Rita Lee profetizou a repercussão de sua própria morte em 2016: “Carinho de quem me detesta”
Em sua primeira biografia, Rita Lee dedicou um trecho da obra para falar de sua morte, usando ironias, deboches e verdades
De fato, Rita Lee sempre foi uma artista a frente de seu tempo. A compositora sempre fez poesia cantada e usou a arte para questionar religião, comportamento e política.
Em certas ocasiões, Rita usou o deboche nas apresentações de seus shows, nas entrevistas e nos últimos tempos, também nas rede sociais. A cantora costumava fazer postagem no Twitter.
Dessa forma, em 2016, Rita Lee lançou sua autobiografia, homônima. E por lá a artista profetizou como seria as horas seguintes após o anúncio de sua morte.
Enquete A Grande Conquista: Gabriel, Gyselle, Natália ou Thiago, quem deve ganhar?
- Veja também – Rita Lee: quantas vezes se casou, por que estava reclusa e 10 coisas que você talvez não saiba sobre a cantora
Rita Lee e falou de sua morte em livro
Antes de saber que teria uma batalha contra o câncer, Rita Lee lançou sua autobiografia. Segundo a artista, a ideia do livro era fazer uma despedida da “Rita” dos palcos.
A cantora já estava com planos de se aposentar da vida de shows e turnês. Foi nessa obra, que Rita também, de maneira irônica, falou sobre como seria o anúncio de sua morte na mídia.
“Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída.
Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVS já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair”- disse a artista na publicação.
De maneira idêntica, a rockeira seguiu com a “profecia” e citou até mesmo aqueles quem nem lembravam que ela existia, além dos políticos.
“Nas redes sociais, alguns dirão: ‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los.
Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. (…) Epitáfio: Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa”– disse trecho do livro de Rita Lee.
- E mais – Rita Lee, ícone do rock nacional, morre aos 75 anos
Nova biografia
Um novo livro contando a história de Rita Lee será lançado. “Outra Autobiografia” já teve a pré-venda em março e chega as livrarias e sites no próximo dia 22.
Dessa forma, sobre essa nova produção, Rita explicou o que os leitores vão encontrar.
“(…) quando decidi escrever Rita Lee: Uma autobiografia (2016), o livro marcava, de certo modo, uma despedida da persona ritalee, aquela dos palcos, uma vez que tinha me aposentado dos shows.
Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”– disse Rita ao anunciar seu outro livro.
De maneira idêntica, Segundo Phantom, o “fantasminha” que dialoga com a cantora no primeiro livro, o leitor irá se emocionar mais com essa parte da história.
“Rita pode ter tido de tudo, menos uma ‘vidinha besta’. E os últimos anos foram, sim, desafiadores. Ao mesmo tempo que o mundo passava por uma pandemia, ela foi diagnosticada com câncer no pulmão.
Em um texto franco, ora cru e chocante, ora cheio de ironias, ora sutil e amoroso, Rita Lee não poupa detalhes de seu tratamento. Fala também da rotina, dos avisos do Universo, de seres de luz e dos caminhos que a vida tomou”– escreveu o coautor.
Por fim, o velório da cantora acontecerá nessa quarta-feira, no planetário do Ibirapuera, São Paulo.
Siga o Fashion Bubbles no Google News! É só clicar aqui e, depois, na estrelinha🌟 lá no News!
