Mulher com depressão de fim de ano.

Depressão de fim de ano: psicólogo alerta para o aumento nos casos de suicídio na época do Natal

O estresse e a pressão social durante as festas e confraternizações são fatores que agravam a depressão de fim de ano, saiba como evitá-la

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As festas de fim de ano, como Natal e Réveillon, são um período delicado para muitas pessoas, pois afloram sentimentos de frustração e tristeza, chamada de “depressão de fim de ano”.

Segundo o CVV (Centro de Valorização da Vida), o número de ligações em dezembro aumentam de forma significativa, chegando em até 20% mais do que nos outros meses do ano.

“Devemos ficar atentos aos sinais de ideações suicidas de amigos e familiares o ano inteiro, mas nessa época do ano a atenção deve ser redobrada”, alerta Filipe Colombini, psicólogo e fundador da Equipe AT.

Suicídio no Brasil

Em 2021, as autoridades de saúde se surpreenderam com uma alta de suicídios no Brasil: foram 14 mil pessoas que tirara a própria vida, segundo o DataSUS. O número foi maior do que o de vítimas fatais de acidente de moto, por exemplo.

Jovem sentada no chão com depressão de fim de ano.
Fonte: Canva

“Culturalmente, o final do ano é o momento de confraternização, com família e amigos. Por isso, é natural refletir sobre o ciclo que chega ao fim e, muitas vezes, sentir-se desgostoso devido a solidão, metas não alcançadas e saudade de pessoas queridas.

Para alguns indivíduos, acontece até mesmo o agravamento de um quadro já existente, quando fica evidente para eles que não existe um bom relacionamento familiar”, explica o psicólogo.

Sinais da depressão de fim de ano

Durante as festividades de fim de ano, há um risco maior de pressão social e estresse. Consequentemente, isso afeta a autoestima e pode ter efeito agravado naqueles que já tiverem algum tipo de transtorno mental.

“É importante ficar atento ao padrão comportamental de quem está próximo. Nas festas de fim do ano, muitas vezes os sinais de que a pessoa está deprimida podem ser mais evidentes, mostrando a necessidade de se procurar ajuda”, afirma Colombini. 

Mulher triste em uma festa de confraternização.
Fonte: Canva

Para exemplificar a situação, o profissional aponta o filme “A Felicidade Não se Compra”, de Frank Capra. Na obra, um protagonista à beira do suicídio é convidado por um anjo da guarda e ver a vida de um novo ângulo.

“Na vida real, é importante que as pessoas tenham o apoio adequado de membros do seu ciclo familiar e de amizades, que podem cumprir esse papel protetor e realmente ajudar a salvar vidas. Para isso, é preciso olhar atentamente e procurar ou indicar suporte psicológico e psiquiátrico para quem estiver precisando”.

Como passar pelas festas de fim de ano?

De acordo com Filipe, o primeiro passo é ter empatia e evitar julgamentos.

“Em momentos de maior sensibilidade, é essencial praticar a audiência não punitiva, ou seja, buscar não invalidar ou castigar alguém pelo que ela está sentindo. O importante é ouvir, acolher e tentar compreender aquela pessoa sem julgamentos ou comparações, que, por mais bem intencionadas que sejam, podem piorar a situação”, diz o psicólogo.

Duas mulheres se abraçando no Natal.
Fonte: Canva

Além disso, é importante ressaltar a necessidade de pedir ajuda de um profissional quando houver risco iminente de depressão de fim de ano e de suicídio.

“Quando mudanças no padrão comportamental são perceptíveis e sinais de ideação suicida começam a aparecer, é preciso acionar ajuda profissional imediatamente. Se houver resistência, uma boa dica é buscar o trabalho de AT, acompanhamento terapêutico, linha de psicoterapia que atende dentro da residência do paciente e/ou em outros ambientes fora do consultório”, conclui.

Sobre Filipe Colombini

Psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012.

Além disso, é especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP).

Atualmente, é professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT.

Por fim, também possui formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.

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