Dia Internacional da Mulher: por que é comemorado em 8 de março, o que aconteceu na data e significado
Dia Internacional da Mulher é uma data comemorada ao redor do mundo com flores e chocolates. Mas não é só isso! Veja as origens de 8 de março
Se você acha que o dia 8 de Março, o Dia Internacional da Mulher, é mais uma daquelas datas comemorativas criadas pele comércio, perfeita para flores e homenagens às mulheres, celebrando sua beleza e feminilidade, está muito enganado!
Historicamente, esse dia existe por conta da luta de mulheres por direitos, e tem sua origem em uma série de ações femininas ao longo de muitos anos. Portanto, conheça um pouco da origem e os fatos mais marcantes deste dia consolidado com muita luta ao longo dos anos.
Qual o verdadeiro significado do dia 8 de março?
Apesar de muitas pessoas considerarem o dia 8 de março apenas como uma data comemorativa para homenagear as mulheres, o dia não se instituiu pelo comércio.

Pelo contrário, o dia 8 de março possui raízes históricas profundas. O motivo para a data ser tão importante é que, nesse mesmo dia, no ano de 1917, mais de 90 mil mulheres russas fizeram uma manifestação em prol de melhores condições de trabalho e vida.
Dessa forma, a seguir, você irá encontrar um pouco mais sobre a origem do Dia Internacional da Mulher e sobre a luta das mulheres ao longo dos anos! Então, leia mais!
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Por que o dia 8 de março é comemorado mundialmente?
O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é essencial para reforçar a luta por igualdade de gênero e direitos femininos em todo o mundo. A data não apenas celebra as conquistas das mulheres ao longo da história, mas também destaca os desafios que ainda precisam ser superados.

A comemoração global é importante porque promove conscientização e incentiva mudanças sociais e políticas. Em diferentes países, a data é marcada por debates, manifestações e iniciativas que buscam garantir mais oportunidades e respeito às mulheres.
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Quem criou o Dia da Mulher?
Em agosto de 1910, a alemã Clara Zetkin propôs a criação do Dia Internacional da Mulher em reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada de manifestações.

Durante o evento, realizado em Copenhague, a sugestão foi apresentada a um grupo de 100 mulheres de 17 países e recebeu aprovação unânime, marcando um passo importante na história do movimento feminista.
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O que falar no Dia da Mulher?
No Dia da Mulher, é fundamental compartilhar mensagens que promovam a valorização, o reconhecimento e a conscientização sobre a importância da luta feminina.

Afinal, essa data não se trata apenas de homenagens, mas também de um momento para refletir sobre os desafios enfrentados pelas mulheres e a necessidade de continuar avançando em busca da igualdade de direitos. A seguir, confira algumas inspirações do que falar em 8 de março!
1) Neste Dia Internacional da Mulher, celebremos aquelas que transformam o mundo com sua força, sabedoria e empatia.
2) O verdadeiro significado desta data vai além de flores — trata-se de garantir que, nos outros 364 dias do ano, as mulheres não enfrentem espinhos.
3) Um único dia é pouco para homenagear todas as mulheres que marcam a história. Que possamos reconhecer e valorizar suas conquistas todos os dias.
4) Muitas mulheres abriram caminhos para que hoje possamos estar aqui. Que continuemos unidas, lutando por um futuro mais justo para as próximas gerações.
5) Você não precisa provar nada para ser grandiosa — ser mulher já é, por si só, um ato de grandeza!
6) Seguiremos firmes, porque a igualdade sempre será a nossa bandeira. Feliz 8 de março!
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Qual a origem e história do Dia Internacional da Mulher?
As histórias que remetem à criação do Dia Internacional da Mulher alimentam o imaginário de que a data teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York em 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas.
Sem dúvida, o incidente ocorrido em 25 de março daquele ano marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século XX, mas os eventos que levaram à criação da data são bem anteriores a este acontecimento.

Entre os marcos que originaram o Dia Internacional da Mulher está a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York.
Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho. Pois na época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16h por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos.

Ali teria sido celebrado pela primeira vez o “Dia Nacional da Mulher”. Ou seja, com o maior número de mulheres que trabalhavam e sustentavam seus lares, mais elas procuravam aumentar suas vozes em busca de direitos. Enquanto isso, na Europa também crescia o movimento nas fábricas.
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Por que o dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher?
Mas você sabe porque o dia 8 de março acabou sendo o Dia Internacional da Mulher? Bem, isso faz parte do que chamamos História das Mulheres. Então, vamos entender isso melhor?

Pois com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) eclodiram ainda mais protestos em todo o mundo. Mas foi em 8 de março de 1917, quando aproximadamente 90 mil operárias manifestaram-se contra o Czar Nicolau II. (8 de março = a 23 de fevereiro no calendário Juliano, adotado pela Rússia até então).
Elas lutavam contra as más condições de trabalho, a fome e a participação russa na guerra – em um protesto conhecido como “Pão e Paz”. Assim, essa data se tornou mais tarde o marco do Dia Internacional da Mulher, em 1921.

Ou seja, apesar de agora muita gente associar a data a um momento de comprar chocolates, flores e presentes femininos, esta data não foi criada pelo comércio.
O Dia Internacional da Mulher já era celebrado desde o início do século 20. E se hoje a data é lembrada como um pedido de igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo, no passado nasceu principalmente através da luta por melhores condições de trabalho.
Ou seja, as mulheres começaram a sentir que poderiam ter voz ativa, a partir de quando começaram a ganhar seu próprio dinheiro. Mas não se engane, as mulheres sempre trabalharam fora de casa.

Porém, somente no século XX começou a haver uma organização feminina dessa forma, pensando como iguais em busca de direitos.
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Oficialização da data
Você sabia que somente em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que afirmava princípios de igualdade entre homens e mulheres?

Sim! Somente no final da Segunda Guerra Mundial e quase na metade do século XX. Pois somente com o início da organização feminina e da pressão que as mulheres começaram a fazer, as coisas começaram a mudar, mesmo em termos de moda e cidadania feminina.
E isso foi possível pela grande representatividade feminina nos campos de trabalho durante a Segunda Guerra. Os homens foram para a frente de batalha, as mulheres para os postos de trabalho.
Inclusive, aquela famosa imagem da mulher com um lenço no cabelo e mostrando o braço em sinal de força, vem dessa época. Você sabia? Bem interessante!

E mais tarde, nos anos 1960, o movimento feminista ganhou corpo. Então, em 1975 comemorou-se oficialmente o Ano e o Dia Internacional da Mulher, e em 1977 o “8 de março” se torna oficialmente adotado pelas Nações Unidas.
Porém o objetivo de oficializar esta data não é somente a homenagem e a comemoração. Pois todo ano ocorrem diversas reuniões e debates onde as pessoas discutem os papéis das mulheres na sociedade.

Assim, são pensadas maneiras de acabar com o preconceito, a violência, o desprestígio e a desvalorização, também são pautas desses encontros realizados em diversos países pelo mundo inteiro.
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O que se celebra no Dia Internacional da Mulher?
Apesar de ser um dia de muita luta, o Dia Internacional da Mulher também celebra as vitórias conquistadas pelas mulheres nos mais diversos âmbitos, seja no contexto étnico, cultural, socioeconômico e político.

Dessa forma, nesse dia, é preciso refletirmos sobre alguns pontos importantes da data, para que assim, tenhamos determinação para continuar ajudando a redefinir essa história. Sendo assim, algumas pautas importantes para esse dia são:
1. A luta por direitos iguais
No XXI, muitas mulheres ao redor do mundo, ainda enfrentam dificuldades em ter direitos básicos garantidos. Por isso, no dia 8 de março é importante nos atentarmos acerca das mudanças que são necessárias na sociedade.

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2. Desigualdade salarial
A desigualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham a mesma função é um problema que ocorre no mundo todo. Portanto, é uma pauta importante a ser discutida no Dia Internacional da Mulher.
Segundo a ONU, a brecha salarial de gênero no mundo é de 16%, significando que as mulheres ganham ao redor de 84% do que ganham os homens.

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3. Violência contra as mulheres
No Dia Internacional da Mulher, é preciso ressaltarmos a importância da denúncia contra os crimes de violência contra a mulher. Afinal, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2021, houve um aumento de mais de 8% na quantidade de feminicídios no país.
Os números são alarmantes e essa violência é estampada nos jornais diariamente. Por isso, a Lei Maria da Penha é uma das conquistas mais importantes para as mulheres brasileiras.
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4. Celebração das conquistas
Bom, além de lembrarmos no Dia das Mulheres que a luta ainda não acabou, também preciso celebrar as vitórias que conquistadas ao longo dos anos.

Hoje em dia, a mulher tem um papel muito importante na sociedade. Por conta das diversas manifestações, o direito de votar e ser votada é assegurado. Além disso, por exemplo, atualmente, as mulheres podem ser independentes, escolherem suas carreiras e serem cada dia mais empoderadas.
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Conquistas das mulheres brasileiras
Então, podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Pois nesta data se tornou lei o voto feminino. Assim a mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.
Marcos das Conquistas das Mulheres na História

- 1788 – o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação política, emprego e educação para as mulheres;
- 1840 – Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos;
- 1859 – surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres;
- 1862 – durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia;
- 1865 – na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs;
- 1866 – No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas;
- 1869 – é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres;
- 1870 – Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina;
- 1874 – criada no Japão a primeira escola normal para moça;
- 1878 – criada na Rússia uma Universidade Feminina;
- 1901 – o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres.
Qual a relação entre o feminismo e o Dia Internacional da Mulher?
Ao longo dos anos, diversos grupos femininos lutaram para instituir um dia em homenagem às mulheres. Mas foi apenas em 1975, que a ONU reconheceu esse dia como uma sororidade.

Isto é, a Organização das Nações Unidas, enfatiza que neste dia “mulheres de todos os continentes, separadas por fronteiras internacionais, diferenças étnicas, linguística, culturais, econômicas e políticas se unem para reivindicar seus direitos a cada 8 de março”.
Dessa forma, o Dia Internacional da Mulher é marcado pela lutas feministas por igualdade e liberdade. Com isso, precisamos lembrar, antes de tudo, que o feminismo era conhecido como um “grupo anarquista” que reivindicava melhores condições de trabalho.
Logo depois, nas décadas de 1920 e 1930, o movimento das sufragistas ganhou força e garantiu o direito do voto à mulher. Então, com o passar dos anos, foram incluídas as discussões acerca da igualdade de gêneros, sexualidade e saúde da mulher.
A partir disso, em 1982, o movimento feminista passou a manter vínculos com o Estado e então, criou-se o Conselho Estadual da Condição Feminina em São Paulo. Em seguida, em 1985, surgiu a primeira Delegacia Especializada da Mulher.

Em 2006, ocorreu um grande avanço no contexto de violência doméstica: A Lei Maria da Penha, que visa coibir e prevenir violências domésticas e familiares contra as mulheres, foi criada.
Dessa forma, o feminismo contemporâneo está em uma constante busca para a equivalência de direitos entre as mulheres e os homens.
Sendo assim, o Dia Internacional da Mulher é uma data que além de ser um símbolo pelos direitos das mulheres, também dá a essas pautas uma voz maior a cada ano.

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O Futuro do feminismo
Assim, mesmo com a aprovação de leis que as defendam ou avanços no mercado de trabalho, a posição da mulher brasileira ainda é ambígua. Pois ainda há feminicídio, piores condições de emprego, violência, estupro ainda são uma realidade.
As mulheres lutam, o Dia Internacional da Mulher é para lembrar disso. Fazem questionamentos sobre seu lugar e papel na sociedade.
Elas se organizam em grupos sejam feministas ou para buscar o sagrado feminino. Vão a seminários e continuam lutando, não apenas por seus direitos, mas também por uma sociedade mais justa no que se refere à natureza, às minorias… E em contrapartida, como está o homem? O que anda fazendo para atualizar seus valores?

Pois muitas vezes presos em armadilhas machistas, eles se perdem em toda essa gama de transformações. Por exemplo, depressão, suicídio e o aumento do assassinato e de violência contra mulheres são sintomas de que o modelo de virilidade entrou em falência.
Assim, para a francesa Olivia Gazalé, o futuro do feminismo depende da reinvenção da masculinidade. Então, deve-se repensar e atualizar o papel do masculino na sociedade.
Mas quais modelos estão sendo sugeridos e construídos para esse homem? E eles também precisarão de apoio e reflexão para encontrar seu lugar nessa nova ordem.

Então, grupos e discussões que tratem deste contexto podem pensar e buscar respostas a estas grandes questões sobre a virilidade.
E cada vez mais se fala sobre masculinidade tóxica, e como ela se desenvolveu na sociedade. Para finalizar, lembramos do que dizia Foucault: “sempre que existir repressão, haverá algum tipo de resistência”.
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Revisado e Editado por Laila Lopes, Thamyres Barbosa e Luiza Mazon.