montagem com 5 looks do desfile do Projeto Ponto Firme no SPFW N 54

Ponto Firme traz moda artesanal para o SPFW N54 em desfile assinado por estilista indígena

No dia 19, o Projeto Ponto Firme trouxe para a passarela do SPFW N54 30 looks artesanais inspirados pelo Manto Cerimonial Tupinambá

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Em sua sétima passagem pelo São Paulo Fashion Week, o Projeto Ponto Firme trouxe para a passarela 30 looks, todos feitos com fios da Círculo S/A. As peças foram produzidas por mais de 30 artesãos participantes da Escola Ponto Firme e também por alunos que são detentos da Penitenciária Desembargador Adriano Marrey.

O desfile, que aconteceu no dia 19 no Komplexo Tempo, apresentou uma reflexão sobre o resgate e a valorização da cultura e identidade brasileira e teve como referência o Manto Cerimonial Tupinambá, confeccionado no Brasil entre os séculos 16 e 17. Continue lendo a fim de saber mais!

Qual foi a inspiração para o desfile do Ponto Firme no SPFW?

O Manto Cerimonial Tupinambá, que serviu como base para o desenvolvimento desta coleção, é símbolo da memória e da resistência do povo indígena Tupinambá.

foto de peça de crochê em fio marrom com aplicação de penas
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação

“Sua história nos leva aos tempos remotos dos primeiros encontros com europeus que aportavam na costa brasileira e nos atualiza sobre a história recente de luta pelo reconhecimento da identidade, dos direitos e da terra indígena”, explica o estilista Gustavo Silvestre, que coordena o projeto.

foto de Gustavo Silvestre, estilista que coordena o Ponto Firme
O estilista Gustavo Silvestre coordena o Projeto Ponto Firme. Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação

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Como foi o desfile do Projeto Ponto Firme?

Mais de 30 artesãos participaram do desenvolvimento da coleção, entre os alunos detentos, egressos do sistema prisional, pessoas trans em situação de vulnerabilidade social e também refugiados.

4 modelos do desfile do Projeto Ponto Firme
Fonte: Agência Fotosite

Além disso, foram apresentadas peças desenvolvidas por artesãos indígenas com curadoria de Day Molina.

modelos do desfile do Projeto Ponto Firme no SPFW N54
Fonte: Agência Fotosite

Foram 30 looks produzidos para o desfile do SPFW N54, todos com fios da Círculo S/A. Os fios mais utilizados da marca são: Susi, Barroco Maxcolor, Queen, Barroco Natural e Barroco Decore Luxo.

foto de modelo negra plus size com vestido em crochê branco, vermelho e preto
Fonte: Agência Fotosite
foto de detalhe de modelo negra plus size com vestido em crochê branco, vermelho e preto
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação
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Nesta edição, também foram apresentadas as papetes Rider NX em collab com o Ponto Firme. Os modelos já estão disponíveis para venda na loja Rider, recém-inaugurada no Copan, em São Paulo.

modelo usando vestido de crochê e papete Rider
Fonte: Agência Fotosite

O Ponto Firme também vai disponibilizar, neste mesmo local, elementos exclusivos de customização desenvolvidos à mão pelos integrantes do projeto.

“Esta é uma ação inédita e estará disponível em quantidade limitada para quem adquirir uma Rider NX Papete na loja. Assim como nos modelos apresentados na passarela, os clientes Rider, poderão acoplar os componentes customizáveis, desenvolvidos pelo Ponto Firme, em suas papetes”, explica Silvestre.

modelo usando blusa e saia de crochê em tons de branco, preto, azul e verde
Fonte: Agência Fotosite
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Cores marcaram o desfile do Projeto Ponto Firme

O branco , o off white e o preto foram os tons mais utilizados na coleção.

modelo usando vestido de crochê branco do Projeto Ponto Firme no SPFW
Fonte: Agência Fotosite
modelo usando vestido de crochê preto do Projeto Ponto Firme no SPFW
Brincos e braceletes deram um toque de cor aos looks. Fonte: Agência Fotosite
modelo usando vestido de crochê preto do Projeto Ponto Firme no SPFW
Fonte: Agência Fotosite

No entanto, a maioria das peças contou também com tonalidades vibrantes, como vermelho, azul, verde e amarelo.

foto de modelo usando vestido de crochê colorido do Ponto Firme
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação
foto de modelo usando vestido de crochê colorido do Ponto Firme
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação
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Alerta de tendências!

Além dos tons vibrantes, o desfile do Projeto Ponto Firme trouxe várias trends para a passarela. É o caso das franjas, por exemplo, que apareceram nas barras e nas mangas das peças.

modelo usando cropped de crochê com saia de franjas
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação
modelo usando cropped de crochê verde com aplicação de pedras
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação

As miçangas, bordadas em pontos estratégicos em vários dos looks, também são tendência!

modelo usando vestido de crochê com miçangas no desfile do Projeto Ponto Firme no SPFW
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação
modelo usando vestido de crochê vermelho com miçangas no desfile do Projeto Ponto Firme no SPFW
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação

O brilho também está em alta e apareceu não só em fios pratas e dourados, como também na aplicação de correntes e metais.

modelo usando look de crochê cinza e prata na passarela do SPFW
Fonte: Agência Fotosite
modelo usando look de crochê cinza e prata na passarela do SPFW
Fonte: Danilo Sorrino/Divulgação

A parceria com Day Molina

O Projeto Ponto Firme tem a tradição de trazer uma forte mensagem social em cada edição do SPFW, evidenciando alguma questão que precise de voz. Por isso, na edição N 54, uniu forças com a stylist indígena Day Molina, que contribuiu com o seu ativismo e sua experiência.

Dayana nasceu em Niterói (RJ), mas sua família materna é originária da aldeia indígena Fulni-ô, no sertão de Pernambuco.

“A representatividade não é só sobre ter uma modelo na capa. Precisamos descolonizar o nosso olhar, a nossa mente, a nossa escuta. Por muito tempo, se teve esse olhar eurocêntrico sobre a vida, sobre os comportamentos, as tendências de moda e beleza. Precisamos ver aquilo que é original desse país como algo belo. É importante que haja diversidade para que todas nos sintamos bem e representadas enquanto mulheres e indivíduos humanos”, reflete ela.

Participação do coletivo Artesanato Chave

Os artesãos do coletivo Artesanato Chave também participam da coleção. O grupo de artesãos e artistas é formado por três jovens da periferia de São Paulo, Vitor Siqueira (Crochê de Vilão), Diego Henrique Domingos (Arte do Magro) e Matheus Rodrigues (Sem Nome Ateliê), que desenvolveram peças como bonés, chapéus, bolsas e chaveiros exclusivamente para a coleção.

modelo desfilando com boné e blusa de crochê
Fonte: Agência Fotosite

“O trabalho feito nos bonés de crochê vai além da arte manual. É uma linguagem desenvolvida por jovens da periferia e também em presídios. A gente vê uma sinergia muito grande entre o Projeto Ponto Firme e o que eles fazem, já que são jovens da periferia, muitas vezes inviabilizados ou estigmatizados. Então acreditamos que é super importante darmos esse apoio para que eles sejam vistos como os artistas que são”, pondera Silvestre.

bolsa de crochê com miçangas do desfile do Ponto Firme no SPFW
Fonte: Agência Fotosite

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