Um passeio na Av. Paulista na hora do almoço em um dia de semana será suficiente para entender quanta estrada aguarda os homens brasileiros até chegar em um bom patamar de elegância e atualização de gostos estéticos. Para ajudá-los seguem algumas dicas valiosas para usar a meia como um sinal de originalidade e estilo!
Dica para não errar: Sapato preto usar com meia social preta ou em tons escuros como marinho, pode ter estampas como losangos ou listras. Sapato marrom meias em tons de marrom ou cinza; Você também pode brincar com tons presentes no look. Se você ousar na cor da meia é interessante que se tenha alguma simetria com a cor da gravata ou o colete debaixo do terno. Você também pode equilibrar as cores da meia com acessórios como pulseiras;
O que não fazer
Para começar, parece que alguém muito influente no mundo da moda deve ter falado para todo mundo, uns quinze anos atrás, que era bacana ter sapatos com a ponta quadrada (punta mozza), e que este mesmo guru – seguidíssimo – informou que a cor do cinto deveria TAXATIVAMENTE ser não apenas da mesma cor que o sapato, mas também do mesmo couro, sob pena de longas e terríveis torturas.
De fato toda a homarada se UNIFORMIZOU, disciplinada e univocamente à estes preceitos, e o resultado? De 100 homens que transitam na calçada da Paulista (e de qualquer outra região de escritórios), pelo menos uns 90 tem o mesmo sapato, com mínimas variações sobre o mesmo tema: preto, ponta quadradona, recortes nas laterais, com ou sem cadarço.
Há inclusive uma variante de muito sucesso: o sapato de Ali Babá, ou seja a mesma forma acima descrita, com a diferença que o corte quadrado é feito uns 5 ou 6 centímetros para frente, o que gera um triângulo vazio na ponta do sapato, que por força da inércia vira pra cima, fazendo quase um cacheado para o alto, bem ao estilo Ali Babá.
Aqui no Brasil um dos modelos mais populares de sapato social são os de bico quadrado. Mas há uma infinidade de outros modelos muito mais estilosos. Que tal ousar e experimentar um sapato com formato diferente?
Pouquíssimos ousados arriscam um sapato fino esportivo, como se usa no resto do mundo há anos, e, muitas vezes é olhado com dissidência pelos demais.
O mais grave, entretanto, trata-se da união entre sapato feio e meia horrível, culminando no hábito tremendo de colocar meia branca de tênis com mocassim tipo college ou outro sapato social… algo realmente péssimo, além de incômodo.
Agora vamos ao gran finale, ou seja, a meia covarde, aquela meia considerada “social” que chega até poucos dedos acima do tornozelo, rigorosamente esgarçada, em cores como preto ou marrom, e que, com a mesma regularidade, perdem o tom do elástico depois de 3 ou4 lavagens, deixando as já paupérrimas meias tristonhas, caídas e flácidas.
Elas são realmente assustadoras, inguardabili, e deveriam ter um poderoso efeito brochante até para a mais bem intencionada mulher, mas as tais meias continuam incrivelmente dominando o mercado.
Elas deixam ver canelas peludas, gordinhas ou ossudas, assim que o cidadão cruza as pernas, se achando o bacana diante da câmera, e, sinceramente deveriam ser proibidas em força de lei.
Meia como ferramenta de estilo e personalidade
Uma marca de malharia italiana, a Gallo, apostou há uns 10 ou 15 anos atrás no poder inovativo e na personalização desta peça do guarda-roupa masculino, sempre desprezada, e conseguiu criar um império de lojas especializadas que transformaram a peça vilã, em rainha: a meia colorida e bem trabalhada virou o alter ego da gravata, um sinal de distinção, originalidade e estilo, que desdramatiza um terno formal, ou enobrece uma mise esportiva.
A canela masculina, para muitos, não tem nada de atrativo, e ao contrário, ver sua silhueta ornada numa peça de fio da Escócia, ou lã colorida é mais que uma moda, quase uma obrigação.
Voltando ao sapato, é necessário que aquele guru de que falávamos no início, gaste uns minutinhos para descobrir que entre um tênis e um sapato (assim chamado) social, existe um mundo de originalidade, conforto, elegância, flexibilidade e saúde, que hoje em dia traz muito mais classe e status para quem usa este tipo de calçado.
Veja ótima matéria com dicas de como usar e onde comprar no Macho Moda: Meias Coloridas Masculinas, dicas para usar!
Outras dicas para não errar
– Atenção: meia social só com sapato social. O dockside pode ser usado sem meia;
- Ambientes informais são ótimos para soltar a criatividade e usar e abusar das meias coloridas e estampadas, mas tendo atenção a não exagerar, em ambientes formais;
-Para não errar: sapato preto usar com meia social preta ou em tons escuros como marinho, pode ter estampas como losangos ou listras. Sapato marrom meias em tons de marrom, azul marinho, bordeaux ou cinza, desde que se tenha um pendant* com a gravata ou o colete debaixo do terno;
- A palavra pendant refere-se a objeto de arte que se destina a figurar simetricamente com outro.
Próxima etapa: calças, paletós e ternos.
Arrivederci, Luca Locci.
Sapato preto usar com meia social preta ou em tons escuros como marinho, pode ter estampas como losangos ou listras. Sapato marrom meias em tons de marrom ou cinza; Você também pode brincar com tons presentes no look. Atenção: NUNCA USAR MARROM COM AZUL MARINHO, O BORDEAUX ESTÁ PERFEITO
Aposte em meias em tons de bordô para harmonizar ternos ou sapatos marrons
A meia colorida e bem trabalhada virou o alter ego da gravata, um sinal de distinção, originalidade e estilo, que desdramatiza um terno formal, ou enobrece uma mise esportiva.
Ambientes informais são ótimos para soltar a criatividade e usar e abusar das meias coloridas e estampadas, mas tendo atenção a não exagerar, em ambientes formais;
Por Luca Locci
Luca Locci é membro desde a fundação do GEI, Director Executivo da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio de São Paulo (que coordena o Comitê de Logística e Transportes), consultor de várias instituições italianas e brasileiras, participando também como um orador em conferências e seminários sobre o Brasil e sobre as relações comerciais entre a Itália e o Brasil.
Em 2006 fundou a Aurelia Trading & Consulting, empresa de consultoria empresarial e
comércio exterior . Também escreve artigos em revistas e publicações eletrônicas em termos de logística de transporte e colabora com vários jornais italianos.