Bubbles in the City – Deusa, louca e feiticeira
Outro dia, lá na firrrma, fomos convidadas para um show. Vira e mexe, recebemos convites para uns eventos. E este era de um parceiro muito…
Outro dia, lá na firrrma, fomos convidadas para um show. Vira e mexe, recebemos convites para uns eventos. E este era de um parceiro muito especial, então, eu queria ir. Mas não conhecia os cantores e tive que fazer a famigerada pergunta: que música eles cantam mesmo? (ô ignorância!)
Eis que uma amiga tenta resgatar minha memória. Ela canta o refrão: “uma deusa, uma louca, uma feiticeiiiiiiraaaa… ela é demais!”. Sim, a música é de uma dupla sertaneja. E, sim, eu reconheci o refrão!
Se a música é boa ou não, não vem ao caso. Tão pouco, vamos conversar sobre o valor da música sertaneja, que já recebe críticas suficientes – mas que, convenhamos, faz parte do cancioneiro popular e, por conseqüência, de nossas vidas (afe, notou que sou do tempo que usa “trema”, né?).
O que quero dizer é: gen-te, que mulher é essa??? Uma deusa, uma louca e uma feiticeira??? É tudo que eu quero ser quando crescer!!!!
Tá bom. Louca, já me disseram que sou. E até devo ter uma ou outra “arma de sedução”. Que eu nem sei que tenho de verdade, tão pouco usei de propósito. Mas… Deusa??? Feiticeira??? Tem curso????
Acompanhe o raciocínio e, se for mulher, atire a primeira pedra se não concordar ou se identificar (só me erra, hein!!!)…
(1) Uma deusa. Fala sério: quem de nós não gostaria de ser idolatrada, desejada, amada acima de tudo e de todos? Como uma deeeeusaaa (momento Rosana). Não sou estudiosa de mitologia, mas a simbologia que me vem à cabeça é a de que ser uma deusa é tudo de bom. Poderosa. Infalível. Indecifrável. Perspicaz. Persuasiva. Sorrateira. Recompensa quem a serve. Acaba com quem ousa atrapalhar seus planos. Feliz ou nem tanto. Vingativa. Determinada. Merecidamente castigada. Venerada. Amaldiçoada. Pode até ter cobras saindo da cabeça. Mas, sorry: é uma deusa – e isso deve servir pra alguma coisa.
(2) Uma louca. Essa é fácil. Não porque de médico e louco todo mundo tem… Muito. Mas porque, vamos combinar, pra ser mulher, hoje em dia, só dando uma de louca. Acordar, olhar no espelho, descobrir que está num “bad hair day” e, ainda assim, tomar coragem para chegar ao trabalho como se fosse a criatura mais linda do planeta? Ter um surto de TPM e, segundos depois, nem se lembrar das bobagens que disse? Passar no mínimo quatro diferentes cremes, acreditando que, sim, eles salvarão seu rostinho das inevitáveis rugas; sim, sim, darão firmeza à prova de balas às suas pernocas; sim, sim, mil vezes sim, livrarão suas nádegas do “efeito casca de laranja” (vulgo celulite); e sim, por favor, sim, deixarão seu corpitcho suaaave como uma seda… Esperar que ele ligue no dia seguinte – ou, no mínimo, mandar um torpedinho fofo. Na boa, estamos looonge, muuuuito longe da normalidade.
(3) Uma feiticeira. Ahhhh, meu bem!!! Queria eu ter o dom de balançar o narizinho e hipnotizar o mundo! Pra lavar a louça em dois segundos. Estar lindamente vestida, penteada e maquiada em… 45 minutos, o que já seria um bom recorde. Chegar ao estacionamento (qualquer estacionamento) e encontrar “A” vaga – aquela, perto da entrada e que não precisa de baliza.Consultar o saldo e descobrir que tem dinheiro sobrando. Jamais ficar parada no trânsito.
Acordar magra e bronzeada. Abrir o guarda-roupa e encontrar muitos, muitos looks deslumbrantes, lindamente bem passados. Fazer um “salmãozinho grelhado com vegetais no vapor” num piscar de olhos, sem a mão cheirar a peixe. Depois de um dia daqueles na firrrma, chegar em casa e encontrar a cama arrumada e o quarto com cheirinho de qualquer “home fragance” da Erah. Ah, e deixar o “bofe” tão absurdamente enfeitiçado a ponto de ele chegar, em plena segunda-feira, com uma “blue box” – não pra pedir você em casamento, porque isso estaria mais pra maldição -, mas só porque ele passou pela Tiffany, viu aquele anelzinho-com-par-de-brincos e achou que eram tããão a sua cara, que resolveu comprá-los, assim, de presentinho. Nada mal pra começar uma semana, hein?
Ai, ai, ai… Desejar coisas boas não custa nada, né? Vai que dá certo…
Obs: acabei não indo ao show. Não porque era de música sertaneja – procuro ficar de fora de todo e qualquer preconceito e, quando quero ferver de verdade, não importa onde: quem faz a balada sou eu. Se tivesse ido, teria me divertido muito. E cantado o refrão “uma deusa, uma louca, uma feiticeeeira”. Siiiiim, claro: em alto e bom tom.
Serviço:
Pra escolher um cheirinho delicioso e perfumar a casa, dê um pulinho na Erah: Alameda Lorena, 1975 – www.erah.com.br
E vamos torcer pra ganhar uma “blue box”: Tiffany&Co., Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2232 – Shopping Iguatemi.
Ela é demais
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