solidão no Dia dos Namorados

Como lidar com a solidão no Dia dos Namorados? Veja reflexão de terapeuta

12 de junho pode ser um dia difícil para quem está solteiro ou em uma fase complicada da relação. Então, a terapeuta Camila Custódio conta como lidar com a solidão no Dia dos Namorados

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Está chegando o dia mais esperado ou mais temido do ano: 12 de junho. Para quem está amando e está de boa com o seu par, é uma ótima data, com planos e muita expectativa. Mas, para algumas pessoas, pode ser necessário aprender como lidar com a solidão no Dia dos Namorados.

Assim sendo, a terapeuta Camila Custódio, colunista do Fashion Bubbles, reflete sobre esse sentimento que pode estar relacionado com tristeza, mas pode também remeter a amadurecimento. Continue lendo para saber mais!

Quem não gosta do Dia dos Namorados?

mãos distantes em preto e branco
Fonte: Pexels

Quem não está em um bom relacionamento ou está em pé de guerra com seu par deseja que esse dia esteja mais longe no calendário. Para quem está dando um tempo, esperando a má fase do relacionamento ir embora, é uma data triste, só que esperançosa.

E, para alguns dos solteiros, 12 de junho poderia simplesmente não existir, já que fica impossível fugir dessa comemoração. Ela te persegue na TV, no rádio, no shopping, nas conversas com amigos e principalmente nas redes sociais. Desse modo, aumenta o sentimento de solidão no Dia dos Namorados.

Desde o início da pandemia, estamos sendo forçados a refletir mais sobre relacionamentos. Afinal, a forma de se relacionar passou a ser ressignificada, principalmente nas datas comemorativas.

Aprender a lidar com a solidão, que já foi vista como o mal do século, vem sendo um exercício constante. Como resultado, passamos a entender que existem diferentes tipos de solidão.

A solidão do desamparo remete à tristeza, à dor de estar sozinho. No entanto, há também uma solidão desejada, que remete à solitude. Ou seja, o bem estar emocional do prazer da própria companhia.

Muitas pessoas ficam mais vulneráveis nesse período do ano, quando começam a refletir sobre sua vida amorosa. Sejam aquelas que não estão em uma relação estabelecida, aquelas que sofrem ainda a dor de um grande amor, ou até aquelas que estão em um relacionamento, mas vivem em um estado de solidão a dois, sentindo-se abandonadas pelo parceiro.

Mas, afinal, o que significa estar sozinha(o)?

mulher sozinha de costas
Fonte: Pexels

Em primeiro lugar, precisamos entender que esse sentimento de vazio, de solidão é algo que irá nos acompanhar a vida inteira. Isso porque a condição de solidão já nos é dada, independente de estarmos ou não com alguém.

Além disso, esse sentimento que incomoda tanto pesa muito mais para as mulheres, que sofrem uma pressão maior que os homens para estar em um relacionamento.

Todos nós temos vazios que não serão preenchidos pelo outro, por melhor que seja essa relação. Afinal, são características só nossas, que pertencem à nossa trajetória de vida.

Independente do tamanho da cumplicidade do casal, não será o outro que dará conta das nossas dores. Podemos dividir nossas angústias e anseios, mas cabe somente a nós senti-las – e isso pode parecer muito assustador.

Contudo, tudo isso depende da perspectiva que temos sobre a experiência da solidão, pois ela pode representar uma desconexão de si mesmo ou a falta de algo ou alguém.

Quais são os tipos de solidão?

mulher lendo
Fonte: Pexels

Existe a solidão em paz, que nos acalma e é super necessária para o encontro com nós mesmos. Ao mesmo tempo, existe a solidão produtiva: quando vemos aquele trabalho parado fluir. Há também a solidão barulhenta dos nossos pensamentos e neuroses.

A solidão divertida é aquela em que usufruímos do prazer das nossas escolhas e existe ainda a solidão sem expectativas. Em todas essas experiências de solidão, em geral, não queremos ter alguém por perto.

A solidão nem sempre precisa remeter a dor, rejeição e carência. A experiência da solidão pode ser muito interessante para nosso crescimento e amadurecimento, quando nos reconhecemos e entendemos que damos conta de nós mesmos.

Claro que isso é uma experiência muito pessoal. Há pessoas que precisam dessa solidão, mas não sabem estabelecer esse limite, sentem-se invadidas pelo outro e acabam sabotando suas relações em busca de espaço.

Já outras não suportam esse espaço vazio e acabam indo em busca de relacionamentos a fim de preenchê-lo e fugir da solidão. Muitas vezes, sem sucesso.

Ainda temos a percepção de que só existimos com o outro, como se nossas vivências individuais não fossem válidas. E isso também é triste e precisa ser desconstruído.

  • Em seguida, confira Solidão: o que a desistência de Tiago Abravanel nos ensina sobre esse sentimento?

Conclusão

mulher sozinha no pôr do sol
Fonte: Pixabay

Não tenho dúvida de que a solidão é um sentimento que afeta a saúde emocional. Às vezes, ela está ligada à tristeza e, claro, precisa ser tratada e cuidada. Pois não podemos esquecer que o sentimento de solidão pode levar a uma série transtornos, como ansiedade e depressão.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Ipsos, que ouviu 23 mil pessoas de 28 países, o povo brasileiro é o que mais sofre de solidão em todo o mundo. Dos 1000 entrevistados no Brasil, 50% deles relatam que, com frequência, sentiram solidão.

A partir desses dados, podemos entender a solidão com um sintoma de um problema ou até mesmo de um transtorno por trás dele. Por isso, é importante entender porque nos sentimos sozinhos para além da ausência de um par romântico. Como vimos aqui, nem sempre quem sofre com a solidão está de fato só.

Apesar da evolução e compreensão desse sentir, ainda há um longo caminho nessa jornada do autoconhecimento e do relacionamento. Mas ainda acredito que é na solidão, ou melhor, na solitude, que começa o melhor relacionamento de todos: o relacionamento com a gente mesmo!

Sobre a colunista

Camila Custódio
Fonte: Freepik (adaptada)

Camila Custódio é idealizadora do Consultório Emocional – @consultorioemocional nas redes sociais. Camila é Assistente Social, Terapeuta de Família e Casal, Terapeuta Relacional Sistêmica, Psicanalista e Coach. Além disso, é Especialista em Gestão da Emoção e Consultora em Desenvolvimento Humano.

Escreve sobre saúde emocional, relacionamento e empoderamento feminino para sites, revistas e blogs. Atende pacientes online de todo o Brasil e do exterior.

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