Imagem dos rios voadores.

Rios voadores: o que é e qual é sua importância ambiental

Você já ouviu falar dos rios voadores? Segundo analistas do INPE, corremos sérios riscos de enfrentar um apagão ainda em 2021. E os rios voadores têm grande influência sob esse fenômeno. Mas, o que são rios voadores? Confira a seguir!

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Os rios voadores são tão importantes que podem ditar até a economia do país, afetando desde a produção de energia elétrica até a agricultura.

Em suma, esse é um dos fenômenos naturais mais intrigantes e fantásticos do nosso planeta.

Mas, com cerca de 200 milhões de litros de água passando a cada segundo por cima da cabeça dos brasileiros, como eles podem alterar tanto nossa vida?

Continue a leitura e descubra mais detalhes sobre a importância ambiental dos rios voadores.

 

O que são rios voadores?

 

Imagem dos rios voadores na amazônia.
Fonte: O Eco.

 

Rios voadores é o nome que se dá às correntes de vapor que se formam na atmosfera.

Essas massas de vapor são formadas sobre o Oceano Atlântico e chegam ao continente pela ação de bombeamento da Floresta Amazônica

Sim, a floresta atua como uma bomba d’água, captando todo o volume de água gerado pela evaporação do mar. 

 

Volume de água dos rios voadores

 

Em suma, o volume de água dos rios voadores é tão impressionante que pode ser comparado ao Rio Amazonas em seu período de cheia. 

São nada mais nada menos do que 200 milhões de litros de água por segundo sobrevoando o território brasileiro, além de alguns países como Bolívia e Paraguai.

Mesmo que não possamos ver, os rios voadores podem chegar até três quilômetros de altura e milhares de quilômetros de extensão. 

Além disso, é graças a esse montante de água correndo livremente pelos céus que os ciclos de chuva são regulados no Brasil.

Sem eles, regiões como o Centro Oeste e Sudeste seriam praticamente desérticas.

 

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Como se formam os rios voadores?

 

Os rios voadores se formam a partir da evaporação da água do Oceano Atlântico.

Só para ilustrar, a massa de ar formada sobre o oceano passa a se deslocar para a região do continente em que a Floresta Amazônica está presente.

Ao encontrar a floresta, os rios voadores praticamente dobram de tamanho, graças à transpiração das mais de seis bilhões de árvores que acumulam vapor de água na atmosfera. 

Por exemplo, uma única árvore de grande porte pode produzir o equivalente a 1.000 litros de vapor por dia. 

Como resultado, toda essa umidade concentrada na atmosfera cai sobre a floresta em forma de chuva. Pelo processo de evapotranspiração, retorna aos céus em um ciclo constante e infinito.

 

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Fase 2 – Cordilheira dos Andes

 

Esse processo de evapotranspiração ocorre até o rio voador encontrar a Cordilheira dos Andes, um aglomerado gigantesco de montanhas que chega a quase quatro quilômetros de altura. 

Essa barreira, que funciona como um paredão natural, faz com que uma parte do rio se acumule em forma de neve no topo das montanhas.

Assim, cedo ou tarde se precipitará para as nascentes do Rio Amazonas.

O restante dessa massa de umidade, cerca de 40%, desvia e segue rumo ao Centro Oeste, Sudeste e Sul do país.

 

Como os rios voadores impactam a geração de chuvas?

 

Imagem da floresta amazônica nublada.
Fonte: Canva.

 

Não é novidade para ninguém que vapor de água em grande quantidade se transforma em chuva.

Porém, o que muita gente não sabe é que os rios voadores possuem uma importância imensa no controle dos ciclos de chuvas em todo o Brasil.

Além, é claro, dos países vizinhos, como Bolívia e Paraguai.

Estima-se que mais de 50% das chuvas dessas regiões venham justamente dos rios voadores que se formam na Floresta Amazônica. 

 

 

Rios voadores fora da região amazônica

 

Apesar de os rios voadores da floresta Amazônica serem os maiores do país, eles não são os únicos.

Existem rios vindos de outras regiões que cortam os estados brasileiros e também são fundamentais para os ciclos de chuvas.

Além da chuva, os rios voadores são indispensáveis na regulação da umidade do ar. Na região Sudeste, por exemplo, eles são responsáveis por aumentar a umidade em até 60%.  

 

Importância dos rios voadores para a agricultura e meio ambiente

 

Os rios voadores possuem uma importância enorme para a biodiversidade, economia e, principalmente, para evitar catástrofes naturais no país.

Veja a seguir como eles impactam a economia e o meio ambiente ao nosso redor.

 

Agricultura

 

Imagem de uma agricultora em sua horta.
Fonte: Canva.

 

Como já dizia Almir Sater, é preciso chuva para florir. Sem chuva, não há plantação e colheita. Consequentemente, ficamos sem alimento na mesa ou, no nosso caso, ele fica muito mais caro.

Grande parte das terras agrícolas brasileiras está localizada nas regiões do Centro Oeste e Sudeste do país, onde o regime de chuvas depende, sobretudo, da umidade proveniente da Amazônia. 

Entretanto, o desmatamento e a queimada de carvão em razão da expansão agrícola pode ser um tiro no pé para o agronegócio.

Afinal, a agricultura depende das chuvas. Essa, por sua vez, depende da floresta em pé.

Por isso, a a prosperidade agrícola está diretamente relacionada à preservação da floresta.

 

Meio ambiente

 

Imagem de um rio amazônico.
Fonte: Canva.

 

Os rios voadores são essenciais para a preservação dos biomas brasileiros, dentro e fora da floresta amazônica. 

Por sua vez, a regulação e a intensidade das chuvas também dependem desse fenômeno.

Se a floresta deixar de existir, a força dos rios voadores sobre o continente provocaria tempestades intensas em determinadas regiões.

Por outro lado, outras regiões sofreriam com a seca, reduzindo a possibilidade de chuvas em até 95%.

Além disso, a floresta amazônica ainda atua como uma proteção contra os ventos intensos. Sem ela, o Brasil poderia ser alvo de tornados e furacões.

 

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Os rios voadores e a Floresta Amazônica

 

Imagem de um barco parado à beira do rio.
Fonte: Canva.

 

A conexão e a dependência entre os rios voadores e a Floresta Amazônica é o que regula toda a biodiversidade e o modo de vida que conhecemos hoje. 

De acordo com o Professor e pesquisador do INPE, Antonio Donato Nobre, os rios voadores formados na Amazônia são os responsáveis por manter verde e habitável a faixa de continente que se estende de Cuiabá ,no Mato Grosso, à Buenos Aires, na Argentina. 

Inclusive, vale citar que essa é a região mais economicamente ativa da América do Sul, responsável por cerca de 70% do PIB do continente. 

Indiretamente, essa riqueza só existe por conta dessa interação entre rios voadores e floresta.   

O fenômeno dos rios voadores, ainda segundo o professor, é o que sustenta a vida na própria floresta, tornando-a autossuficiente e promovendo a biodiversidade no restante do país.

 

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Uma relação entre os rios voadores e o desmatamento

 

Imagem da floresta amazônica desmatada.
Fonte: Canva.

 

De acordo com um estudo realizado pelo INPE (Instituto de Nacional de Pesquisas Espaciais), a Amazônia é muito mais do que uma floresta tropical.

Os pesquisadores concluíram que a umidade que chega e sai da floresta por meio dos rios voadores é capaz de regular o clima e eventos meteorológicos do planeta inteiro.

No entanto, o desmatamento crescente coloca em risco a formação dos rios voadores sobre a Amazônia e, consequentemente, toda a dinâmica de atuação da floresta.

 

  • Enquanto isso descubra O que é logística reversa? 5 programas de reciclagem com benefícios

 

Influência do desmatamento na crise hídrica

 

Imagem de um reservatório vazio.
Fonte: Pinterest.

 

No Brasil, 67% da energia elétrica nacional vem das hidrelétricas localizadas entre as regiões Centro Oeste e Sudeste.

Como você deve imaginar, as hidrelétricas precisam de água para gerar energia. 

E como as hidrelétricas captam água? Por meio da chuva. Chuva essa que vem de onde? Da umidade proveniente da formação dos rios voadores da Amazônia. 

 

 

Desmatamento no centro da floresta amazônica

 

O desmatamento que acontece lá no meio da floresta amazônica afeta diretamente o funcionamento das hidrelétricas pelo país.

Ainda segundo Nobre, o fenômeno dos rios voadores e a umidade da Amazônia favorecem a formação de chuvas sobre as hidrelétricas. 

Porém, com o ritmo acelerado do desmatamento e as consequentes queimadas na floresta, esse fluxo natural de umidade diminui drasticamente.

Como resultado, temos de enfrentar uma das mais graves crises hídricas da história.

 

 

Reflexo da crise hídrica nas contas de luz

 

Imagem de uma mulher calculando o valor da conta de luz.
Fonte: Canva.

 

Rios voadores, desmatamento, falta de chuva… onde tudo isso vai parar?

Diretamente na conta de luz. Infelizmente, grande parte da população ainda não assimilou a ideia de que a destruição da Floresta Amazônica pode levar ao caos econômico.

Nesse sentido, a crise hídrica é só mais um reflexo do potencial devastador do ser humano sobre o meio ambiente. 

Em outras palavras, a falta de chuvas sobre os reservatórios diminui a capacidade de produção elétrica.

Contudo, a demanda continua a mesma. Ou seja, lei de mercado: alta demanda + baixa oferta =  aumento nos preços. 

 

  • Seguindo esses conceitos confira ainda Economia circular: o que é? Mais sua interação com a sustentabilidade. 

 

Crise hídrica x economia

 

O impacto da crise hídrica não afeta apenas o consumidor direto das distribuidoras de energia. 

Isso significa que o aumento na conta de luz irá refletir em outros setores da economia. Afinal, não são apenas as residências que utilizam energia elétrica.

Pelo contrário, as indústrias correspondem a 36% do consumo de energia no país. 

Portanto, quanto mais cara a conta fica, maior a tendência desse custo ser repassado ao consumidor, seja no alimento ou em bens de consumo.

 

 

Por que a redução dos rios voadores aumenta a chance de apagão?

 

Imagem de homem acendendo uma vela.
Fonte: Canva.

 

Em 2001, o Brasil viveu um apagão no setor elétrico em decorrência da crise hídrica. 

Vinte anos depois, esse fantasma volta a assombrar a população brasileira. Mas, agora, com um agravante: o desmatamento acelerado da Amazônia. 

Essa escalada crescente do desmatamento tem consequências sobre o clima e sobre a formação dos rios voadores, diminuindo o índice de chuvas no país. 

O Brasil, sustentado energeticamente pelas hidrelétricas, depende dos rios voadores para garantir o reabastecimento dos reservatórios.

Portanto, quanto mais os rios voadores sofrerem com a ação do homem, maior as chances de apagões elétricos acontecerem no país.

 

Iniciativas ambientais para a preservação dos rios voadores

 

Os rios voadores e a floresta amazônica estão intimamente relacionados. Por isso, a preservação de um impacta no outro e vice-versa. 

Embora não pareça, qualquer pequena atitude conta para ajudar na preservação dos rios voadores.

Confira abaixo algumas dicas que você pode começar a praticar hoje mesmo:

 

Reduza o consumo de energia elétrica

 

Primeiramente, troque as lâmpadas da sua casa por modelos de LED que são econômicas e duráveis.

Diminua o tempo no banho e desligue os aparelhos da tomada quando não estiver usando.

 

Economize água

 

Em seguida, eche a torneira na hora de escovar os dentes e lavar a louça. Reaproveite a água da máquina de lavar e tome banhos curtos.

 

Prioriza a produção local

 

Alimentos e bens de consumo produzidos localmente, ou seja, próximo de onde você vive são mais sustentáveis.

Isso porque eles dispensam a cadeia logística de distribuição, reduzindo a emissão de CO² e economizando energia.

 

Considere uma nova dieta

 

Grande parte do desmatamento da Amazônia se deve a abertura de pastos para pecuária, isso sem falar em toda a água utilizada nesse processo. 

Não é a toa que a ONU (Organização das Nações Unidas) já declarou que a dieta vegetariana é a única capaz de garantir a sustentabilidade do planeta. 00

Lembre-se: atitudes em conjunto impactam e tem o poder de transformar o mundo.

Por isso, faça sua parte e colabore com a preservação da floresta amazônica e dos rios voadores.

Por fim, veja também Quem são os consumidores do futuro? Saiba como preparar sua marca para conquistá-los. E economia afetiva, onde propósito é a chave dos negócios do futuro.

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