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Paulo Borges sobre Lei Rouanet fala sobre moda, renúncia fiscal e futuro, chamando classe para reflexão e união

Paulo Borges, CEO da Luminosidade e criador do São Paulo Fashion Week, publicou artigo com suas reflexões sobre a captação de recursos via Lei Rouanet…

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Paulo Borges, CEO da Luminosidade e criador do São Paulo Fashion Week, publicou artigo com suas reflexões sobre a captação de recursos via Lei Rouanet para a Moda. Confira o artigo completo no Portal FFW.

Veja alguns trechos:

“Antes de qualquer coisa, gostaria de ressaltar que nestes quase 20 anos de SPFW, nunca utilizamos recursos da Lei Rouanet para a sua realização. Tudo nasceu e se desenvolveu através da iniciativa privada.

Neste período, posso afirmar que foram investidos para o desenvolvimento desta plataforma da moda brasileira nada menos que R$ 600 milhões, em média e em valores atualizados.

Para ser mais exato, a cada edição do SPFW, período de pré-evento, evento, e showrooms, que pode chegar a um mês de movimentação na cidade de São Paulo, a Moda fomenta e atrai consumo para todas as áreas econômicas da cidade. Nos restaurantes, hotéis, teatros, museus, serviços gerais, comércio, direcionando para os cofres púbicos mais de R$ 30 milhões em impostos. Enriquece a cidade, dá forma e vida a sua vocação.

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O setor da Moda no Brasil tem 30 mil empresas que geram 5,5 do PIB da Indústria de transformação.
US$ 60,5 Bilhões em 2010. 2º maior empregador da Indústria de Transformação com 1,7 milhão de empregos diretos (8 milhões somando os indiretos) e 75% Correspondente a mão de obra feminina

A moda como um todo já viveu (e ainda vive) momentos de muito preconceito em relação a seus processos, valores e demandas.

Modelos, por exemplo, eram vistas como pessoas de profissão duvidosa. Estilistas, estes nem existiam na cabeça das pessoas. E jornalistas de moda então? Espaços para informar a notícia de moda? Somente nos poucos cadernos femininos, ao lado de receitas de bolo. Outra dezena de profissões dentro dessa cadeia criativa nem existia de maneira formal e com projeto de desenvolvimento profissional, como maquiadores, cabeleireiros, stylists e produtores, entre outros.

Em 1996 não existia mais do que três cursos de nível superior no Brasil voltados ao ensino da moda e dos negócios da moda, e hoje passam de 150 espalhados por todo o país, de ponta a ponta.

O fato é que ainda não temos um plano de desenvolvimento para a moda no país. Plano de visão, de longo prazo, transversal, que conecte todos os dispositivos de Estado, e que deveria estar muito além do Ministério da Cultura. Moda no Brasil começa, na verdade, pela agricultura, com as fibras naturais, o algodão, que já poderia ser um dos melhores do mundo, mas não é.

Passa pelo desenvolvimento, pela pesquisa e inovação, por áreas econômicas e tributárias, pelos setores de educação, formação técnica, por todas as agências de fomento, para depois chegar à Cultura, onde todo o processo se completa para apresentar o Brasil ao mundo, em mais uma rica e ampla faceta do que somos. Ou mesmo do que deveríamos ser. Estamos subutilizando a oportunidade de construir um país em que todas as manifestações e linguagens se completam e se somam. A moda, nesses últimos 20 anos, principalmente através do SPFW, mas não unicamente, tem demonstrado e apresentado conexões possíveis e inovadoras para a construção desse novo Brasil.

O fato de que três grandes estilistas brasileiros possam captar recursos de renúncia fiscal para apresentar o final de todo um processo criativo, a meu ver é 100% legítimo. Neste momento, com algumas necessidades de ajustes, natural em toda construção e amadurecimento, especialmente em um início de processo.

Vamos por partes. Qual a diferença entre um desfile e uma peça de teatro do ponto de vista da forma e dos recursos? Ambos geram empregos e vendem seu produto. O produto da moda é a roupa, assim como o do teatro é a peça, o da música é o show e o do cinema é o filme. Todos, sem exceção, vendem um produto, dividem os lucros e partem para outro projeto.

Será que sem o auxílio das leis de incentivo, o cinema brasileiro conseguiria andar? Somente com o resultado da bilheteria? Provavelmente não. Talvez nem conseguisse sair da etapa de roteiro. Isto não é uma crítica, apenas uma observação, um paralelismo.”

Confira o artigo completo no Portal FFW.
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