Por que é tão difícil ser autêntico na própria família?
Descubra como abandonar máscaras emocionais em famílias disfuncionais e conquistar autenticidade sem conflitos, segundo a psicanálise
Quantas vezes você já respondeu “tudo bem” quando, na verdade, nada estava bem? Em famílias disfuncionais, é comum que alguém assuma o papel de mediador, engolindo desaforos para manter a paz. Mas a que custo?
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Por que me sinto como um estranho na minha própria família?
Uma cliente do psicanalista Eduardo Bicudo descreveu sentir-se como uma “convidada” na casa do pai, mesmo após anos de convivência. Freud relaciona essa sensação à ferida narcísica: a criança aprende que precisa se adaptar para ser amada. Na vida adulta, esse padrão se repete, como se fosse necessário pedir permissão para existir.
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Como parar de usar máscaras com meus familiares?
Jung chamou de “persona” a máscara social que usamos para nos proteger. O problema começa quando essa máscara vira uma prisão. No caso citado, a cliente fingia cordialidade com a madrasta, mas temia que ser autêntica gerasse conflitos. A psicanálise aponta um paradoxo: quanto mais evitamos o desconforto, mais ele nos consome.
É possível ser autêntico sem causar brigas na família?
Lacan diria que a chave está em assumir a falta: entender que nunca teremos controle sobre como os outros nos veem. Um exercício prático? Substituir “o que eles vão pensar?” por “o que eu realmente sinto?”. Não se trata de confronto, mas de alinhar ação e desejo.
- Ao mesmo tempo, leia Como ser autêntico nos relacionamentos? Descubra o poder de mostrar quem você realmente é
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Como ser autêntico na família? Conclusão
Relações familiares difíceis raramente se resolvem com grandes gestos. Mas, como dizia Freud, “o pequeno passo da consciência já é uma revolução”. Que tal começar devolvendo a responsabilidade emocional a quem de direito?
Texto revisado por Laila Lopes.