do que migrar os ideais de aceitação para a indústria da moda e da beleza, uma das grandes responsáveis por definir o que é ou não bonito, o que está ou não em alta, o que você deve ser ou usar.

Ainda há um grande caminho a ser trilhado, mas essa indústria já começou a se diversificar. Nas últimas temporadas temos visto modelos não convencionais, completamente inimagináveis alguns anos atrás.

Veja também: Modelos não convencionais que diversificaram o mundo da moda – Parte I

Um bom exemplo é Stefania Ferrario, uma modelo australiana que não tem um manequim 34, mas também não pode ser considerada plus size. Inclusive, ela é uma ativista para derrubar esse termo: plus size. Ela quem começou o movimento #droptheplus com o objetivo de derrubar o rótulo plus size, promovendo uma visão mais saudável e inclusiva da diversidade dos corpos femininos. Stefania tem também o Project WomanKind, uma série de vídeos que enfatiza esse ideal. Para endossar todo esse sucesso, ano passado Stefania se tornou a modelo e porta-voz da marca de lingerie da Dita Von Teese.

Stefania Ferrario

A diversidade no mundo da moda não se resume aos tamanhos dos manequins. Dayna Christison, por exemplo, é uma modelo de 25 anos que entrou na indústria meio que por um acaso. Uma amiga tirou umas fotos dela depois que ela perdeu todo o cabelo, consequência de um tratamento de quimioterapia contra Linfoma de Hodgkin. Ela nunca tinha imaginado uma carreira de modelo, mas depois que ela perdeu o cabelo, tudo isso mudou. “Eu achei que seria uma ótima oportunidade de mostrar para as pessoas que não tem problema ter esse visual e continuar a vida se sentindo forte”. Em 2015 ela assinou um contrato com a agência Major Models e desfilou na NYFW.

Dayna Christison 

Ashley Graham também deu o que falar em 2015. Ela foi a primeira modelo plus size a estrelar uma capa da Sports Illustraded – uma grande sacada da revista para mostrar que não são apenas as pessoas magras que representam uma vida saudável. Na NYFW ela não somente apresentou sua linha de lingerie, como também foi às passarelas usando sua própria criação. Em homenagem a Ashley surgiu a hashtag #IAmSizeSexy.

Ashley Graham 

A modelo angolana Maria Borges não é nenhuma novata no mundo da moda – ela já era figurinha marcada das passarelas de grifes como Ralph Lauren, Zimmermann, Zac Posen e Givenchy. Entretanto, foi no desfile da Victoria’s Secret de 2015, quando ela foi a primeira modelo a entrar na passarela com cabelo natural. Maria, que sempre ganhava perucas e extensões para os desfiles, exibiu seu cabelo afro com muito orgulho.

Maria Borges

Já reconhecida mundialmente por seu trabalho como modelo plus size, Denise Bidot ganhou fama em 2014, quando foi a única modelo plus size a desfilar para linha da Serena Williams, escolhida a dedo pela própria. Além de já ter sido o rosto para grandes marcas como Levi’s, Lane Bryant, Macy’s, e Nordstrom, Denise caiu nas graças do mundo inteiro com a campanha “Beach Body. Not Sorry.” – e arrasou posando de biquíni para várias fotos que não foram retocadas a pedido da modelo.

Denise Bidot

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