Blue Monday: a segunda-feira que é a mais triste do ano
Blue Monday ou segunda-feira melancólica é considerada o dia mais deprimente do ano. Saiba porque e como sentir-se melhor com dicas da terapeuta Camila Custódio
Você sabia que a terceira segunda-feira de janeiro é considerada o dia mais triste do ano? É justamente aqui quando a tristeza começa a se fazer notar. E todos os anos se repete a mesma história, ou melhor, a mesma “Blue Monday”.
Continue lendo a fim de saber mais!
O que significa Blue Monday?
Não é à toa que a data foi apelidada de “Blue Monday” (ou segunda-feira melancólica). Afinal, o dia é considerado o mais triste do ano, a partir do estudo (e do cálculo) do pesquisador britânico Cliff Arnal, da Universidade de Cardiff.
Apesar de ser uma data que surgiu de forma comercial, por meio de uma agência de viagens para estimular a alegria e o turismo no hemisfério norte, os fatores levantados por Cliff não são tão aleatórios assim.
O cálculo é bem complicado e fica dessa forma na equação matemática: [W+(D-d)]xTQ/MxNA]. Na equação, “W” é o clima, “D” é a dívida, “d” corresponde ao salário mensal, “T” equivale ao tempo desde o Natal, “M” é o baixo nível motivacional e “NA” significa a necessidade de tomar medidas.
Na Grã-Bretanha, o tema é levado muito sério e, neste dia, já foi comprovado haver um aumento no número de faltas no trabalho.
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Porque hoje é um dia triste?
Esta segunda-feira, geralmente, se torna um dia mais triste porque é quando realmente cai a ficha de que o espírito natalino ficou para trás. Assim como as festas de ano novo e a necessidade de ser e estar feliz nessa época do ano.
Somam-se a isso as dívidas das compras de Natal, as férias das crianças que estão terminando, mais a volta ao trabalho e as dificuldades de cumprir as metas e promessas da virada do ano.
Sem contar a angústia de um ano inteiro pela frente, que tem a ‘obrigação’ de diferir dos demais.
Quando é a Blue Monday?
O dia da Blue Monday acontece sempre na 3ª segunda-feira do primeiro mês do ano, janeiro. Assim sendo, em 2023, a data cai no dia 16.
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Como fazer a gestão da emoção?
Para a terapeuta Camila Custódio, especialista em Inteligência Emocional pela Academia da Inteligência do Dr. Augusto Cury, a grande vilã do Blue Monday é a falta da gestão da emoção. “No Brasil, não sofremos com o frio do hemisfério norte, mas vivemos o mesmo rebote emocional desse período do ano”, comenta.
“O ano novo gera expectativas, mas também ansiedade de dar conta das mudanças que você sabe que precisam ser feitas; revisão ou necessidade de descobrir seu propósito de vida, dos relacionamentos, fracassos e erros que queremos esquecer, o sucesso que desejamos alcançar e, senão bastasse, temos a supervalorização da felicidade nas redes sociais”, explica a terapeuta.
Camila, que é idealizadora do Consultório Emocional, realiza atendimentos presenciais e online. Ela revela que o número de consultas aumenta significativamente nesse período:
“As pessoas aproveitam o momento e se sensibilizam para esse despertar da consciência, a busca pelo autoconhecimento e a procura por atendimento aumentam exatamente pelo rebote emocional do final e do início de ano esse ano somado pelas dores, anseios, incertezas e perdas sentidas por todos nós devido à pandemia”, ressalta.
Como mudar para se sentir melhor?
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Comece a ser menos autocrítico
Na Blue Monday, muitas vezes as pessoas desistem de suas resoluções de ano novo, mesmo que alguns planos sejam muito importantes. Isso acontece também com alguns dos desafios mais populares de janeiro, como emagrecer, ser mais organizado, participar do ‘Veganuary’ ou ‘janeiro seco’…
Isso acontece porque, em meados de janeiro, quando voltamos à realidade e a rotina já se estabeleceu, descobrimos o quanto pode parecer restritivo e difícil fazer grandes mudanças no estilo de vida.
Dessa forma a dica é: em vez de se culpar por isso, mesmo que tenha desistido ou ainda esteja com pensamentos autocríticos sobre como você falhou, “tente ser mais gentil consigo mesmo”, continua Camila.
“Dê um tapinha nas costas a si mesmo, pelo que você conseguiu realizar nas últimas semanas, e tente aprender onde as coisas deram errado”, reflete.
Blue Monday: reflita sobre sua metas
Para evitar falhar em seus objetivos, tentar se concentrar nas metas que você pode alcançar é a melhor política.
“Em vez de pensar que tudo deu errado, seria melhor definir metas mais realistas para os próximos meses, que sejam mais fáceis de adotar e integrar em sua vida cotidiana”
Lembre-se de que a mudança duradoura não vem de nunca falhar, mas de estar disposto a ajustar seus planos. Assim, quem sabe, você até consiga voltar com as coisas após estes ajustes e reflexões.
Portanto, não seja muito duro consigo mesmo se você cometeu um deslize, apenas resolva fazer melhor amanhã e comemorar as pequenas mudanças que você fez’, disse ela.
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O que é saúde mental?
Saúde mental é o nosso bem-estar emocional. Ela afeta os nossos pensamentos, sentimentos e ações. Além disso, nos ajuda a lidar com o estresse, com os relacionamentos e com as escolhas.
Qual é a importância da saúde mental?
Parte vital da vida, a saúde mental é importante pois promove a produtividade e a eficácia em atividades do cotidiano, como trabalho e escola. Além do mais, seu papel na saúde dos relacionamentos permite que nos adaptemos às mudanças da vida e lidemos com as adversidades.
Como pedir ajuda emocional?
Pedir ajuda emocional é um sinal de amor próprio. Cogite procurar apoio quando perceber que seu comportamento normal do dia mudou. Isto é, se notar sinais como excesso de negatividade, dificuldade em concluir tarefas fáceis, falta de ânimo para fazer as coisas e desfrutar de situações que normalmente faria, além de perceber que as emoções estão tomando um espaço maior na mente.
Falar com a sua família e amigos, comunicando as suas dificuldades, pode ser uma ajuda valiosa. Afinal, seus entes queridos te conhecem e podem estar cientes dos motivos pelos quais você busca apoio emocional.
Contudo, se você acredita que precisa de suporte profissional, entre em contato com um psicólogo. No vídeo abaixo, saiba como procurar ajuda psicológica:
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Editado por Laila Lopes