Mulheres foram mais afetadas emocionalmente pela pandemia, diz estudo

Pessoas apresentaram, durante a pandemia, sintomas de depressão, ansiedade e estresse. No estudo, as mulheres são as mais prejudicadas.

Sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Além do sentir, o agir: durante a pandemia, segundo estudo, houve também maior consumo de drogas ilícitas, cigarros, medicamentos e alimentos.

As mais afetadas emocionalmente foram as mulheres. Sendo 40,5% de sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse. A pesquisa contou com três mil voluntários e foi conduzida pela equipe do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

A pesquisa, publicada na Plos One  sob o título Exploratory study on the psychological impacto f covid-19 on  the general Brazilian population não detalha, entretanto, o motivo de as mulheres serem as mais afetadas emocionalmente.

 

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Possíveis causas – Mas, por que as mulheres são as mais afetadas emocionalmente?

 

Diversos, estudos da literatura médica tem mostrado as possíveis causas desse fenômeno. Por exemplo, dupla jornada, acompanhar o desenvolvimento escolar dos filhos e, na pandemia, mais pessoas permaneceram dentro de casa.

Além disso, existem as preocupações relacionadas ao próprio vírus (iminência de contaminação, necessidade de mudanças de hábitos de higiene, redução de convívio social, familiares adoecidos, etc.).

Assim, a fim de diminuir essa preocupação, veja o que fazer caso apareça algum sintoma de COVID-19, com dicas do que fazer e chás que também podem ajudar contra o desconforto. Além de 35 alimentos saudáveis para fortalecer a sua imunidade contra a Covid-19.

 

Visão de especialista

 

Para a psicanalista e terapeuta Camila Custódio, há expectativa na perfeição feminina, além da autocobrança perfeccionista.

“As mulheres cuidam e também precisam ser cuidadas. Nós carregamos a síndrome da perfeição e da Mulher Maravilha. Nós mulheres vivemos com a sensação de ter que dar conta de tudo para evitar o julgamento de não sermos boas o suficiente. Seja no trabalho, na maternidade, na vida pessoal”, disse.

Além disso, explicou formas de ultrapassar essas barreiras: “precisamos ser acolhidas, mas antes, precisamos evitar o autoabandono. Buscar ajuda, saber pedir ajuda, sem que isso seja visto como um sinal de fraqueza feminina. Ao contrário, é aí que entra nossa coragem de em um momento tão crítico não nos sobrecarregarmos com a nossa própria vulnerabilidade”.

 

O que diz o estudo

 

Fonte: Reprodução/Google

 

Em conclusão, o estudo revelou que o sofrimento psíquico não é exclusividade da mulher de perfil multitarefa. Ou seja, que concilia trabalhos domésticos e vida profissional. Mulheres que moram sozinhas e que não têm filhos também tiveram alta nos níveis de sofrimento mental e emocional.

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Desemprego, doenças e o contato com alguém diagnosticado com Covid-19 estão entre os motivos apontados para a inclusão dessa outra face do gênero feminino citada no estudo.

Os comportamentos adotados na pandemia foram negativos. As pessoas passaram a consumir mais alimentos e abusaram de drogas, de tabaco e medicamentos. Desta forma, adotando um comportamento que se imagina ser a solução para um problema, sem, no entanto, tomar medidas para mudá-lo.

Por outro lado, existem alimentos benéficos que fazem bem para a saúde. Mas, ainda assim, é preciso cuidado com os excessos. Veja aqui  35 alimentos saudáveis que fortalecem o sistema imune.

Além disso, Camila alerta para a necessidade da mulher se priorizar. “É fundamental praticarmos o autocuidado. Sermos nossa prioridade. Sem saúde mental não há saúde física e não existirá mulheres fortes enquanto nos negligenciarmos emocionalmente”, finalizou a terapeuta.

O enfrentamento do estresse diante de um problema é um recurso estratégico, segundo os pesquisadores. Mas, podem ser positivos ou negativos.

 

Cuide-se

 

Por fim, os dados do estudo apontam para sinais comportamentais relacionados à ansiedade, depressão e estresse associados à Covid-19.

Como resultado, a pesquisa aponta um alarme importante: haverá um grande aumento da demanda e urgência no tratamento de novos casos de doença mental e emocional.

 

 

Por Camila Custódio

 

 

Camila Custódio: Camila Custódio é idealizadora do Consultório Emocional - @consultorioemocional nas redes sociais. Camila é Assistente Social, Terapeuta de Família e Casal, Terapeuta Relacional Sistêmica, Psicanalista e Coach. Especialista em Gestão da Emoção, Consultora em Desenvolvimento Humano. Escreve sobre saúde emocional, relacionamento, empoderamento feminino para sites, revistas e blogs. Atende pacientes online de todo o Brasil e do exterior.
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