Dossiê sobre queda de cabelo – Parte 2/3
Saiba a diferença entre quebra de cabelo da raiz e das pontas e conheça as principais causas da queda de cabelo
Na primeira parte desse dossiê sobre queda de cabelo vimos como funciona o crescimento dos fios. Além disso, aprendemos também a verificar quando a perda de cabelo é normal e quando é excessiva.
Sendo assim, nessa continuação falaremos sobre a diferença entre queda e quebra do cabelo. Portanto, continue lendo.
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A diferença entre a queda do cabelo da raiz e a quebra do cabelo
A haste do cabelo é uma notável estrutura que suporta uma grande quantidade de agressões, que vão desde a exposição a fatores do meio ambiente (como vento, poeira, exposição ao sol) a diferentes métodos de penteado e escova.
O cabelo normal mantém sua elasticidade, flexibilidade e força por até sete anos, salvo se houver problemas genéticos presentes.
Durante o tempo em que o cabelo está no couro cabeludo, e antes de se desprender, pode haver algum problema com o fio. Isso é muitas vezes chamado de “desgaste”, que é caracterizado por alterações na estrutura do cabelo. Geralmente, é limitado a ocorrências cosméticas, que geram a quebra.
O “desgaste” é causado pelas seguintes condições:
- pentear;
- escovar;
- tratamentos químicos;
- atrito natural;
- molhar;
- radiação ultravioleta.
Pensava-se que a maior parte do cabelo encontrado na pia, no chuveiro ou na escova era quebrado devido a danos e desgastes. Estudos têm mostrado, no entanto, que este não é o caso. Cerca de 80% da perda de cabelo vêm da raiz, não é fruto de quebra.
Os dados gerados pela Unilever confirmaram esta observação e extrapolaram a uma série de comunidades étnicas em todo o mundo. As maiores taxas de queda de cabelo da raiz aparecem na China (+ de 90%); e em todos os casos (México, Índia, Turquia, Tailândia, Reino Unido), o desprendimento de cabelo desde a raiz foi cerca de 80%.
- Leia também: Dossiê sobre Queda de Cabelo – Parte 1/3
A Quebra
A quebra é reconhecida por pontas quebradas e/ou pontas duplas e diferem do crescimento dos cabelos que são pontiagudos ou cônicos. Cabelos frágeis facilmente quebram perto das extremidades. Se houver alguma dúvida se há quebra de cabelo, confirme o caso por meio dos seguintes testes:
- O teste do cartão – segure um cartão por trás do cabelo em questão (branco para cabelos mais escuros e preto para cabelos mais claros). Isso irá destacar as pontas quebradas ou pontas duplas.
- O teste de puxar – segure alguns centímetros do cabelo pelas extremidades. Se o cabelo estiver danificado, as áreas seguradas se fragmentarão.
“Bolhas” no cabelo são resultado da secagem com ar quente ou chapinhas, devido às altas temperaturas envolvidas. Isto pode deixar o cabelo quebradiço e também pode alterar sua textura e resistência. O cabelo irá mostrar “bolhas” dentro da sua haste quando visualizado sob ampliação.
Trichorhexis nodosa adquirida é uma haste do cabelo, que parece duas vassouras juntas, é causada pela herança, calor ou alisadores. Além disso, o excesso de penteado ou escovação também pode induzi-la.
O cabelo fraturado dá a aparência de ter nós presentes. Ademais, esta condição demonstra diferenças culturais.
Por exemplo, a interrupção distal é frequentemente encontrada em mulheres caucasianas e asiáticas. Por outro lado, mulheres de ascendência africana têm o problema mais perto do couro cabeludo.
A tentativa de descartar os nós por meio da escovação pode causar ainda mais danos.
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Perda de Cabelo
A perda de cabelo pode ser causada por diversos fatores. Sendo assim, selecionamos as principais delas:
Eflúvio Telógeno
Isto representa a queda de cabelo devido a um ciclo anormal do cabelo. A quantidade de desprendimento diária maior de 100 cabelos por dia.
Se o eflúvio telogéno dura pelo menos seis meses, é chamado agudo. Por outro lado, se é mais de seis meses, é conhecido como crônico. Pelo menos 50% do cabelo pode se desprender do couro cabeludo para que a perda seja clinicamente visível.
O eflúvio telógeno agudo pode ser devido a qualquer coisa que aumente o metabolismo do corpo, tais como alguma doença grave, certas drogas, febre ou até mesmo deficiência de ferro e de vitamina D.
O eflúvio telógeno agudo ocorre de três a seis meses após a gravidez e pode até mesmo aparecer quando pílulas anticoncepcionais, que criam um estado pseudo-gravidez, forem interrompidas. O ciclo do cabelo geralmente retorna ao normal dentro de alguns meses.
Eflúvio Anágeno
Este tipo de perda de cabelo ocorre mais frequentemente após o tratamento com agentes terapêuticos contra o câncer ou com radiação. A maioria dos cabelos quebrados, além de perda de cabelo, caracterizam o eflúvio anágeno.
A perda de cabelo geralmente começa sete a dez dias após o início do tratamento, mas pode se tornar mais perceptível depois de um a dois meses.
De modo geral, continua por mais um mês após o último ciclo de tratamento. Ocasionalmente, o cabelo novo é mais fraco e quebradiço. O eflúvio anágeno também pode ocorrer por envenenamento com arsênico ou tálio.
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Alopecia Androgênica (perda de cabelo padrão)
Este é o tipo mais comum da perda de cabelo (95%) tanto em homens como em mulheres, onde há uma perda progressiva do diâmetro, comprimento e pigmentação do cabelo. Existe uma influência genética, mas os genes causadores ainda não foram identificados.
Além disso, enquanto os fatores precipitantes são muitas vezes desconhecidos, algumas pessoas tem queda de cabelo devido a ganhos ou perdas massivas de peso ou por tomar medicamentos controlados com efeitos androgênicos.
Os contraceptivos orais e os agentes de reposição hormonal, por sua vez, têm sido raramente responsáveis por induzir ou agravar a alopecia androgênica.
Perda de cabelo induzida por medicamentos controlados
Raramente os agentes terapêuticos causam a perda de cabelo. Estes incluem: alopurinol para o tratamento da gota, a heparina e a varfarina para prevenir a formação de coágulos sanguíneos, e clofibrato e gemfibrozil para baixar os níveis de colesterol.
Alopecia Areata
Esta condição ocorre, muitas vezes de repente, demonstrando pequenas áreas arredondadas de perda de cabelo no couro cabeludo. Há uma aparição anormal do adesivo do cabelo (club hair) que se assemelha a pontos de exclamação.
Embora a causa seja desconhecida, o cabelo volta a crescer de forma espontânea entre seis e doze meses. Porém, a doença pode voltar a ocorrer.
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Tricotilomania
Esta queda de cabelo autoinduzida resulta ao puxar fortemente o cabelo do couro cabeludo, das sobrancelhas e até mesmo dos cílios. Ocorre duas vezes mais em meninas e mulheres do que em meninos ou homens.
Tricotilomania representa um problema psiquiátrico de crianças e adolescentes. As áreas carecas apresentam bordas irregulares e contêm muitos cabelos partidos.
Alopecia por Tração
Estas perdas de cabelo resultam de abusos crônicos do folículo piloso. Por exemplo, quando o cabelo é puxado fortemente ou preso apertadamente em rolos, o folículo não resiste e fica incapaz de produzir novos fios.
Além disso, esta perda é frequentemente acompanhada por alopecia química. Desta forma, os folículos ficam feridos pelo uso frequente de agentes alisadores ou relaxantes.
A aplicação de pentes quentes, o uso de modeladores ou chapinhas sem cuidado, também podem levar à perda de cabelo (alopecia por calor: quando o couro cabeludo é queimado pelo instrumento, ou a haste do cabelo está enfraquecida e há a quebra devido a uma lesão térmica).
Tinea Capitis
Por fim, também conhecida como micose, esta é uma infecção fúngica do couro cabeludo, onde o cabelo quebra, há descamação do couro cabeludo, assim como crostas e a formação de áreas avermelhadas, causando a queda de cabelo.
Com algumas infecções fúngicas, as bactérias coinfectam as áreas, que se inflamam e são referidas como Kérions. Como resultado, essa é geralmente uma condição vista em crianças, raramente em adultos.
- Em seguida, leia também Dossiê sobre Queda de Cabelo – Parte 3/3
Fotos: Julio Crepaldi, Sweet Dreams e Top Fy
Fonte: In Press Porter Novelli Assessoria de Comunicação
Editado e atualizado por Diana Diniz.