Ícones LGBTQ+ mais influentes da história são retratados

Pessoas influentes de diversas áreas como esporte, música, política, artes e literatura são retratadas em coleção editorial sobre ícones do LGBTQ+.

A Shutterstock, um dos maiores bancos de imagens on-line criou uma seleção que retrata os ícones LGBTQ+. Dentre os escolhidos para compor o editorial estão desde poetas antigos até ativistas e celebridades contemporâneos.

Para compor a coleção editorial com os ícones LGBTQ+, foi utilizado imagens de personalidades de diferentes épocas, a fim de também compor a representatividade ao longo da história.

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Ícones LGBTQ+ do mundo das artes, da música e da literatura

Para representar as artes, música e literatura, a Shutterstock escolheu nomes como a poetisa grega Safo, o romancista Christopher Isherwood e o ator Harris Glenn Milstead. Assim como uma revelação da época atual, Lil Nas X. Confira!

 

 

Safo – Poetisa grega

Para iniciar, nada melhor que uma visita à Grécia Antiga.  Começando com Safo, a milenar poetisa lírica grega que viveu de aproximadamente 612-630 a 570 a.C. .

Primeiramente, vale slembrar que ela residia na cidade de Mitilene, na ilha de Lesbos, de onde derivou a palavra “lésbica”. Porém, pouco de sua impressionante obra sobreviveu à passagem do tempo, bem como, registros da vida pessoal, que permanece envolta em mistério.

Do mesmo modo, além dela, a seleção de imagens também conta com outras figuras que tiveram papeis importantes para chegar ao atual momento, como por exemplo, as vozes extraordinárias de Emily Dickinson, Mary Oliver e Ifti Nasim, poeta e poetisas famosas por estarem “além do seu tempo”.

Uma xilogravura de Safo de Les Vrais Pourtraits et vies des Hommes Illustres, de Andre Thevet (1584). Imagem via Glasshouse Images / Shutterstock.
Poeta lírica grega Safo de Lesbos. Imagem via Historia / Shutterstock.

Christopher Isherwood – romancista

Da mesma forma, outra personalidade que marcou história e está dentre os ícones LGBTQ+ é o romancista Christopher Isherwood, que viveu de 1904 a 1986. A obra deste romancista e dramaturgo anglo-americano conta com uma série de retratos homoafetivos, o que tão logo percebe-se em seu livro Kathleen e Frank. Uma vez que o próprio escritor se tornou uma figura importante no movimento de libertação gay da época.

Atualmente, ele é lembrado principalmente por suas contribuições ao movimento e também, à história da literatura e do teatro. O musical Cabaret, por exemplo, é baseado em sua obra Berlin Stories, popular na década de 1930, quando ele colaborou com seu amigo, o poeta W.H. Auden .

De acordo com os editores do The American Isherwood, o escritor e seu parceiro, o artista Don Bachardy, foram provavelmente o casal gay mais fotografado do mundo durante os anos 1970. Igualmente, eles estiveram juntos por três décadas, até o falecimento de Christopher Isherwood, aos 81 anos.
Autor Christopher Isherwood (1904 – 1986). Imagem via Tony Weaver / Associated Newspapers / Shutterstock.
Romancista americano Christopher Isherwood em sua máquina de escrever. Imagem via jornais associados / Shutterstock.

Harris Glenn Milstead, conhecido como “Divine” – Artista drag

Igualmente, Harris Glenn Milstead está dentre os ícones LGBTS+ do editorial da Shutterstock. Visto que era altamente talentoso como ator, cantor e performer drag, uma vez que também era conhecido pelo nome artístico de Divine.

Essa personagem drag era a musa do cineasta John Waters, que o apelidou de “quase a mulher mais bonita do mundo”.  Em uma entrevista concedida em 1988 ao Terry Gross da NPR, apenas duas semanas antes de sua morte prematura. Milstead lembraria:“É irônico que ele diria que a mulher mais bonita do mundo acaba por ser um homem”.

Em 2015, o cineasta Waters se lembrou de seu colaborador de longa data em uma conversa com a revista Baltimore. E do mesmo modo, ele salientou que Divine preparou o futuro da drag, ajudando a inspirar RuPaul’s Drag Race e os principais artistas drag de hoje. Segundo John Waters:

“Milstead tornou a drag legal e inovadora. Ele quebrou todas as regras estabelecidas e então, fez suas próprias regras”.
Harris Glenn Milstead, nome artístico de Divine, em 1972. Imagem via Dreamland Prods / Kobal / Shutterstock.

Saiba mais sobre Divine em  Cultura trans e o seu impacto em uma sociedade de transição! Entenda também a complexidade desse fenômeno que abarca várias camadas da cultura.

Colleen Fitzpatrick , Debbie Harry , Divine e Ricki Lake na produção de 1988 de Hairspray. Imagem via New Line / Kobal / Shutterstock.

Lil Nas X – Rapper

Agora, chegando na era contemporânea,  destaque para personalidades atuais, que exercem contribuições para o movimento LGBTQ+. E dentre os nomes, está o rapper americano Lil Nas X.

Antes de mais nada, ainda com 21 anos de idade, esse rapper, cantor e compositor alcançou o estrelato meteórico em 2019. Isso ocorreu quando sua música “Old Town Road” ocupou o primeiro lugar na Billboard Hot 100 por 19 semanas, tornando-se a mais longa permanência da história. Com uma mistura de hip-hop e country, a música inédita foi escrita pelo próprio artista.

Além disso, Lil Nas X, cujo nome é Montero Lamar Hill também fez história, durante o Mês do Orgulho em 2019, quando se tornou o primeiro artista a se assumir enquanto estava no topo da Billboard Hot 100, por meio de um tweet icônico.

Embora, inicialmente, não planejasse se assumir publicamente, isso mudou quando ele mesmo, com suas próprias palavras “se tornou Lil Nas X”. Como ele disse ao The Guardian no início deste ano.

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“Eu 100% quero representar a comunidade LGBT”.

Lil Nas X no iHeartRadio Music Festival em Las Vegas (2019). Imagem via Chelsea Lauren / Shutterstock.
Lil Nas X at the 62nd Annual Grammy Awards in Los Angeles (2020). Image via David Fisher/Shutterstock

 

Ícones LGBTQ+ nos negócios e na política

Na coleção editorial da Shutterstock também há personalidades de sucesso no ramo da política e negócios. Dessa maneira, nomes como o ativista russo Nikolay Alexeyev, os ativistas americanos David Mixner e Laura Ricketts. Bem como, a juíza Deborah Batts e a ativista Laxmi Narayan Tripathi foram retratados. Além deles, as políticas Angie Craig, Claudia López e Lori Lightfoot também ganharam espaço no banco de imagens. Confira mais!

 

Laxmi Narayan Tripathi – Ativista

Laxmi Narayan Tripathi nasceu em Mumbai, na Índia. Ela é uma ativista dos direitos trans e se tornou a primeira pessoa trans a representar a Ásia-Pacífico na ONU em 2008. Sob o mesmo ponto de vista, como membro da comunidade Hijra, ela defende direitos iguais há mais de duas décadas, falando contra o preconceito e maus-tratos ao terceiro gênero na Índia. Uma vez que habitualmente as pessoas LGBTQ+ são rejeitadas e expulsas de suas família.

Com isso, em entrevista ao The Guardian em 2015 ela disse. “Meu papel é  ser uma ponte, acredito, entre  a minha comunidade e o governo”.

Ela continua: “Minha responsabilidade é levar (suas) vozes às pessoas que farão mudanças”.

Em 2014, ela foi uma das ativistas que lutou com sucesso no Supremo Tribunal Federal, a fim de reconhecer um terceiro gênero em seu país.
Laxmi Narayan Tripathi na 7ª edição da Hijra Habba em Nova Delhi, Índia (2018). Imagem via Sarang Gupta / Hindustan Times / Shutterstock.
Laxmi Narayan Tripathi é ativista e faz parte da comunidade Hijra de pessoas trans na Índia, além de também ser dançarina. Imagem via Majority World / Shutterstock.

Lori Lightfoot – Prefeita

A ex-promotora Lori Lightfoot, que em 2019 se tornou a primeira prefeita negra e assumidamente gay de Chicago, também está dentre os ícones LGBTQ+ listados na Shutterstock. Isso porque, além do seu reconhecido trabalho, ela ganhou todas as cinquenta alas e 73% dos votos.

Da mesma maneira, Lori também foi a primeira em uma série de três candidatos LGBTQ a reivindicar disputas para prefeitura em todo o país.

Em seu discurso de vitória, Lori declarou: “Muitas meninas e meninos estão assistindo. Eles estão vendo uma cidade renascer. Uma cidade onde não importa a sua cor. Onde não importa quem você ama, contanto que você se ame”.
Aliás, em 2020, ela foi nomeada uma das Mulheres do Ano do The Advocate.
Lori Lightfoot (à esquerda) beija sua esposa, Amy Eshleman, na festa da noite da eleição para prefeito de 2019, em Chicago. Imagem via Nam Y Huh / AP / Shutterstock.
A prefeita de Chicago, Lori Lightfoot, acena após prestar juramento durante sua cerimônia de posse. Imagem via Jim Young / AP / Shutterstock.

Angelica Ross – CEO da TransTech Social Enterprises

Outra personalidade de destaque no movimento LGBTQ+ é a empresária americana, atriz e defensora dos direitos trans Angelica Ross. Do mesmo modo, ela é a fundadora e CEO da TransTech Social Enterprises, uma organização que apoia pessoas trans em busca de colocação no mercado de trabalho.

Igualmente, Angelica também é conhecida por estrelar programas de televisão populares nos EUA, como Pose e American Horror Story. Atualmente, em 2020, ela se tornou uma voz poderosa para vidas trans negras.
“Sei que desde que nasci, meu caminho tem sido repleto de […] desafios que me prepararam para 2020. E que me preparam para enfrentar esse momento”, disse ela à revista Interview . “Eu nasci para mostrar mais um exemplo: uma mulher negra trans de pele escura pode mostrar como ela pode aumentar a frequência vibracional de sua vida para fazer algo grande por este mundo.”
Angelica Ross no 71º prêmio Emmy em Los Angeles no ano de 2019. Imagem via CraSH / imageSPACE / Shutterstock.
Grande Marechal Angelica Ross na Parada do Orgulho de Nova York em 2019. Imagem via William Volcov / Shutterstock.

Ícones LGBTQ+ quebrando tabus no mundo do esporte

 

Nos esportes, geralmente a questão de gênero ainda é vista com muita cautela e até um certo preconceito. Contudo, alguns atletas destacaram-se também revelando sua sexualidade.

Similarmente, esses foram os casos de nomes como o boxeador Emile Griffith, o jogador de basquete Jason Collins, o boxeador Orlando Cruz, a atleta Jess O’Connell (ex-DNC), entre outros que atualmente também estão representados dentre os principais ícones LGBTQ+ na coleção editorial de imagens da Shutterstock.

Emile Griffith – Boxeador

Emile Griffith foi um pugilista americano que teve muito sucesso em sua carreira. Uma vez que conquistou cinco campeonatos mundiais e lutou mais do que qualquer outro na história do esporte. Contudo, fugindo aos padrões da época, ele era um homem bissexual na década de 1960. Anos esses em que a relação homoafetiva era proibida em quase todos os estados dos EUA.

Em seguida, ele enfrentou inúmeras adversidades e discriminações, inclusive quando perdeu o emprego devido ao relacionamento com Luis Rodrigez, outro boxeador da época.

Então, em 1992 ao sair de um bar gay,  Emile Griffith foi espancado violentamente e após quatro meses no hospital, conseguiu sobreviver ao ocorrido. O boxeador faleceu em 2013, mas não sem antes pavimentar o caminho para que outros viessem.

Emile Griffith ao lado de seu treinador, Gil Clancy, após reconquistar o Campeonato Mundial de peso médio no Madison Square Garden de Nova York. Griffith lutou uma luta pelo título de 15 rounds com Luis Rodriguez. Imagem via Anonymous / AP / Shutterstock.
O boxeador americano Emile Griffith em 1964. Imagem via Associated Newspapers / Shutterstock.

Então, gostou de saber sobre toda essa representatividade na coleção de imagens da Shutterstock? Deixe seu comentário!

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Via Assessoria Hk-Brasil

Lara Janaína: Lara Janaína é redatora para blogs de moda, beleza, saúde, bem estar, qualidade de vida, maternidade, entre outros temas ligados ao universo feminino. Possui cursos e conhecimento em marketing digital, técnicas de redação, Wordpress e se considera uma pessoa curiosa, inquieta e sempre em busca de novas informações e técnicas para levar um conteúdo de qualidade ao leitor que busca conhecimento e soluções em blogs da internet e mídias sociais.

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