História de Amor e Matrimônio
por Queila Ferraz
Noiva Grega
Matrimônio é o acontecimento que une um homem e uma mulher através do sagrado laço do casamento que, por sua vez, é uma instituição reconhecida pelo estado através de uma cerimônia civil e, pela igreja, numa cerimônia religiosa. Mais do que uma cerimônia cívica e religiosa, é um acontecimento social, em que duas famílias se unem pela a entrega de seus filhos a uma união matrimonial.
A transformação do jovem casal em um casal de esposos tem uma longa trajetória na historia da humanidade. O objetivo deste estudo é resgatar a evolução desta trajetória através de seu símbolo maior que é o Vestido de Noiva.
Diferente de outro traje social de luxo preparado para ocasiões especiais, este tem um significado relevante para a cultura ocidental. Mais do que uma veste nupcial, o vestido de noiva, resgata pedaços da cultura, da religiosidade e da história da humanidade. Seus tecidos, volumes e complemento, simbolizam a magia que envolve a união dos cônjuges e demonstram a profundidade do conceito de Amor para as culturas do ocidente.
As primeiras informações que nos chegam sobre cerimônias matrimoniais são as bíblicas, onde os cônjuges, para serem expostos publicamente em cerimônia religiosa, eram preparados por suas famílias com banhos especiais e com o uso em suas peles de óleos aromáticos. A cerimônia religiosa tinha por objetivo pedir as bênçãos divinas para a nova união e se dava pela determinação das famílias, visando a continuidade da ética comunitária e a manutenção dos limites territoriais.
Nos relatos bíblicos, se as famílias eram abastadas, após as bênçãos se seguia um festejo público. O mais significativo destes relatos é conhecido como “As Bodas de Canaã”, descrito no Evangelho.
Temos também informações sobre o casamento entre o povo grego, em que os pares eram formados ao gosto dos pais quando as crianças completavam sete anos. A cerimônia se realizava quando o rapaz completava treze anos e deixava a casa materna. Esta data em geral coincidia com a primeira menstruação da noiva, que costumava se mais velha que o rapaz. Entre eles, era comum após a consumação do casamento, o jovem marido partir para a guerra e de lá só voltar três anos depois para gerar nova leva de guerreiros.
Quanto aos romanos, é célebre a história do rapto das sabinas como o casamento que deu origem a este povo. O rapto, como forma de casamento, era um costume bárbaro, servia para demonstrar a virilidade do marido e a subserviência da esposa como valorização da disposição física do esposo. A esposa, a partir de então, passava a considerá-lo como seu amo e senhor. Este costume se manteve na Europa até a sua total cristianização, que se deu durante a Idade Média.
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