Montagem com 3 dos principais looks do quarto dia do SPFW N56

SPFW N56: moda artesanal e alfaiataria repaginada são destaques do 4° dia do São Paulo Fashion Week

Entre as marcas que desfilaram suas coleções no penúltimo dia do SPFW, temos Mão de Mãe, AZ Marias e Forca Studio

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A edição N56 do São Paulo Fashion Week (SPFW) se encaminha para o final com os desfiles do penúltimo dia, o sábado (11). Dessa vez, oito marcas brasileiras apresentaram suas coleções para o Verão 2024 em diferentes localidades da capital paulista, incluindo o Komplexo Tempo e o Iguatemi São Paulo.

Sendo assim, o Fashion Bubbles analisou o que mais chamou a atenção nas apresentações de cada uma das marcas. Vale lembrar que também temos conteúdos sobre os destaques dos três primeiros dias da maior semana de moda da América Latina. Saiba mais!

O que aconteceu no penúltimo dia do SPFW?

O quarto e penúltimo dia do SPFW começou com o desfile do Ateliê Sou de Algodão. Em seguida, veio o estreante João Maraschin. Os próximos a apresentarem suas criações foram Angela Brito, Rocio Canvas e AZ Marias. Para fechar o sábado, vieram Renata Buzzo, Santa Resitência e Forca Studio.

Um ponto em comum entre as oito marcas foi o uso de técnicas manuais tipicamente brasileiras em seus looks, como foi proposto pelo tema “Origens” da edição N56. A preocupação com a preservação do meio ambiente e a promoção da diversidade também se fizeram presente nas passarelas.

A seguir, confira os temas escolhidos pelos estilistas, o que mais chamou a atenção em cada um dos desfiles e as tendências que podemos esperar para o Verão 2024 em terras brasileiras.

Ateliê Mão de Mãe

A coleção do Ateliê Mão de Mãe apresentada no penúltimo dia do SPFW N56 foi batizada de “Água de Meninos” em homenagem a um dos bairros mais históricos de Salvador (BA). Foi lá que os estilistas Vinícius Santana e Patrick Fortuna cresceram e tiveram os primeiros contatos com o candomblé. 

O desfile foi dividido em quatro partes: fundamento (história local), romaria (espiritualidade), arte sacra (igrejas) e a cestaria (habilidades dos artesãos da feira). Sendo assim, o crochê surge como carro-chefe das roupas

Além disso, as silhuetas aparecem desde as mais justas às mais amplas – incluindo minissaias e vestidos longos de frente única. As cores predominantes são as terrosas, com pitadas de azul-claro e laranja.

João Maraschin

Por sua vez, João Maraschin apostou em uma combinação entre olhares criativos e comerciais para a sua primeira coleção lançada no Brasil (a marca foi fundada em Londres há três anos). Suas roupas prezam pela aparência simples, sem abrir mão da sofisticação e do conforto.

O conceito se refletiu em texturas de tricô, crochê e macramê. As técnicas estavam presentes em vestidos com pontos largos, suéteres e blusas felpudas. Um ponto interessante é que comunidades e cooperativas de artesãos brasileiros de diferentes regiões assumiram o trabalho manual.

Para completar, a alfaiataria também apareceu como um ponto alto da coleção – com algumas peças fugindo do comum ao utilizarem as manualidades mencionadas, inclusive.

Angela Brito

Angela Brito baseou sua coleção de Verão 2024 na “força que as festas de santo têm para unir as pessoas”. Com o nome “Romaria”, o conjunto de roupas olha para as procissões presentes em crenças variadas.

O que mais aparece é uma alfaiataria inovadora, com detalhes como abertura nas costas ou amarração na cintura. Entre as cores, muitos tons pastéis – que dão vida às estampas criadas em colaboração com o artista plástico Maxwell Andrade.

Rocio Canvas

Após quatro anos de SPFW, o estilista Diego Malicheski prestou homenagem ao próprio ateliê na edição N56. O ponto de partida foi o estudo da modelagem, especialmente da técnica de moulage.

Por outro lado, a coleção também explora peças com texturas tridimensionais e bordados pela primeira vez. Outra novidade à Rocio Canvas são os volumes, que se intercalam com os looks mais limpos.

A estética se mantém minimalista, com ilhoses e aplicações de metal para dar um toque punk às roupas. Os trench coats se destacam, tanto em tecidos mais leves quanto em mais pesados.

AZ Marias

A marca apresentou o terceiro ato da coleção “Florescer” no SPFW N56. Anteriormente, AZ Marias se inspirou nos elementos terra e água para suas roupas. Agora, é a vez do fogo dominar as criações de Cíntia Félix.

Como resultado, peças em camadas – com alusão às brasas, faíscas e incêndios. A imagem urbana também se mantém viva com o uso de paetês, saias estruturadas e tecidos lustrosos. As cores dominantes não poderiam ser diferentes de laranja e vermelho.

Renata Buzzo

Renata Buzzo se cansou de ver as mulheres representadas como Lua (sempre cheias de fases a humores) e decidiu associá-las ao mar (com ondas, marés e tempestades) em seus lançamentos durante o SPFW, como ela mesma explicou.

Dessa forma, a inspiração marítima rendeu plissados retorcidos em alusão às ondas, conchas feitas de tecidos, golas estilo marinheiros, bordados que imitam algas, decotes nadador e redes de pesca como vestidos.

Uma característica que se mantém em relação às outras coleções da marca é o intenso trabalho de superfícies. Por outro lado, vemos muito mais pele à mostra e fluidez do que anteriormente.

Santa Resistência

O ponto de partida para as criações de Monica Sampaio à Santa Resistência foi a música “Luar do Sertão”, de Catulo da Paixão Cearense. Dessa forma, a estilista buscou retratar a vida dos brasileiros que saem do Nordeste para ganhar a vida em outras regiões – assim como ela mesma e o poeta responsável pela canção.

O resultado é de vestidos lustrados com três estampas diferentes entre as peças femininas e conjuntos com camisas bordadas entre as masculinas. Nas cores, vemos branco e azul, assim como as tonalidades que remetem ao pôr-do-sol.

Forca Studio

Para finalizar o sábado, a marca Forca Studio criou um cenário apocalíptico na passarela do SPFW. O objetivo era retratar a onda de calor com a coleção “Heatwave” – com direito a temperatura batendo os 40°C, fuligem entre os convidados e trilha sonora enlouquecedora.

Os looks foram produzidos a partir do reaproveitamento de materiais, como as jaquetas feitas com câmaras de pneus. Além disso, maiôs e tricôs recortados marcam presença entre as peças da coleção.

Por outro lado, o motocross também foi uma referência para as roupas masculinas. Entre as novidades, calças e jaquetas com modelagem oversized – comum ao estilo dos motoqueiros.

Conclusão sobre os destaques do penúltimo dia do SPFW

As marcas seguem adotando o regionalismo e as causas sociais como os temas principais de suas coleções para o Verão 2024. Sendo assim, é possível esperar muitas técnicas manuais e questionamentos à antiga moda entre as tendências que vem por aí.

Em conclusão, o SPFW chega ao fim no último domingo (12) com as apresentações de: Lino Villaventura, LED, Lucas Leão, Heloísa Faria, Gefferson Vila Nova e Bold Strap. Os destaques dos próximos desfiles você também confere no Fashion Bubbles.

  • Em seguida, leia também SPFW N56: destaques do 3° dia do São Paulo Fashion Week

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