Mulheres nas Eleições 2022: número de deputadas eleitas cresce 18%
Após o primeiro turno das eleições 2022, 91 mulheres foram eleitas deputadas federais, mas o número é pequeno comparado aos homens
No último domingo, 2, aconteceu o primeiro turno das eleições 2022 no Brasil. Na primeira etapa do ciclo eleitoral, a população votou para os cargos de deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente.
Na disputa que concentra maioria de candidatos homens, as mulheres se destacaram e tiveram crescimento de 18,2% nos cargos eletivos a partir de 2023, segundo dados da CNN Brasil.
Mesmo que exista o crescimento no número de mulheres eleitas – agora 17,7% da Câmara, o número ainda é baixo se levar em consideração que 52% do eleitorado é feminino.
Mulheres na política
Na votação para deputado federal, 91 mulheres foram eleitas, sendo 17,7% do total de 513 parlamentares, de acordo com a CNN Brasil. Para efeitos de comparação, nas eleições de 2018 77 mulheres foram foram eleitas, contra 436 homens eleitos.
Entre as candidatas eleitas, nove foram as mais votadas em seus estados: Bia Kicis (PL), no Distrito Federal; Daniela do Waguinho (União Brasil, no Rio de Janeiro, Caroline de Toni (PL), em Santa Catarina; Natália Bonavides (PT) , no Rio Grande do Norte; Yandra de André (União Brasil), em Sergipe; Silvye Alves (União Brasil), em Goiás; Socorro Neri (PP), no Acre; Dra Alessandra Haber (MDB), no Pará; e Detinha (PL), no Maranhão.
Outra conquista foi a vitória de duas mulheres trans, ocupando pela primeira vez a Câmara dos Deputados: Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).
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Mulheres negras
Das 91 mulheres eleitas para a Câmara dos Deputados, oito delas são negras e ocuparão as cadeiras do legislativo representando os partidos PT, PSOL, PCdoB e REDE.
Entre as eleitas, duas foram reeleitas pelo Rio de Janeiro: Benedita da Silva (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Já Dandara (PT-MG), Carol Dartora (PT), Jack Rocha (PT-ES), Daiana Santos (PCdoB-RS), Marina Silva (REDE-SP) e Erika Hilton completam a bancada.
Representatividade indígena
Ademais, mulheres indígenas também foram eleitas e a partir de 2023 estarão legislando como deputadas federais. Sônia Guajajara foi eleita deputada federal pelo Psol de São Paulo. Já Célia Xakriabá foi eleita deputada federal pelo Psol de Minas Gerais.
O ciclo eleitoral não acabou e no dia 30 de outubro acontece o segundo turno das eleições entre os candidatos aos governos estaduais e à Presidência da República.