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Procrastinação: o que é? Causas e como tratar

A procrastinação se refere ao ato de substituir atividades prioritárias e importantes por atividades prazerosas ou tarefas menos importantes ou urgentes.

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A procrastinação foi popularizada como preguiça e, por isso, às vezes não damos a devida importância para o impacto dela em nossas vidas.

Ela também pode vir disfarçada com o nome de “preparo” ou até mesmo de “planejamento” para alguns. Mas o fato é que, independente do seu disfarce, ela rouba a nossa paz, a nossa energia, o nosso humor, nos colocando em um ciclo de ansiedade, stress e culpa.

A verdade é que geralmente não procrastinamos por preguiça, procrastinamos por que queremos continuar sentindo prazer, nos mantendo num estado positivo e bem-humorados.

Assim, não procrastinamos o cafezinho, o bate papo com os colegas, o bolo, o episódio da série, o post nas redes sociais, as notícias.

Desse modo, postergamos aquilo que não nos é prazeroso, que nos rouba o humor. Não queremos sentir as emoções negativas ligadas àquela tarefa postergada. Então quanto mais procrastino, mais alívio imediato eu sinto. Logo, a procrastinação está ligada a gestão das emoções.

 

Razões para procrastinar

 

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Foto: Freepik
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Há inúmeras razões para procrastinar, mas listei alguns que talvez você não conheça:

  • O medo de fracassar: em tempos de uma sociedade pautada no sucesso em likes (curtidas) e redes sociais – esse medo pode fazer com que aquele seu projeto nunca saia do papel;
  • Baixa autoestima e autoconfiança;
  • Metas muito abstratas;
  • Perfeccionismo;
  • Falta de autoconhecimento;
  • Não saber por onde começar; desorganização.

Como evitar a procrastinação

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Foto: Freepik

 

Depois que você identificou o seu motivo de procrastinação é importante quebrar o ciclo, e para isso, apresento algumas dicas:

  • Desenvolva sua inteligência emocional;
  • Crie uma rotina;
  • Faça uma lista dos principais objetivos da semana;
  • Elimine distrações;
  • Priorize: faça primeiro o mais importante, mesmo que não seja o mais prazeroso ou mais fácil;
  • Diga não quando necessário;
  • Seja flexível e estabeleça metas que o motivem e possam ser atingidas;
  • Se recompense.

É importante fazer pausas, respeitar seu tempo, seu processo e ser resiliente para vencer o ciclo da procrastinação e encontrar seu equilíbrio, seu bem estar emocional, mas principalmente manter seu bom humor não só na segunda-feira.

  • Veja também: Ansiedade: Como evitar? Causas, sintomas, tratamentos, tipos e mais

 

O procrastinador

 

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Foto: Freepik

Embora, às vezes, alguns traços patológicos ou de personalidade possam parecer distantes de nossa pessoa, na realidade pode acontecer a qualquer pessoa adiar algumas tarefas, perdendo de vista objetivos futuros, e assim se tornar um procrastinador.

Claro, existem aqueles que ocasionalmente demoram a fazer algo e aqueles que adiam constantemente qualquer compromisso ou prazo.

Assim, a pessoa que procrastina põe em prática uma forma de evitar que lhe permite não entrar em contato com suas próprias inseguranças, medos e limitações. Ao fazer isso, ele não aborda uma série de preocupações e não é forçado a lidar com as emoções que vêm com isso.

Existem também os procrastinadores crônicos, que priorizam o prazer momentâneo, sacrificando assim seu futuro, constantemente e em quase todas as áreas de sua vida.

 

 

Tipos de procrastinadores

 

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Foto: Freepik

 

Ferrari, já em 1992 identificou 3 tipos de procrastinadores:

  • Procrastinador da excitação : é o indivíduo que adia uma tarefa para buscar novas e fortes sensações, engajando-se com extrema energia perto do prazo. Uma atitude semelhante é típica dos chamados buscadores de sensações .
  • Procrastinador Esquivo: Adie a tarefa para evitar o fracasso a fim de proteger a autoestima e não receber julgamentos negativos. É ele quem precisa prevenir as temidas consequências negativas para fugir dos sentimentos de desconforto.
  • Procrastinador  medroso: ele é o indivíduo que adia intencionalmente uma decisão a ser tomada em um determinado período de tempo (effert e Ferrari 1989) e tem uma visão pessimista sobre a possibilidade de fazer escolhas adequadas e satisfatórias (Giusti 2013).

A base neurobiológica da procrastinação

 

Do ponto de vista neurobiológico, a procrastinação envolveria o sistema límbico, uma área do cérebro composta por estruturas interconectadas pertencentes ao sistema nervoso central.

Assim, essas regiões coordenam tarefas relacionadas à percepção, conscientização, controle e expressão de emoções:

  • hipocampo, localizado no lobo temporal, é a sede da memória emocional que permite lembrar a informação sensório-sensorial relativa aos acontecimentos vividos;
  • hipotálamo, posicionado na área central do cérebro, controla o sistema nervoso autônomo e é capaz de regular o ciclo sono-vigília, a temperatura corporal e, em particular, a expressão de estados emocionais;
  • tálamo, transmite informações sensoriais ao córtex cerebral;
  • córtex límbico, que está localizado no lobo temporal medial e está intimamente relacionado à memória, em particular à consolidação e recuperação da memória episódica e semântica.

O sistema límbico atua mais rápido do que o córtex pré-frontal, que é a parte mais racional do cérebro, responsável pelo planejamento e autocontrole, onde são tomadas decisões que visam atingir objetivos sem deixar espaço para procrastinações.

O que posso fazer para lidar com a procrastinação?

 

Antes de mais nada, é importante sublinhar que antes de nos “lançarmos” à procura de soluções práticas, é necessário interrogarmo-nos que tipo de procrastinadores somos, em que áreas da nossa vida tendemos a adiar e quais são as mais consequências evidentes.

Mas é claro que quanto mais os motivos são inconscientes, mais difícil a pessoa os encontrará e somente com a ajuda de um psicólogo psicoterapeuta especialista será capaz de trazê-los para fora e enfrentá-los.

 

Você sabia que a procrastinação pode ser um sintoma de má gestão do seu tempo?

 

Em suma, você está trabalhando demais e mal. Se você continuar a trabalhar/estudar tarde da noite ou nos fins de semana, queira ou não, seu cérebro fará pausas, criando assim um ciclo vicioso onde quanto mais você trabalha, mais trabalho se acumula.

Mas não é por acaso que nos períodos mais intensos de estudo/trabalho nos encontramos vagando entre o Facebook, o Youtube e o nosso site de notícias preferido.

Solução: Use a lei de Parkinson para concluir sessões de trabalho/estudo bem definidas e eficazes ao longo do tempo. Ao mesmo tempo, crie um tempo todos os dias para suas paixões e para o que faz você se sentir bem.

Por fim, veja também: Bicicletas: os benefícios de incorporar esse estilo de vida.

 

Por Camila Custódio do Consultório Emocional  editado por

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