Montagem com foto das atrizes de The Golden Girls em 1985 e as atrizes de Sex and the City em 2025

Idade subjetiva: como o conceito de envelhecimento mudou ao longo do tempo

Por que as pessoas de hoje parecem mais jovens? Entenda como mudanças no estilo de vida e de comportamento tornaram a idade subjetiva

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Quantos anos você tem? E quantos anos sente que tem? A resposta para essas duas perguntas pode ser bem diferente — e isso sem dúvida diz muito sobre como encaramos o envelhecimento nos dias de hoje. O que antes era sinônimo de declínio, agora se mostra uma fase de múltiplas possibilidades; o tempo cronológico já não dita, sozinho, quem somos, mostrando que a idade é subjetiva.

Cada vez mais pessoas desafiam os estereótipos etários: modelos com cabelos grisalhos nas passarelas, influenciadoras acima dos 60 viralizando no TikTok, celebridades que assumem rugas com orgulho e elegância. Essa mudança de percepção está intimamente ligada a esse conceito de idade que sentimos, mais do que a que consta na certidão de nascimento.

Em seguida, exploramos como a ideia de envelhecer evoluiu ao longo da história e por que, em pleno século XXI, juventude e beleza deixaram de ser uma questão de números. Continue lendo a fim de saber mais!

The Golden Girls x Sex and the City

“The Golden Girls” foi uma série de televisão estadunidense exibida de 1985 a 1992 que contava a história de quatro amigas solteiras morando juntas em uma casa em Miami, na Flórida. Ao longo de 7 temporadas, elas passaram por vários desafios, situações cômicas e momentos de cumplicidade, navegando pelos “anos dourados” com humor. No início das gravações, as atrizes que interpretavam as protagonistas tinham entre 51 e 63 anos.

Montagem com foto das atrizes de The Golden Girls em 1985
Fonte: Instagram @goldengirls
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Assim, o lançamento da terceira temporada de “And Just Like That…”, spin-off de “Sex and the City”, levantou comparações com o seriado clássico. Afinal, as intérpretes de Carrie Bradshaw e suas amigas Charlotte e Miranda têm idades muito próximas das de Sophia, Blanche, Dorothy e Rose, apesar de não aparentarem.

Montagem com foto das atrizes de And Just Like That... em 2025
Fonte: Instagram @justlikethatmax

Comparações de Vale Tudo escancaram idade subjetiva

Fica ainda mais fácil fazer comparações entre a versão original de uma novela e seu remake. Desde que “Vale Tudo” estreou, não param de surgir montagens com os atores que viveram o mesmo personagem em 1988 e em 2025.

Beatriz Segall como Odete Roitman na versão original e Debora Bloch fazendo a personagem no remake de Vale Tudo
Enquanto Beatriz Segall viveu Odete Roitman na versão original, Debora Bloch faz a personagem no remake de “Vale Tudo”. Fonte: Globo

Mas por que será que o conceito de envelhecimento mudou tanto em menos de 40 anos? Acima de tudo, as pessoas de hoje parecem mais jovens por conta de mudanças no estilo de vida. Com mais conhecimento e acesso, nos alimentamos melhor, nos exercitamos com maior frequência, cuidamos mais da pele e fazemos mais procedimentos estéticos.

Renata Sorrah e Paolla Oliveira vivendo Heleninha Roitman em 1988 e em 2025
Renata Sorrah e Paolla Oliveira vivendo Heleninha Roitman em 1988 e em 2025, respectivamente. Fonte: Globo

Também estamos vivendo mais tempo. Só para exemplificar, em 1988, a expectativa de vida no Brasil era de 65,16 anos. Já de acordo com previsões do IBGE, uma criança que nascer no Brasil em 2025 poderá esperar viver até os 76,8 anos. Com 10 anos a mais de vida, o nosso referencial de velhice muda.

Além disso, houve uma mudança de comportamento de lá pra cá. Não faz mais sentido reduzir alguém a um estereótipo e esperar um comportamento específico dessa pessoa apenas por ela ser considerada “velha”.

Montagem com fotos de Gloria Pires e Bella Campos no papel de Maria de Fátima
Gloria Pires e Bella Campos no papel de Maria de Fátima. Fonte: Globo

Mas o que é idade subjetiva?

A idade subjetiva é um conceito que descreve como cada um se sente em comparação com a idade que possui cronologicamente. Ela reflete a experiência interna da pessoa em relação ao processo de envelhecimento, envolvendo os papéis que desempenha, suas condições físicas e de saúde, assim como seu senso de ajustamento às normas sociais.  

Foto de mulher idosa usando roupas coloridas e fazendo sinais de rock com as mãos
Fonte: Oneinchpunch/Canva

Como vimos anteriormente, vivemos hoje um fenômeno de rejuvenescimento subjetivo que pode estar relacionado a fatores como avanços médicos e tecnológicos, melhorias no funcionamento psicossocial e mudanças nas normas sociais.

Estudos têm demonstrado que esta tendência tem importantes implicações para a qualidade de vida dos idosos. Isso porque, quando alguém se sente mais jovem do que realmente é, é capaz de dissociar sua identidade dos estereótipos negativos associados ao envelhecimento.  

Como resultado, essa pessoa pode aproveitar benefícios como melhor saúde física e cognitiva, maior bem-estar, resiliência ao estresse e menor risco de mortalidade.

O conceito de envelhecimento ao longo do tempo

Na Antiguidade e na Idade Média, algumas culturas respeitavam os idosos como sábios e líderes espirituais, enquanto outras os viam como frágeis ou até descartáveis. Já que a expectativa de vida era curta, a velhice era uma fase quase excepcional.

Com o renascimento, a juventude e a vitalidade passaram a ser muito mais celebradas. É neste momento que a Medicina começa a olhar para o envelhecimento como processo biológico, mas ainda havia pouca distinção entre envelhecer com saúde e adoecer.

Então, no século XX, a expectativa de vida aumentou drasticamente. Impulsionada pela publicidade e pelo consumo, a cultura passou a associar juventude a beleza, poder e sucesso. Por outro lado, políticas públicas, aposentadoria e até identidade pessoal passaram a se basear fortemente na idade numérica.

Chegamos então aos dias de hoje, em que vivemos um momento de promoção do envelhecimento com saúde, autonomia e propósito. A tecnologia ajuda a romper estigmas e pessoas com 60, 70, até 80 anos são influenciadores, atletas, modelos e empresários. Ao mesmo tempo, as críticas ao etarismo promovem uma visão mais plural do envelhecer.

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Conclusão

Em resumo, a idade subjetiva é uma medida da percepção individual da própria idade, que se mostra relevante para a compreensão do processo de envelhecimento e suas implicações para a saúde e o bem-estar.  

Antes, se tornar idoso era sinônimo de um declínio inevitável. Hoje, a velhice é cada vez mais percebida como uma fase diversa, flexível e moldada por escolhas, estilo de vida e atitudes culturais. Em tempos em que a diversidade de corpos, histórias e trajetórias é celebrada, sentir-se bem na própria pele, em qualquer fase da vida, é talvez o novo ideal de juventude.

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